Dados do IBGE mostram redução anual e diferenças regionais na desocupação
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Regionalmente, a taxa de desemprego caiu no Paraná (0,7
p.p.), em Minas Gerais (0,7 p.p.) e no Rio Grande do Sul (0,6 p.p.), enquanto
se manteve estável nas demais unidades da federação. As maiores taxas foram
registradas em Pernambuco (10,2%), Bahia (9,9%) e Distrito Federal (9,1%), ao
passo que as menores ocorreram em Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,7%) e
Rondônia (2,8%).
A desigualdade de gênero também foi evidenciada nos dados: a
taxa de desocupação foi de 5,1% entre os homens e de 7,6% entre as mulheres.
Por critério racial, a desocupação foi menor entre os brancos (4,9%) e maior
entre os negros (7,5%) e pardos (7,0%).
No quesito escolaridade, as taxas de desocupação foram mais
altas entre aqueles com ensino médio incompleto (10,3%), enquanto os
profissionais com ensino superior completo registraram a menor taxa (3,3%).
Para aqueles com nível superior incompleto, o índice ficou em 6,6%.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que
engloba desempregados, subocupados e a força de trabalho potencial, foi de
15,2% no trimestre. O Piauí liderou com 31,7%, seguido por Bahia (28,8%) e
Alagoas (26,6%). No extremo oposto, Santa Catarina (4,8%), Mato Grosso (7,0%) e
Rondônia (7,4%) registraram os menores índices.
O percentual de trabalhadores por conta própria foi de 25,1%
da população ocupada. Rondônia teve o maior percentual (34,9%), seguido por
Maranhão (32,0%) e Amazonas (31,6%). Já os menores percentuais foram
registrados no Distrito Federal (19,1%), Tocantins (20,2%) e Mato Grosso do Sul
(21,3%).
A informalidade segue como um desafio no mercado de
trabalho. No Brasil, a taxa foi de 38,6%, com os maiores índices no Pará
(57,6%), Maranhão (56,8%) e Piauí (54,9%). As menores taxas foram verificadas
em Santa Catarina (25,6%), Distrito Federal (29,0%) e São Paulo (30,3%).
O levantamento também mostrou uma redução significativa no
número de brasileiros buscando emprego há dois anos ou mais. Esse contingente
caiu 24,1% em relação ao mesmo período de 2023, passando de 1,8 milhão para 1,4
milhão de pessoas.
A taxa de empregados com carteira assinada no setor privado
foi de 73,4%. Os estados com os maiores percentuais foram Santa Catarina
(87,9%), São Paulo (81,2%) e Rio Grande do Sul (79,9%). No outro extremo, Piauí
(50,9%), Maranhão (52,3%) e Pará (54,4%) tiveram os menores índices.
O rendimento médio real mensal da população ocupada foi
estimado em R$ 3.315, apresentando leve crescimento em relação ao trimestre
anterior (R$ 3.268) e ao mesmo período de 2023 (R$ 3.178). A Região Sul foi a
única a apresentar crescimento significativo nesse indicador.
Os dados reforçam a tendência de recuperação gradual do
mercado de trabalho brasileiro, mas também evidenciam disparidades regionais e
estruturais que ainda precisam ser endereçadas.
Fontes: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
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