Radio Evangélica

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Câmara Aprova Atualização de Bens no Imposto de Renda e Regularização Patrimonial

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) o Projeto de Lei nº 458/2021, que autoriza a atualização do valor de veículos e imóveis declarados no Imposto de Renda, além de criar um programa de regularização de bens lícitos não declarados. O texto, originário do Senado, retorna àquela Casa para nova análise após modificações feitas pelos deputados.

A proposta busca corrigir distorções fiscais históricas, ampliar a arrecadação e oferecer uma alternativa de conformidade tributária voluntária para pessoas físicas e jurídicas.

Atualização de Bens no Imposto de Renda

O projeto permite que contribuintes atualizem o valor de seus bens — como imóveis e veículos — para o valor de mercado com base nas declarações de 2024.

Para pessoas físicas, o imposto será de 4% sobre a diferença apurada, substituindo a alíquota tradicional de 15% a 22,5% sobre o ganho de capital.
Já as pessoas jurídicas pagarão 4,8% de IRPJ e 3,2% de CSLL sobre o valor ajustado.

O relator, deputado Juscelino Filho (União-MA), afirmou que a medida “corrige a distorção provocada pela desconsideração da inflação, que leva à tributação de um ganho fictício e não de um lucro real”.

Segundo o parlamentar, o mecanismo estimula a adesão voluntária e contribui para uma arrecadação imediata sem aumento direto de alíquotas.

Regras para Venda e Regularização Patrimonial

Os contribuintes que aderirem à atualização deverão manter os bens por um período mínimo:

  • Imóveis: cinco anos;
  • Veículos: dois anos.

A venda antecipada exigirá o recolhimento do IR sobre o ganho de capital, descontando o imposto já pago na atualização.

O projeto também autoriza a regularização de bens de origem lícita não declarados ou declarados incorretamente. Nesse caso, haverá cobrança de:

  • 15% de Imposto de Renda;
  • 15% de multa, totalizando 30% do valor regularizado, com parcelamento em até 24 vezes corrigidas pela Selic.

Essa regularização dispensa multas de mora e exclui a possibilidade de ação penal tributária por omissão declaratória.

Incorporação de Trechos da MP 1303/25

O texto aprovado incorporou dispositivos da Medida Provisória nº 1303/2025, que tratava da compensação tributária por empresas.
O objetivo é restringir o uso abusivo de créditos fiscais e evitar fraudes, especialmente envolvendo PIS/Cofins.

Segundo a Agência Câmara, o impacto estimado das medidas é de R$ 10 bilhões em prejuízos fiscais evitados por ano, ao limitar compensações indevidas e reforçar o controle sobre créditos tributários.

Debate no Plenário e Impacto Fiscal

A votação dividiu opiniões.
Deputados da oposição classificaram a medida como uma “carona legislativa” usada pelo governo para reativar trechos da MP rejeitada, o que, segundo críticos, aumentaria indiretamente a carga fiscal e afetaria verbas de áreas sensíveis, como a educação.

Já os defensores argumentaram que o projeto reforça o compromisso com o equilíbrio fiscal e aumenta a previsibilidade das receitas públicas.
A expectativa do governo é que o programa gere até R$ 25 bilhões em arrecadação adicional, com estímulo à formalização patrimonial e atualização de ativos.

O texto segue agora para nova votação no Senado Federal, onde deve ser analisado antes de sua sanção presidencial.

Análise e Contexto

A atualização de bens representa um avanço em termos de justiça tributária e simplificação fiscal, permitindo ao contribuinte corrigir distorções históricas sem penalidades excessivas.
Por outro lado, o mecanismo de regularização deve ser acompanhado de transparência e controle, para evitar que se torne uma nova anistia a patrimônios não declarados.

Especialistas apontam que, se bem regulamentado, o PL 458/21 poderá ampliar a base de arrecadação e reduzir litígios tributários, especialmente em tempos de ajustes fiscais e desafios orçamentários para 2026.

Referências Bibliográficas

CÂMARA DOS DEPUTADOS (Brasil). Projeto de Lei nº 458/2021. Disponível em: https://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2024/lei-14973-16-setembro-2024-796242-norma-pl.html. Acesso em: 29 out. 2025.

AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS. Câmara aprova projeto que permite atualização do valor de bens no Imposto de Renda. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/1209479-MP-SOBRE-TRIBUTACAO-DE-INVESTIMENTOS-E-RETIRADA-DE-PAUTA-E-PERDE-A-VALIDADE. Acesso em: 29 out. 2025.

