Radio Evangélica

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Taxa de desemprego no Brasil se mantém estável no 4º trimestre de 2024

Dados do IBGE mostram redução anual e diferenças regionais na desocupação

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A taxa de desocupação do Brasil no quarto trimestre de 2024 foi de 6,2%, sem variação significativa em relação ao trimestre anterior (6,4%), mas apresentando uma queda de 1,2 ponto percentual na comparação anual com o mesmo período de 2023 (7,4%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Regionalmente, a taxa de desemprego caiu no Paraná (0,7 p.p.), em Minas Gerais (0,7 p.p.) e no Rio Grande do Sul (0,6 p.p.), enquanto se manteve estável nas demais unidades da federação. As maiores taxas foram registradas em Pernambuco (10,2%), Bahia (9,9%) e Distrito Federal (9,1%), ao passo que as menores ocorreram em Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,7%) e Rondônia (2,8%).

A desigualdade de gênero também foi evidenciada nos dados: a taxa de desocupação foi de 5,1% entre os homens e de 7,6% entre as mulheres. Por critério racial, a desocupação foi menor entre os brancos (4,9%) e maior entre os negros (7,5%) e pardos (7,0%).

No quesito escolaridade, as taxas de desocupação foram mais altas entre aqueles com ensino médio incompleto (10,3%), enquanto os profissionais com ensino superior completo registraram a menor taxa (3,3%). Para aqueles com nível superior incompleto, o índice ficou em 6,6%.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que engloba desempregados, subocupados e a força de trabalho potencial, foi de 15,2% no trimestre. O Piauí liderou com 31,7%, seguido por Bahia (28,8%) e Alagoas (26,6%). No extremo oposto, Santa Catarina (4,8%), Mato Grosso (7,0%) e Rondônia (7,4%) registraram os menores índices.

O percentual de trabalhadores por conta própria foi de 25,1% da população ocupada. Rondônia teve o maior percentual (34,9%), seguido por Maranhão (32,0%) e Amazonas (31,6%). Já os menores percentuais foram registrados no Distrito Federal (19,1%), Tocantins (20,2%) e Mato Grosso do Sul (21,3%).

A informalidade segue como um desafio no mercado de trabalho. No Brasil, a taxa foi de 38,6%, com os maiores índices no Pará (57,6%), Maranhão (56,8%) e Piauí (54,9%). As menores taxas foram verificadas em Santa Catarina (25,6%), Distrito Federal (29,0%) e São Paulo (30,3%).

O levantamento também mostrou uma redução significativa no número de brasileiros buscando emprego há dois anos ou mais. Esse contingente caiu 24,1% em relação ao mesmo período de 2023, passando de 1,8 milhão para 1,4 milhão de pessoas.

A taxa de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,4%. Os estados com os maiores percentuais foram Santa Catarina (87,9%), São Paulo (81,2%) e Rio Grande do Sul (79,9%). No outro extremo, Piauí (50,9%), Maranhão (52,3%) e Pará (54,4%) tiveram os menores índices.

O rendimento médio real mensal da população ocupada foi estimado em R$ 3.315, apresentando leve crescimento em relação ao trimestre anterior (R$ 3.268) e ao mesmo período de 2023 (R$ 3.178). A Região Sul foi a única a apresentar crescimento significativo nesse indicador.

Os dados reforçam a tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho brasileiro, mas também evidenciam disparidades regionais e estruturais que ainda precisam ser endereçadas.

Fontes: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

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