Radio Evangélica

quinta-feira, 6 de março de 2025

Banco Central reforça segurança no Pix com novas regras para validação de chaves

Medidas exigem conformidade dos dados com a Receita Federal, limitam alterações em chaves e-mails e aleatórias, e ampliam monitoramento para combater fraudes.


O Banco Central (BC) anunciou, nesta quinta-feira (6/3), mudanças no Regulamento do Pix que visam fortalecer a segurança do sistema de pagamentos instantâneos e dificultar a ação de golpistas. A partir de agora, as instituições financeiras e de pagamento participantes do Pix deverão garantir que os nomes associados às chaves Pix — tanto de pessoas físicas quanto jurídicas — estejam em total conformidade com os registros da Receita Federal, referentes ao CPF e CNPJ dos usuários.

Segundo o BC, a verificação deverá ser realizada em qualquer operação envolvendo chaves Pix, como cadastro, alterações de informações, portabilidades e reivindicações de posse. Além disso, contas vinculadas a CPFs ou CNPJs com situação irregular — como "suspensa", "cancelada" ou "nula" — serão impedidas de manter chaves ativas no sistema.

As novas exigências tornam mais difícil que fraudadores usem nomes divergentes em operações pelo Pix, aumentando a proteção para os usuários. Para fiscalizar a aplicação das regras, o Banco Central também ampliará o monitoramento das instituições participantes e poderá aplicar penalidades em caso de descumprimento.

Outro reforço anunciado foi a proibição de alterações em dados vinculados a chaves aleatórias e a impossibilidade de transferência de propriedade para chaves do tipo e-mail. Agora, quem quiser atualizar informações de uma chave aleatória precisará excluí-la e registrar uma nova. Já as chaves de e-mail, por questões de segurança, não poderão mais ser transferidas de um usuário para outro — restrição que não se aplica às chaves com número de celular, que seguem com a possibilidade de mudança de titularidade, considerando a dinâmica de linhas telefônicas pré-pagas.

O BC também flexibilizou regras para devoluções feitas em dispositivos não cadastrados, liberando a possibilidade de reembolso integral em casos de boa-fé, independentemente do valor, mesmo fora de aparelhos previamente autorizados.

Apesar das alterações, o Banco Central garante que a experiência dos usuários não sofrerá impacto na prática cotidiana. "Essas são medidas operacionais, voltadas para aumentar a segurança e a integridade do sistema, sem mudar a forma como as pessoas enviam ou recebem Pix", destacou o órgão em comunicado.

Desde a criação do Pix, em 2020, a segurança tem sido um dos pilares fundamentais da ferramenta, com o BC promovendo atualizações periódicas para proteger os usuários e assegurar a confiança no meio de pagamento mais popular do país.

Clique para ver a Resolução BCB Nº 457. 

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