Radio Evangélica

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

IBGE divulga rendimentos domiciliares per capita de 2024: Maranhão tem menor valor e DF o maior

PixaBay
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (28) os valores dos rendimentos domiciliares per capita referentes a 2024 para o Brasil e suas unidades da federação. O levantamento, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, revelou que a média nacional do rendimento domiciliar per capita foi de R$ 2.069, com variações significativas entre os estados. O Maranhão registrou o menor valor, de R$ 1.077, enquanto o Distrito Federal apresentou o maior rendimento, de R$ 3.444.

A divulgação desses dados atende à Lei Complementar 143/2013, que define critérios para a distribuição do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). Além disso, os valores são utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo dos fatores de rateio baseados no inverso do rendimento domiciliar per capita.

Diferenças regionais marcam levantamento

Os dados demonstram disparidades regionais expressivas. No Nordeste, além do Maranhão, estados como Ceará (R$ 1.225), Piauí (R$ 1.350) e Alagoas (R$ 1.331) também registraram rendimentos abaixo da média nacional. Já no Sudeste, São Paulo (R$ 2.662) e Rio de Janeiro (R$ 2.490) tiveram valores mais elevados. No Sul, os estados mantiveram patamares semelhantes, com Santa Catarina (R$ 2.601) e Rio Grande do Sul (R$ 2.608) liderando na região.

Metodologia do cálculo

O rendimento domiciliar per capita foi calculado dividindo-se o total dos rendimentos domiciliares pelo total de moradores do domicílio. Foram considerados rendimentos do trabalho e de outras fontes, abrangendo inclusive pensionistas, empregados domésticos e seus parentes. Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos mensais efetivamente recebidos no período de referência da pesquisa, considerando as informações das primeiras visitas da PNAD Contínua ao longo dos quatro trimestres de 2024.

A PNAD Contínua, realizada pelo IBGE desde 2012, acompanha trimestralmente a evolução da força de trabalho e outros indicadores socioeconômicos. Durante a pandemia de COVID-19, entre 2020 e 2022, houve alterações na coleta de dados, impactando os cálculos do rendimento domiciliar per capita. No entanto, desde 2023, o instituto retomou sua metodologia tradicional, utilizando as informações da primeira visita aos domicílios.

Com essa divulgação, o IBGE reforça o papel dos dados estatísticos para formulação de políticas públicas e para a compreensão das desigualdades regionais no país. Os números também servirão de base para decisões governamentais e análise do desenvolvimento socioeconômico brasileiro.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário