Boletim Focus manteve projeção de crescimento do PIB em 2,01%
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Marcelo Casal Jr./Agência Brasil |
A pesquisa Focus é realizada com economistas do mercado
financeiro e é divulgada semanalmente pelo BC. Para 2026, o Focus projeta
um índice inflacionário de 4,4%, o mesmo da semana passada. Para 2027, o
mercado financeiro prevê IPCA em 4% e para 2028, 3,75%.
No ano passado, o IPCA, que leva em conta a variação do
custo de vida de famílias com rendimento de até 40 salários mínimos, fechou o
ano passado em 4,83%, acima do teto da meta, que era de 4,5%.
PIB
O boletim manteve a projeção de crescimento de 2,01% do
Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos bens e serviços produzidos no país,
para este ano. Para 2026, os agentes do mercado financeiro projetam um
crescimento de 1,7% , a mesma da semana anterior.
Já para 2027, a projeção é de que o PIB fique em 2%, a mesma
para 2028.
Taxa de juros
Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve
a projeção da semana passada (15%) para 2025. A mesma das últimas nove
semanas.
Para 2026, a projeção do mercado financeiro é de que a Selic
fique em 12,5%, também a mesma projetada na semana passada. Para 2027 e 2028,
as projeções são de que a taxa fique em 10,5% e 10%, respectivamente.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como
principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de
Política Monetária (Copom).
No final de janeiro, o colegiado aumentou a Selic em 1 ponto
percentual, com a justificativa de que a decisão é compatível com a estratégia
de convergência da inflação para o centro da meta.
O Copom destacou que os preços dos alimentos aumentaram de
forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao
longo do ano passado e da alta de preços de carnes, também afetada pelo ciclo
do boi.
Com relação aos bens industrializados, o comitê apontou que
o movimento recente de aumento do dólar pressiona preços e margens, sugerindo
maior aumento em tais componentes nos próximos meses, o que tornou o cenário
inflacionário mais adverso, demandando uma política econômica contracionista.
Ainda de acordo com o Copom, o cenário mais adverso para a
convergência da inflação para o centro da meta (3%, com intervalo de tolerância
de 1,5% a 4,5%) pode demandar um novo aumento de 1 ponto percentual
na Selic na próxima reunião do comitê nos dias 18 e 19 de março.
Câmbio
Em relação ao câmbio, a previsão de cotação do dólar ficou
em R$ 5,99 para 2025. Nesta segunda-feira a cotação da moeda está em R$ 5,78.
No fim de 2026, a previsão é de que a moeda norte-americana fique em R$ 6. Para
2027, o câmbio também deve ficar, segundo o Focus, em R$ 5,90, a mesma para
2028.
Fonte: Agência Brasil
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