Expectativa para expansão da economia este ano é 1,97%
![]() |
REUTERS/Adriano Machado |
Para este ano, a expectativa para o crescimento da economia
está em 1,97%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma
dos bens e serviços produzidos no país - também foi mantida em 1,6%. Para 2027
e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os dois anos.
Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O
resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior
expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.
A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,90 para o fim
deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$
5,99.
Inflação
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – para 2025 foi mantida
em 5,65% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção da inflação ficou
em 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.
A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de
inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o
superior 4,5%.
Puxada pela alta da energia elétrica, em fevereiro a
inflação oficial ficou em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado desde março de 2022
quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003
(1,57%). Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como
principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,25% ao
ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
A alta do preço dos alimentos e da energia e
as incertezas em torno da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os
juros em um ponto percentual na última reunião, em março, o quinto aumento
seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.
Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira
está aquecida, apesar de sinais de moderação na expansão. Segundo o colegiado,
a inflação cheia e os núcleos (medida que exclui preços mais voláteis, como
alimentos e energia) continuam em alta. O órgão alertou que existe o risco de
que a inflação de serviços permaneça alta e informou que continuará a monitorar
a política econômica do governo.
Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que
elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não deixou pistas
para o que acontecerá depois disso. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em um
ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.
Até dezembro próximo, a estimativa do mercado financeiro
é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a
previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano,
respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a
finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque
os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas,
além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros
cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas
administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da
economia.
Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o
controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário