Radio Evangélica

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Resenha – Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

Publicado pela primeira vez em 1881, Memórias Póstumas de Brás Cubas é considerado um dos marcos inaugurais do realismo no Brasil. Com essa obra, Machado de Assis não apenas rompe com os padrões românticos da época, mas também inaugura uma nova forma de narrar, que até hoje impressiona leitores e estudiosos da literatura.

Um defunto que narra suas memórias

A grande originalidade da obra está em seu narrador: Brás Cubas, um homem da elite carioca, resolve contar sua história após a morte. Esse ponto de vista inusitado dá ao autor liberdade para criticar, com ironia e sarcasmo, os costumes da sociedade brasileira do século XIX. Como o próprio narrador afirma: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”

Crítica social com elegância e humor

Machado de Assis faz um retrato mordaz da hipocrisia social, do egoísmo humano, da vaidade e da mediocridade que dominavam os círculos aristocráticos do Segundo Reinado. Por meio de personagens como Virgília, Quincas Borba e Lobo Neves, somos conduzidos por uma trama em que os sentimentos são menos idealizados e mais críveis, revelando o lado obscuro das relações humanas.

Forma inovadora e linguagem afiada

A estrutura do livro é composta por capítulos curtos, quase fragmentos, que dialogam diretamente com o leitor. Machado, com sua linguagem precisa e refinada, mistura filosofia, crítica social e observações psicológicas em uma narrativa que se mantém viva e atual. A quebra da quarta parede, o tom confessional e o estilo livre contribuem para o caráter experimental da obra.

Por que ler Memórias Póstumas de Brás Cubas hoje?

Mesmo mais de um século após sua publicação, o livro continua provocando reflexões sobre a condição humana. A crítica à busca vazia por status, ao individualismo exagerado e à superficialidade das relações permanece relevante no mundo contemporâneo. Além disso, é uma leitura fundamental para quem deseja compreender melhor a evolução da literatura brasileira.

“Não é a glória que envaidece o homem, é a vaidade que lhe dá glória.”

Conclusão

Memórias Póstumas de Brás Cubas é muito mais que uma simples autobiografia fictícia: é uma aula de literatura, de história e de filosofia. Com seu estilo inconfundível, Machado de Assis nos oferece uma obra-prima que desafia convenções e encanta leitores de todas as gerações.

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