Decisão do presidente dos EUA gera tensão comercial e impacto no mercado brasileiro
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EFE/EFA/ANNA ROSE LAYDEN/POLL |
Segundo o Financial Times, membros da equipe de Trump
afirmaram que as tarifas serão aplicadas a todas as importações dos EUA, sem
exceções para produtos específicos. As novas tarifas entrarão em vigor a partir
de 4 de março.
De acordo com autoridades americanas, a decisão é uma
resposta ao aumento das exportações estrangeiras desses metais, que, segundo o
governo, prejudicam os produtores de aço e alumínio dos Estados Unidos.
Impacto no Brasil e possível retaliação
O governo brasileiro ainda avalia quais medidas pode adotar
em resposta às tarifas. Nesta manhã, surgiram especulações de que o Brasil
poderia retaliar taxando empresas de tecnologia dos EUA, como Google, Amazon e
Meta. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou essa
possibilidade.
"Não é correta a informação de que o governo Lula deve
taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao
Brasil", declarou Haddad na rede social X (antigo Twitter). O ministro
destacou que qualquer posicionamento oficial será baseado em decisões concretas
e não em anúncios que possam ser mal interpretados ou revistos.
Atualmente, os Estados Unidos representam 48% das
exportações brasileiras de aço e 16% das de alumínio, totalizando US$ 5,7
bilhões em vendas em 2024.
Mercado reage à medida
Antes da oficialização das tarifas, as ações da Gerdau
(GGBR4) operavam em alta, impulsionadas pela forte presença da empresa no
mercado norte-americano, o que pode minimizar impactos tarifários. Por outro
lado, CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e CBA (CBAV3) enfrentavam volatilidade
devido à dependência de exportações para os EUA.
A decisão de Trump reforça a tendência de endurecimento da
política comercial dos Estados Unidos. Na semana passada, o presidente já havia
imposto uma tarifa de 10% sobre as importações chinesas e ameaçado Canadá e
México com medidas semelhantes.
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