Inflação desacelera para 0,16%, puxada pela queda na habitação e impacto dos transportes e alimentos
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Setores em destaque
Os grupos que mais impactaram a inflação em janeiro foram
Transportes (1,30% e 0,27 p.p.) e Alimentação e bebidas (0,96% e 0,21 p.p.). Em
contrapartida, o grupo Habitação teve uma queda expressiva de -3,08%,
impactando o índice com -0,46 p.p., o que ajudou a conter a inflação do
período.
Transportes e Alimentação em alta
No grupo dos Transportes, a maior pressão veio do aumento
das passagens aéreas (10,42%) e das tarifas de ônibus urbano (3,84%),
impulsionadas por reajustes aplicados em diversas capitais, como Belo Horizonte
(8,38%), Rio de Janeiro (6,98%) e São Paulo (5,22%). Houve também aumentos nos
preços do etanol (1,82%), óleo diesel (0,97%) e gasolina (0,61%).
O grupo Alimentação e bebidas apresentou o quinto aumento
consecutivo, com destaque para as altas da cenoura (36,14%), tomate (20,27%) e
café moído (8,56%). No entanto, produtos como batata-inglesa (-9,12%) e leite
longa vida (-1,53%) registraram queda nos preços. A alimentação fora do
domicílio também desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro.
Habitação em queda
A queda no grupo Habitação (-3,08%) foi impulsionada
principalmente pela redução no custo da energia elétrica residencial (-14,21%),
devido à incorporação do Bônus de Itaipu, que reduziu as tarifas em janeiro.
Por outro lado, a taxa de água e esgoto subiu 0,97% por conta de reajustes em
cidades como Belo Horizonte (6,42%), Campo Grande (6,84%) e Rio de Janeiro
(9,83%).
Diferenças regionais
Entre as regiões metropolitanas pesquisadas, Aracaju teve a
maior variação em janeiro (0,59%), influenciada pelo aumento das passagens
aéreas (13,65%). Em contrapartida, Rio Branco registrou a menor variação
(-0,34%), devido à queda da energia elétrica residencial (-16,60%).
INPC estagna em janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a
inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, apresentou
estabilidade em janeiro, com variação de 0,00%. No acumulado dos últimos 12
meses, o INPC está em 4,17%, abaixo dos 4,77% registrados anteriormente. O
grupo Alimentação desacelerou de 1,12% em dezembro para 0,99% em janeiro,
enquanto os itens não alimentícios tiveram deflação de -0,33%.
A maior alta regional do INPC foi registrada em Salvador
(0,47%), devido à alta da tarifa de ônibus urbano (6,00%). A menor variação
ocorreu em Rio Branco (-0,49%), novamente influenciada pela queda da energia
elétrica.
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