Alta do IPA e reajustes no IPC impulsionam o índice; INCC desacelera puxado por materiais e equipamentos
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Segundo Matheus Dias, economista do instituto, "o IPA
reverte o movimento de desaceleração registrado no mês anterior, que havia sido
impactado pela queda nos preços de importantes commodities. Parte desse
movimento pode ser atribuída ao café (em grão) e ao café moído, que apresentam
persistência nas altas em fevereiro; os bovinos também são destaque dessa alta.
A alta do IPC foi influenciada pelos reajustes das mensalidades escolares e do
transporte público. Assim como ocorreu nos preços ao produtor, o café para os
consumidores também registrou forte elevação. Em contraste com o IPA e o IPC, o
INCC registrou desaceleração, puxada por materiais e equipamentos."
IPA avança 1,02% e impulsiona o IGP-10
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou para
1,02% em fevereiro, ante 0,57% em janeiro. No detalhamento por estágios de
processamento, o grupo de Bens Finais desacelerou de 0,81% para 0,10%, enquanto
os Bens Intermediários tiveram alta de 1,17%, acima dos 1,00% do mês anterior.
O índice de Matérias-Primas Brutas também subiu, de 0,15% para 1,49%.
IPC sobe 0,44% com pressão de educação e transportes
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou
aceleração, passando de 0,26% em janeiro para 0,44% em fevereiro. Entre os
grupos que compõem o índice, seis tiveram avanços, com destaque para
Transportes (0,37% para 1,14%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,06% para
0,29%). Por outro lado, Alimentação (1,41% para 0,87%) e Vestuário (1,02% para
-0,46%) tiveram recuo.
INCC desacelera para 0,55% em fevereiro
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,55%
em fevereiro, abaixo dos 0,74% registrados no mês anterior. O grupo Materiais e
Equipamentos desacelerou de 0,64% para 0,33%, enquanto o grupo Serviços
inverteu sua tendência e passou de -0,03% para 0,90%. O grupo Mão de Obra
também recuou, de 0,98% para 0,79%.
Os dados indicam que, apesar da desaceleração na construção
civil, a inflação ao produtor e ao consumidor segue pressionada, impulsionada
pelos reajustes em setores essenciais como educação e transportes.
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