Aumento reflete crescimento da população desocupada em relação ao trimestre anterior, mas mantém queda na comparação anual
A taxa de desocupação no Brasil atingiu 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2025, registrando uma alta de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao período de agosto a outubro de 2024, quando estava em 6,2%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação anual, o índice apresentou queda de 1,1 p.p., já que no mesmo trimestre móvel de 2023-2024 a taxa era de 7,6%.O levantamento do IBGE revelou que a população desocupada
cresceu 5,3% no trimestre, passando de 6,8 milhões para 7,2 milhões de pessoas.
No entanto, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma queda de
13,1%, o que representa 1,1 milhão de pessoas a menos na condição de
desocupadas.
Ocupação e rendimento
A população ocupada totalizou 103 milhões de pessoas,
registrando um recuo de 0,6% (641 mil pessoas) no trimestre. No entanto, em
relação ao ano anterior, o contingente aumentou 2,4% (mais 2,4 milhões de
pessoas). O nível da ocupação caiu para 58,2%, com queda trimestral de 0,5
p.p., mas alta anual de 0,9 p.p.
O rendimento médio real habitual cresceu 1,4% no trimestre e
3,7% no ano, atingindo R$ 3.343. Já a massa de rendimento real habitual foi
estimada em R$ 339,5 bilhões, permanecendo estável no trimestre, mas com um
aumento anual de 6,2% (R$ 19,9 bilhões a mais).
Subutilização e informalidade
A taxa composta de subutilização ficou estável no trimestre,
passando de 15,4% para 15,5%, mas apresentou queda de 2,0 p.p. no ano. O número
de pessoas subutilizadas foi estimado em 18,1 milhões, sem variação
significativa no trimestre, mas com uma redução de 11% no ano.
A informalidade atingiu 38,3% da população ocupada, o que
representa 39,5 milhões de trabalhadores informais. No trimestre encerrado em
outubro, a taxa era de 38,9% (40,3 milhões), e no mesmo período do ano
anterior, era de 39% (39,2 milhões).
Setores e perspectivas
No setor privado, o número de empregados com carteira
assinada permaneceu estável no trimestre, totalizando 39,3 milhões de pessoas.
Já os empregados sem carteira assinada somaram 13,9 milhões, apresentando queda
trimestral de 553 mil pessoas, mas crescimento de 3,2% no ano.
O setor público registrou redução de 2,8% no número de
empregados no trimestre, mas alta de 2,9% no ano, totalizando 12,5 milhões de
pessoas. O número de trabalhadores por conta própria permaneceu estável em
ambas as comparações, enquanto o de trabalhadores domésticos caiu 2,4% no
trimestre, sem variação anual.
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