Expansão de 1,7% no mês reforça crescimento do crédito ampliado, enquanto taxa média de juros atinge 30,5% ao ano; endividamento das famílias atinge maior nível desde junho de 2023
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Empresas lideram expansão
O crédito às empresas somou R$6,6 trilhões (56,1% do PIB),
com alta de 1,9% em fevereiro. Destaque para o avanço de 3,8% nos empréstimos
do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e de 1,5% nos empréstimos externos. Em
relação a fevereiro de 2024, houve um crescimento expressivo de 19,2%,
influenciado por títulos de dívida (+27,5%) e crédito externo (+18,6%).
Famílias com crédito mais estável
Já o crédito às famílias atingiu R$4,3 trilhões (36,5% do
PIB), com crescimento mais modesto: 0,4% no mês e 12,5% em doze meses,
sustentado especialmente pelos empréstimos do SFN.
Sistema Financeiro Nacional (SFN) movimenta R$6,5
trilhões
O estoque de crédito do SFN chegou a R$6,5 trilhões em
fevereiro, com crescimento mensal de 0,4%. O crédito às empresas totalizou
R$2,5 trilhões (+0,5%) e às famílias R$4,0 trilhões (+0,4%). No acumulado de 12
meses, a alta foi de 11,8%.
- Crédito
com recursos livres: R$3,7 trilhões (estável no mês, +11,3% em 12
meses)
- Crédito
direcionado: R$2,7 trilhões (+0,9% no mês, +12,5% em 12 meses)
Juros e inadimplência em alta
A taxa média de juros das novas concessões chegou a 30,5% ao
ano, com avanço de 0,7 ponto percentual no mês. A inadimplência, por sua vez,
atingiu 3,3% da carteira total do SFN, mantendo-se estável em 12 meses.
- Juros
para famílias: 35,0% a.a. (+1,2 p.p. no mês)
- Juros
para empresas: 21,0% a.a. (-0,4 p.p. no mês)
- Spread
bancário: 19,4 p.p.
No crédito livre às famílias, a taxa de juros chegou a 56,3%
a.a., impulsionada pelo aumento no rotativo do cartão de crédito (+9,6 p.p.) e
no crédito pessoal não consignado (+6,1 p.p.).
Endividamento e comprometimento de renda
O endividamento das famílias subiu para 48,7% da renda em
janeiro, o maior nível desde junho de 2023. Já o comprometimento da renda com
dívidas subiu para 27,3%.
Agregados monetários crescem
A base monetária chegou a R$440,9 bilhões (+0,2% no mês). Os
agregados M1, M2, M3 e M4 também apresentaram expansão:
- M1:
R$627,8 bilhões (+0,4%)
- M2:
R$6,6 trilhões (+0,9%)
- M3:
R$12,1 trilhões (+0,7%)
- M4:
R$13,6 trilhões (+1,4% no mês e +12,2% em 12 meses)
Limite para juros em cartões entra em vigor
Desde janeiro, está em vigor a Lei
nº 14.690/2023, que limita a cobrança de juros e encargos em cartões de
crédito rotativo e parcelado. O total cobrado não pode ultrapassar o valor
original da dívida. O Banco Central criou uma página específica para acompanhar
os efeitos da nova legislação: Acesse aqui.
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