Educação e habitação impulsionam inflação, que acumula 5,06% em 12 meses
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Educação e habitação lideram altas
Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE,
o grupo Educação apresentou a maior variação (4,70%), seguido por Habitação
(4,44%), que exerceu o maior impacto no índice do mês (0,65 p.p.). Os grupos
Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%) também se destacaram, sendo
responsáveis, junto aos dois primeiros, por 92% do IPCA de fevereiro.
No setor de Educação, os cursos regulares tiveram alta de
5,69%, impulsionada pelos reajustes tradicionais do início do ano letivo. As
maiores variações foram observadas no ensino fundamental (7,51%), ensino médio
(7,27%) e pré-escola (7,02%).
Já no grupo Habitação, o maior impacto veio da energia
elétrica residencial, que avançou 16,80% em fevereiro, após a queda de -14,21%
em janeiro, devido ao fim do Bônus de Itaipu. A tarifa de água e esgoto também
subiu em várias capitais, como Campo Grande (6,84%), Belo Horizonte (6,42%) e
Porto Alegre (6,45%). Por outro lado, o gás encanado teve queda de -0,64%.
Alimentação e combustíveis influenciam inflação
O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,70%, com
destaque para a alimentação no domicílio, que subiu 0,79%, embora em ritmo
menor que em janeiro (1,07%). Entre os itens com maior elevação, estão o ovo de
galinha (15,39%) e o café moído (10,77%). Em contrapartida, a batata-inglesa
(-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%) apresentaram queda.
No setor de Transportes (0,61%), a alta foi influenciada
principalmente pelos combustíveis (2,89%), com o óleo diesel subindo 4,35%, o
etanol 3,62% e a gasolina 2,78%. As tarifas de ônibus urbanos também impactaram
o índice, com reajustes em diversas capitais, como São Paulo (12,01%), Campo
Grande (3,34%) e Rio de Janeiro (2,17%).
Regiões com maiores e menores variações
Dentre as localidades analisadas, Aracaju registrou a maior
variação regional (1,64%), impulsionada pela alta na energia elétrica
residencial (19,20%) e na gasolina (3,29%). Já Fortaleza teve a menor variação
(1,03%), beneficiada pelo recuo nas passagens aéreas (-18,56%) e na gasolina
(-3,31%).
INPC sobe 1,48% em fevereiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também
apresentou alta significativa, subindo 1,48% no mês. O acumulado do ano ficou
em 1,48%, enquanto a taxa dos últimos 12 meses atingiu 4,87%, acima dos 4,17%
registrados no período anterior. Em fevereiro de 2024, a variação foi de 0,81%.
O grupo de produtos alimentícios desacelerou, passando de
0,99% em janeiro para 0,75% em fevereiro. Já os produtos não alimentícios
tiveram forte avanço, saindo de -0,33% para 1,72% no mesmo período.
Entre as regiões, Aracaju novamente teve a maior variação do
INPC (1,79%), impulsionada pelo aumento na energia elétrica e nos combustíveis.
Por outro lado, Goiânia registrou a menor variação (1,01%), influenciada pela
queda das passagens aéreas (-26,67%) e das carnes (-1,95%).
O IPCA e o INPC são calculados pelo IBGE com base nos preços
coletados entre 30 de janeiro e 26 de fevereiro de 2025, comparados com os
valores vigentes entre 28 de dezembro de 2024 e 29 de janeiro de 2025.
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