Boletim Focus aponta menor crescimento do PIB e expectativa de inflação acima da meta do Banco Central
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Para este ano, a estimativa de crescimento da economia caiu
de 2,01% para 1,99%. Para 2026, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) –
soma dos bens e serviços produzidos no país – recuou de 1,7% para 1,6%. Já para
2027 e 2028, o mercado financeiro mantém a previsão de crescimento de 2% ao
ano.
Em 2024, a economia brasileira registrou um avanço de 3,4%,
representando o quarto ano consecutivo de crescimento. Esse resultado foi o
melhor desde 2021, quando o PIB cresceu 4,8%.
A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 5,98 para o
fim deste ano, enquanto para 2026 estima-se que a moeda norte-americana atinja
R$ 6.
Inflação e meta do Banco Central
A expectativa para a inflação oficial, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou ligeiramente de 5,68%
para 5,66% em 2025. Essa é a primeira redução na projeção após mais de 20
revisões para cima.
Para 2026, no entanto, a projeção da inflação subiu de 4,4%
para 4,48%. Para os anos seguintes, as previsões são de 4% para 2027 e 3,78%
para 2028.
A estimativa para 2025 segue acima do teto da meta de
inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim,
o limite superior da meta é de 4,5%.
Em fevereiro, a inflação oficial avançou 1,31%, impulsionada
pelo aumento na conta de energia elétrica, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o maior resultado desde março de 2022
e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003. No acumulado de 12 meses, o
IPCA soma 5,06%.
Taxa de juros e impacto na economia
A taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 13,25%
ao ano, é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para conter a
inflação. Em janeiro, diante da alta do dólar e das incertezas sobre a economia
global, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa pela
quarta vez consecutiva, consolidando um ciclo de aperto monetário.
Para a reunião desta semana, o Copom já confirmou que
elevará a Selic para 14,25% ao ano, mas não informou se novas altas ocorrerão
em maio. Até o final de 2025, o mercado financeiro estima que a taxa suba para
15% ao ano. Para os anos seguintes, a previsão é de redução gradual: 12,5% em
2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
O aumento da taxa básica de juros visa frear a demanda
aquecida, tornando o crédito mais caro e estimulando a poupança. No entanto,
taxas elevadas podem dificultar o crescimento econômico ao encarecer o
financiamento para empresas e consumidores.
Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito se
torna mais acessível, incentivando o consumo e a produção. Esse movimento,
porém, pode reduzir o controle sobre a inflação e gerar maior pressão sobre os
preços.
Fonte: Agência Brasil
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