Variação mensal é menor que a de dezembro
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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), 14 das 24 atividades industriais analisadas apresentaram
aumento nos preços em janeiro. Em contrapartida, no mês anterior, 22 atividades
haviam registrado queda nos preços.
Maiores variações setoriais
Os setores com as maiores variações positivas em janeiro
foram:
- Máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (+1,85%)
- Outros
produtos químicos (+1,72%)
- Refino
de petróleo e biocombustíveis (+1,49%)
- Indústrias
extrativas (-1,49%)
Apesar da queda nos preços do setor extrativo, os produtos
químicos e o refino de petróleo tiveram impactos expressivos na composição do
IPP. O setor de alimentos, que historicamente tem grande peso no índice, teve
impacto negativo de -0,22 ponto percentual na variação mensal.
Desempenho das grandes categorias
Entre as grandes categorias econômicas, a variação de preços
em janeiro foi:
- Bens
de capital: +0,53%
- Bens
intermediários: -0,19%
- Bens
de consumo: +0,53%
- Bens
de consumo duráveis: +1,24%
- Bens
de consumo semiduráveis e não duráveis: +0,39%
A principal influência no índice geral veio dos bens de
consumo, com peso de 37,34% na composição do IPP, representando 0,20 p.p. da
variação mensal.
Acumulado de 12 Meses
Os setores que mais influenciaram a taxa acumulada em 12
meses (9,69%) foram:
- Metalurgia
(+26,77%)
- Fumo
(+17,47%)
- Outros
equipamentos de transporte (+17,32%)
- Madeira
(+15,69%)
A atividade industrial que mais impactou o índice foi o
setor de alimentos, que contribuiu com 3,36 p.p. no acumulado do período. No
mesmo intervalo, o setor químico teve uma alta de 14,31%, influenciado pelos
aumentos nos preços dos fertilizantes e resinas termoplásticas.
Tendências e expectativas
O IBGE destaca que, apesar do aumento geral dos preços
industriais, alguns setores mostram sinais de retração. O setor extrativo, por
exemplo, registrou queda de -1,49% em janeiro após três meses consecutivos de
alta. Já o setor de alimentos teve o primeiro recuo em nove meses, com -0,84%,
puxado pela queda nos preços do açúcar e da carne bovina.
Por outro lado, a indústria de refino de petróleo e
biocombustíveis segue em alta, registrando a maior variação desde julho de
2024, impulsionada pelo aumento dos preços da gasolina e do diesel.
O comportamento dos preços ao longo de 2025 dependerá de
fatores como a taxa de câmbio, o custo das commodities e a demanda interna e
externa por produtos industriais brasileiros. O próximo levantamento do IBGE
trará um panorama mais amplo das tendências do setor produtivo no país.
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