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Monarquia e Poderes do Príncipe
O monarca atual é o Príncipe Hans-Adam II, que, desde 2004,
delegou a regência ao seu filho, o Príncipe Herdeiro Alois. A Constituição de
Liechtenstein estabelece que a soberania é compartilhada entre o Príncipe
reinante e o povo, conferindo ao monarca poderes substanciais. Entre suas
atribuições estão:
- Sanção
de leis aprovadas pelo parlamento;
- Convocação,
adiamento ou dissolução do parlamento por motivos relevantes;
- Nomeação
do governo com base em proposta parlamentar;
- Participação
ativa na política externa, incluindo a representação do país em acordos
internacionais;
- Presidência
do Conselho de Nomeação Judicial, influenciando na escolha de juízes.
Em 2003, um referendo aprovou reformas constitucionais que
ampliaram os poderes do príncipe, incluindo o direito de veto legislativo.
Simultaneamente, garantiu-se ao povo o direito de abolir a monarquia por meio
de referendo, reforçando o equilíbrio entre monarquia e democracia.
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Estrutura Parlamentar
O parlamento de Liechtenstein, conhecido como Landtag, é
unicameral e composto por 25 membros eleitos por sufrágio universal e
proporcional. O país é dividido em dois distritos eleitorais: Oberland (15
representantes) e Unterland (10 representantes). O Landtag é responsável por:
- Elaboração
e aprovação de leis;
- Aprovação
do orçamento anual e supervisão das finanças públicas;
- Fiscalização
da administração estatal e do sistema judiciário;
- Proposição
de nomeações para cargos governamentais e judiciais.
As leis aprovadas pelo Landtag requerem a sanção do Príncipe
para entrarem em vigor. Além disso, os cidadãos podem propor referendos sobre
legislações específicas, reforçando o caráter democrático do sistema.
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Religião
A religião predominante em Liechtenstein é o Cristianismo,
com destaque para o Catolicismo Romano. De acordo com dados de 2020:
- 69,6%
da população é católica;
- 8,1%
pertencem à Igreja Reformada Protestante;
- 6%
são muçulmanos, principalmente imigrantes da Bósnia e Turquia;
- 9,6%
não possuem afiliação religiosa;
- 1%
seguem outras religiões;
- 4%
não responderam.
A Constituição de Liechtenstein reconhece a Igreja Católica
como a religião oficial do Estado, garantindo-lhe proteção plena. No entanto,
assegura-se a liberdade religiosa e a proteção a todas as crenças.
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Considerações Finais
Liechtenstein apresenta uma combinação única de monarquia
ativa com práticas democráticas robustas. O equilíbrio entre os poderes do
Príncipe e os direitos do povo, incluindo mecanismos de referendo e iniciativa
popular, destaca-se como um modelo singular de governança no cenário europeu.
Referências Bibliográficas
- Constituição
de Liechtenstein (1921, revisada em 2011).
- Site
oficial da Casa Principesca de Liechtenstein.
- Landtag
de Liechtenstein – Estrutura e Funções.
- Religião
em Liechtenstein.
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