Radio Evangélica

sexta-feira, 14 de março de 2025

Preços da indústria sobem 0,13% em janeiro

Variação mensal é menor que a de dezembro

PixaBay
Os preços da indústria brasileira registraram variação positiva de 0,13% em janeiro de 2025, em comparação a dezembro de 2024. O resultado marca o 12º mês consecutivo de aumento no Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede os preços na porta de fábrica, sem considerar impostos e fretes. No acumulado de 12 meses, o indicador atingiu 9,69%, superando os 9,28% registrados no mês anterior.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14 das 24 atividades industriais analisadas apresentaram aumento nos preços em janeiro. Em contrapartida, no mês anterior, 22 atividades haviam registrado queda nos preços.

Maiores variações setoriais

Os setores com as maiores variações positivas em janeiro foram:

  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+1,85%)
  • Outros produtos químicos (+1,72%)
  • Refino de petróleo e biocombustíveis (+1,49%)
  • Indústrias extrativas (-1,49%)

Apesar da queda nos preços do setor extrativo, os produtos químicos e o refino de petróleo tiveram impactos expressivos na composição do IPP. O setor de alimentos, que historicamente tem grande peso no índice, teve impacto negativo de -0,22 ponto percentual na variação mensal.

Desempenho das grandes categorias

Entre as grandes categorias econômicas, a variação de preços em janeiro foi:

  • Bens de capital: +0,53%
  • Bens intermediários: -0,19%
  • Bens de consumo: +0,53%
    • Bens de consumo duráveis: +1,24%
    • Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: +0,39%

A principal influência no índice geral veio dos bens de consumo, com peso de 37,34% na composição do IPP, representando 0,20 p.p. da variação mensal.

Acumulado de 12 Meses

Os setores que mais influenciaram a taxa acumulada em 12 meses (9,69%) foram:

  • Metalurgia (+26,77%)
  • Fumo (+17,47%)
  • Outros equipamentos de transporte (+17,32%)
  • Madeira (+15,69%)

A atividade industrial que mais impactou o índice foi o setor de alimentos, que contribuiu com 3,36 p.p. no acumulado do período. No mesmo intervalo, o setor químico teve uma alta de 14,31%, influenciado pelos aumentos nos preços dos fertilizantes e resinas termoplásticas.

Tendências e expectativas

O IBGE destaca que, apesar do aumento geral dos preços industriais, alguns setores mostram sinais de retração. O setor extrativo, por exemplo, registrou queda de -1,49% em janeiro após três meses consecutivos de alta. Já o setor de alimentos teve o primeiro recuo em nove meses, com -0,84%, puxado pela queda nos preços do açúcar e da carne bovina.

Por outro lado, a indústria de refino de petróleo e biocombustíveis segue em alta, registrando a maior variação desde julho de 2024, impulsionada pelo aumento dos preços da gasolina e do diesel.

O comportamento dos preços ao longo de 2025 dependerá de fatores como a taxa de câmbio, o custo das commodities e a demanda interna e externa por produtos industriais brasileiros. O próximo levantamento do IBGE trará um panorama mais amplo das tendências do setor produtivo no país.

 

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