Estimativa da Conab indica crescimento de 10,3% na produção, impulsionado por maior área plantada e melhor produtividade
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A soja, principal cultura da primeira safra, tem previsão de
produção de 167,4 milhões de toneladas, um crescimento de 13,3% sobre a safra
passada. Após um início de colheita lento devido a atrasos no plantio e chuvas
excessivas em janeiro, a redução das precipitações em fevereiro acelerou os
trabalhos, com 60,9% da área já colhida. Os estados de Mato Grosso, Goiás e
Minas Gerais apresentam rendimentos superiores ao esperado, enquanto o Rio
Grande do Sul e Mato Grosso do Sul sofrem com estiagem, afetando o potencial
produtivo.
O ritmo da colheita da soja influencia o plantio do milho
segunda safra, que já alcançou 83,1% da área prevista. Apesar de estar abaixo
do registrado no ciclo anterior, o índice supera a média dos últimos cinco
anos. A Conab projeta um crescimento de 1,9% na área cultivada, atingindo 16,75
milhões de hectares. Com boas condições climáticas, a produtividade deve se
recuperar, alcançando 5.703 quilos por hectare, resultando em uma produção de
95,5 milhões de toneladas na segunda safra, 5,8% superior ao ciclo anterior. O
milho total deve chegar a 122,8 milhões de toneladas, um crescimento de 6,1%.
O arroz também apresenta bom desempenho, com aumento de 6,5%
na área plantada, totalizando 1,7 milhão de hectares. A produtividade estimada
é de 7.063 quilos por hectare, representando uma recuperação de 7,3% e uma
produção total projetada de 12,1 milhões de toneladas. O ritmo de colheita
supera o da safra anterior na maioria dos estados produtores, exceto Tocantins,
onde o avanço é ligeiramente inferior.
O feijão deverá apresentar um leve aumento na produção
total, estimada em 3,29 milhões de toneladas, 1,5% acima do ciclo anterior.
Esse resultado é impulsionado por uma melhora na produtividade, já que a área
plantada permanece estável.
No caso do algodão, a ampliação da área cultivada para 2
milhões de hectares deve resultar em uma safra promissora. Com expectativas de
produtividade elevada, a produção de pluma pode atingir 3,82 milhões de
toneladas, estabelecendo um novo recorde para o país, superado apenas pelos
dois ciclos anteriores.
Mercado e Abastecimento
A entrada da safra de arroz no mercado tem pressionado os
preços para baixo. No entanto, a maior produção garantirá o abastecimento
interno e permitirá uma recuperação nos estoques finais, mesmo com a
expectativa de crescimento das exportações, que podem chegar a 2 milhões de
toneladas. Ao final da safra 2024/25, os estoques de passagem do arroz devem
atingir 1,4 milhão de toneladas em fevereiro de 2026.
Os dados completos do levantamento estão disponíveis no boletim
da Conab, que detalha as condições de mercado e projeções para cada
cultura.
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