Não
é corte, é contingenciamento, tem uma diferença grande
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REUTERS/Adriano Machado
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O presidente Jair Bolsonaro
defendeu nesta quarta-feira o congelamento adicional de 1,4 bilhão de reais nos
gastos do Executivo anunciado pelo governo, e disse que não teve escolha ou
seria enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Não é corte, é
contingenciamento, tem uma diferença grande. Se eu não fizer isso, eu entro na
Lei de Responsabilidade Fiscal, é pedalada, eu vou para o impeachment. Dá para
entender? Eu não quero cortar ninguém. Sou um cara que não sou adepto a isso,
mas um orçamento geralmente é superestimado”, afirmou o presidente em
entrevista ao sair do Palácio da Alvorada para uma viagem a Anápolis (GO).
A equipe econômica divulgou
na noite de terça-feira o detalhamento das áreas atingidas por mais esse
contingenciamento. Os ministérios da Cidadania e Educação tiveram os maiores
bloqueios, com 619,2 milhões de reais e 348,4 milhões de reais,
respectivamente.
Na soma dos três
contingenciamentos feitos este ano, os Ministérios da Educação e da Defesa
tiveram os maiores bloqueios: 6,2 bilhões na Educação e 5,8 bilhões na Defesa.
JUROS
Bolsonaro disse também que
torce para que a reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) na noite
desta quarta decida por mais um corte na taxa Selic, mas que não vai tentar
influenciar a decisão.
“Estou torcendo apenas que
caia a taxa de juros. Cada 1 por cento da taxa de juros são 40 bilhões a mais
que a gente gasta por ano”, afirmou.
“Eu estou torcendo, mas eu
não vou influenciar lá. Eu não sou o Dilmo de calça comprida”, acrescentou,
fazendo referência à ex-presidente Dilma Rousseff.
Reuters
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