Dinheiro começará a ser transferido em 28 de março
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Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O Ministério da Fazenda estima que cada trabalhador
receberá, em média, R$ 2,8 mil. O dinheiro pode ser pedido tanto no
aplicativo FGTS como na plataforma Repis Cidadão, lançada na segunda-feira
(10) pela Fazenda com cerca de seis meses de atraso.
O calendário de saques divulgado pela Caixa é o seguinte:
|
|
Pedidos
feitos até |
Data
do pagamento |
28/02/2025 |
28/03/2025
(sexta-feira) |
31/03/2025 |
25/04/2025
(sexta-feira) |
30/04/2025 |
26/05/2025
(segunda-feira) |
31/05/2025 |
25/06/2025
(quarta-feira) |
30/06/2025 |
25/07/2025
(sexta-feira) |
31/07/2025 |
25/08/2025
(segunda-feira) |
31/08/2025 |
25/09/2025
(quinta-feira) |
30/09/2025 |
27/10/2025
(segunda-feira) |
31/10/2025 |
25/11/2025
(terça-feira) |
30/11/2025 |
26/12/2025
(sexta-feira) |
31/12/2025 |
26/01/2026
(segunda-feira) |
Segundo a Caixa, desde setembro de 2023, quando o dinheiro
do antigo Fundo PIS/Pasep foi transferido para o Tesouro Nacional, cerca de 25
mil trabalhadores, herdeiros ou beneficiários legais pediram o saque do
dinheiro nas agências do banco. Esse contingente será o primeiro a receber, no
próximo dia 28.
Com a atualização do aplicativo FGTS e a nova plataforma do
Ministério da Fazenda, os pedidos não precisam mais ser feitos nas agências da
Caixa. Desde agosto de 2023, o dinheiro do antigo Fundo PIS/Pasep, que
soma cerca de R$ 26 bilhões, estava em poder do Tesouro Nacional. Por
determinação da Emenda Constitucional da Transição, de dezembro de 2022, os
recursos tinham sido repassados ao Tesouro para reforçar o caixa do governo em
2023.
Procedimento
A Caixa enviará ao Ministério da Fazenda os pedidos de saque
aprovados. Os valores serão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). O pagamento será feito
diretamente em conta bancária do interessado na Caixa ou por meio de conta
poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa
Tem, que permite pagar contas, fazer transferências, pagar em
maquininhas de cartões e fazer compras pelo cartão de débito virtual.
O pagamento está condicionado à disponibilidade no Orçamento
da União. Caso não haja recursos suficientes no orçamento do ano vigente, o
valor será pago no ano seguinte, com a devida correção.
Histórico
Criado para complementar a renda dos trabalhadores com
carteira assinada entre 1971 e 1988, o antigo Fundo PIS/Pasep não tem relação
com o abono salarial do PIS/Pasep, instituído pela Constituição atual e pago
todos os anos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil.
Semelhante ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS), o dinheiro do antigo Fundo PIS/Pasep só podia ser sacado em situações
especiais, como aposentadoria ou doença. No entanto, uma vez por ano,
o trabalhador recebia os juros e a correção das cotas do fundo.
No entanto, muitos trabalhadores se esqueceram desse
dinheiro ou não sabiam da existência dele, mesmo com maciças campanhas na
mídia. Em agosto de 2018, o governo liberou o saque das antigas cotas. Por oito meses, o
dinheiro pôde ser retirado nas agências da Caixa (no caso do PIS) e do Banco do
Brasil (no caso do Pasep). Na ocasião, havia R$ 35 bilhões que poderiam ser
resgatados.
Em 2019, o governo flexibilizou as regras e
simplificou o saque por herdeiros e beneficiários legais de pessoas
falecidas que tinham cotas no antigo fundo.
Em abril de 2020, no início da pandemia de covid-19, o
governo editou uma medida provisória que extinguiu o antigo Fundo
PIS/Pasep e transferiu os recursos à conta do FGTS em nome do
trabalhador. Em vez de ir a uma agência bancária, bastava o titular ou herdeiro
requerer o dinheiro por meio do aplicativo FGTS, que transferia o saldo para
qualquer conta bancária indicada pelo beneficiário.
Fonte: Agência Brasil
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