Governo desistiu de aumentar o percentual para 15% em março
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Embora a maior parte do biodiesel no país tenha origem na
soja, produto majoritariamente exportado e pouco consumido pelos brasileiros, a
decisão ajuda a segurar o preço dos alimentos. Isso porque a elevação da
mistura para 15% encareceria o combustível, usado no transporte de cargas, com
impacto no preço da comida. Atualmente, o óleo diesel representa 35% do valor
do frete.
“O preço dos alimentos é a grande prioridade do nosso
governo. Considerando a necessidade de buscarmos todos os mecanismos para que o
preço seja mais barato na gôndola do supermercado, mantemos a mistura em B14
[teor de 14% de biodiesel] até que tenhamos resultados no preço dos alimentos
da população, já que boa parte da produção do biodiesel vem da soja”, afirmou,
em nota, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Apesar de ser menos poluente e renovável, o biodiesel é mais
caro que o diesel, combustível fóssil. Quanto maior o teor de biodiesel no
diesel, mais alto fica o preço na bomba.
Caso o percentual de mistura subisse, o diesel teria o
segundo aumento em um mês. No fim de janeiro, a Petrobras elevou
o preço do combustível para as distribuidoras em R$ 0,22 para
diminuir a defasagem em relação ao preço internacional.
O biodiesel, que é adicionado ao diesel fóssil, esteve em
trajetória de alta nas últimas semanas.
Sancionada em outubro de 2024, a Lei Combustível do Futuro
estabelece que a parcela de biodiesel varie de 13% a 25%. No entanto, a adição
é obrigatória desde 2008, como política nacional para reduzir o nível de
poluição do transporte de cargas.
Fonte: Agência Brasil
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