Indicador, considerado a prévia da inflação oficial, acumula alta de 1,34% em 2025 e chega a 4,96% nos últimos 12 meses
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Habitação e Educação impulsionam alta
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, o destaque foi
Habitação, que teve a maior alta no mês, com avanço de 4,34% e impacto de 0,63
p.p. no índice geral. O aumento na energia elétrica residencial (16,33%) foi o
principal responsável pelo resultado, refletindo a incorporação do bônus de
Itaipu e o reajuste em algumas localidades.
Outro grupo que pesou na inflação de fevereiro foi Educação,
com aumento de 4,78% e impacto de 0,29 p.p. no IPCA-15. O reajuste das
mensalidades escolares no início do ano letivo impulsionou essa variação, com
destaque para o ensino fundamental (7,50%), ensino médio (7,26%) e ensino
superior (4,08%).
Alimentação e Transportes também tiveram influência
O grupo Alimentação e Bebidas apresentou alta de 0,61%,
abaixo do índice de janeiro (1,06%). Entre os itens que mais subiram, estão a
cenoura (17,62%) e o café moído (11,63%), enquanto a batata-inglesa (-8,17%), o
arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%) tiveram quedas.
Já Transportes subiu 0,44%, influenciado pelo aumento dos
combustíveis (1,88%), principalmente do etanol (3,22%) e da gasolina (1,71%).
As passagens aéreas tiveram queda expressiva de 20,42%, ajudando a segurar um
avanço maior no grupo.
Regiões: Recife lidera alta da inflação
Entre as áreas pesquisadas, Recife teve a maior variação
mensal (1,49%), impulsionada pela alta da energia elétrica (14,78%) e da
gasolina (3,74%). Por outro lado, Goiânia registrou a menor variação (0,99%),
beneficiada pela queda nos preços das passagens aéreas (-26,67%) e do arroz
(-2,67%).
Para o cálculo do IPCA-15, o IBGE coletou os preços entre 15
de janeiro e 12 de fevereiro de 2025 e os comparou com os valores vigentes
entre 13 de dezembro de 2024 e 14 de janeiro de 2025. O indicador mede a
inflação para famílias com renda entre 1 e 40 salários-mínimos e abrange as
principais regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia.
Com o avanço do IPCA-15 em fevereiro, a expectativa do
mercado e das autoridades econômicas se volta para os próximos meses, em busca
de sinais sobre a tendência da inflação ao longo do ano.
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