Queda foi puxada por indústrias extrativas, alimentos e bens de capital; acumulado em 12 meses segue positivo em 9,41%
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Apesar do recuo pontual, o acumulado no ano ainda é
positivo, com alta de 0,03%. Já o acumulado em 12 meses permanece elevado, em
9,41%, embora inferior ao observado em janeiro deste ano (9,71%). Em fevereiro
de 2024, a variação mensal havia sido de 0,14%.
Entre os destaques do mês, a maior queda veio das indústrias
extrativas, que apresentaram recuo de 3,39% nos preços, influenciadas
principalmente pela retração em "óleos brutos de petróleo". O setor
acumulou baixa de 4,82% no ano e de 6,18% em 12 meses, sendo o único entre os
principais segmentos com variações negativas tanto no mês quanto no ano.
O setor de alimentos, com peso relevante no índice,
também influenciou fortemente o resultado, com recuo de 0,84% nos preços. Essa
foi a segunda queda mensal consecutiva, impactada principalmente por produtos
como “arroz semibranqueado” e “resíduos da extração de soja”. Ainda assim, o
setor acumula alta expressiva de 13,96% nos últimos 12 meses – maior resultado
desde julho de 2022.
Na contramão da tendência geral, os preços do setor de refino
de petróleo e biocombustíveis subiram 2,37% em fevereiro, com destaque para
o aumento no preço do óleo diesel. Já os outros produtos químicos
registraram a maior variação positiva do mês, com alta de 2,41%, mantendo
trajetória de recuperação e acumulando elevação de 4,16% no ano e 16,57% em 12
meses.
Entre as grandes categorias econômicas, a maior retração
veio dos bens de capital, com queda de 0,76%, influenciando
negativamente o índice em 0,06 ponto percentual. Os bens intermediários
caíram 0,09% e os bens de consumo recuaram 0,04%, com destaque para a
queda nos preços dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,11%).
Em relação ao acumulado de 12 meses, os bens
intermediários, com peso de 55,09% no IPP, foram responsáveis por 4,87
pontos percentuais dos 9,41% de variação do índice. Os bens de consumo
contribuíram com 3,98 pontos, sendo que os semiduráveis e não duráveis
tiveram a maior influência dentro do grupo (3,69 p.p.).
Apesar da desaceleração em fevereiro, o comportamento dos
preços industriais nos primeiros meses de 2025 segue condicionado por variações
setoriais específicas, que refletem tanto fatores sazonais quanto dinâmicas
globais de oferta e demanda. A continuidade ou reversão dessa tendência
dependerá da evolução dos custos de insumos, energia e do comportamento do
mercado externo nos próximos meses.
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