Mercado Imobiliário Brasileiro em 2025: Inovação, Sustentabilidade e Novas Oportunidades

O setor imobiliário brasileiro vive em 2025 um momento de transformação intensa, marcado pela integração de novas tecnologias, pelo destaque à sustentabilidade, por mudanças regulatórias e pelas novas dinâmicas de consumo. Essas movimentações têm moldado oportunidades e desafios tanto para investidores e compradores quanto para incorporadoras e construtoras.[1][2][3][4][5]

Tendências e Novidades

Nos últimos anos, o mercado passou por uma forte aceleração da digitalização. O uso de inteligência artificial em processos de compra e venda, a automação de contratos e a integração de sistemas e portais de fornecedores tornaram-se práticas comuns, reduzindo custos e aumentando a eficiência do setor.
Ferramentas de Business Intelligence (BI) e analytics tornaram-se essenciais para decisões estratégicas, enquanto a experiência do consumidor se sofisticou com tours virtuais, atendimento automatizado e negociações totalmente online.[2][5]

Outro destaque é a sustentabilidade. Empreendimentos verdes deixaram de ser um diferencial e passaram a ser uma exigência do consumidor moderno, impulsionando a procura por imóveis energeticamente eficientes, com certificações ambientais e soluções que minimizam o impacto ecológico.
O interesse por smart homes, automação residencial e sistemas de segurança inteligentes cresceu rapidamente, tornando-se peça central nos novos projetos residenciais e comerciais.[3][6][5][1]

A reforma tributária de 2024 também trouxe mudanças significativas, exigindo ajustes fiscais por parte de incorporadoras, locadores e investidores. Em paralelo, a combinação de juros mais baixos e oferta limitada de imóveis novos resultou em valorização imobiliária acima da inflação, especialmente nas grandes metrópoles — um cenário favorável para investidores que buscam segurança e rentabilidade de longo prazo.[6][4][1]

Outro fator relevante é o impacto do trabalho remoto e dos modelos híbridos. Esses novos padrões de vida e trabalho impulsionaram a valorização de imóveis multifuncionais, projetados para atender tanto à moradia quanto ao home office.
Bairros de uso misto — que integram moradia, lazer e trabalho — estão em alta, refletindo o desejo por uma vida mais prática e equilibrada. As construtoras que investem em inovação, tecnologia e sustentabilidade vêm se destacando na preferência dos consumidores mais exigentes e conscientes.[5][3][6]

Conclusão

Essas tendências apontam para um mercado imobiliário cada vez mais tecnológico, sustentável e competitivo. A inovação digital e a consciência ambiental não são mais diferenciais, mas condições essenciais para prosperar em um setor em plena reconfiguração.
O futuro do mercado imobiliário brasileiro dependerá da capacidade das empresas e profissionais em adaptar-se rapidamente a esse novo ecossistema, que une eficiência, responsabilidade e experiência do cliente em um mesmo horizonte de crescimento.[4][1][2][3][5]

Referências

  1. LAGE; PORTILHO JARDIM. Tendências e temas “quentes” do mercado imobiliário para 2025. Disponível em: https://lageportilhojardim.com.br/blog/tendencias-mercado-imobiliario-2025/. Acesso em: 27 out. 2025.
  2. NR ADVOCACIA. 7 Tendências em Alta no Mercado Imobiliário em 2025. Disponível em: https://nradvocacia.com.br/tendencias-em-alta-mercado-imobiliario-em-2025/. Acesso em: 27 out. 2025.
  3. WIT. Tendências do Mercado Imobiliário para 2025. Disponível em: https://www.wit.com.br/tendencias-do-mercado-imobiliario-para-2025/. Acesso em: 27 out. 2025.
  4. GAIA GROUP. Mercado Imobiliário 2025: As 5 Tendências que Estão Redefinindo o Setor. Disponível em: https://gaiagroup.com.br/mercado-imobiliario-brasileiro-2025-tendencias-consorcio/. Acesso em: 27 out. 2025.
  5. ITEMIZE. Tendências do mercado imobiliário em 2025. Disponível em: https://www.itemize.com.br/blog/conteudo-1/tendencias-do-mercado-imobiliario-em-2025-46. Acesso em: 27 out. 2025.
  6. LAVVI. 5 Tendências para o Mercado Imobiliário em 2025. Disponível em: https://www.lavvi.com.br/blog/5-tendencias-para-o-mercado-imobiliario-em-2025. Acesso em: 27 out. 2025.

A Medicina Andina: Saberes Ancestrais e Harmonia com a Natureza

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A medicina andina fundamenta-se no vínculo ancestral entre saúde, natureza e saberes tradicionais, constituindo um sistema holístico que integra práticas fitoterápicas, ritos espirituais, intervenções cirúrgicas rudimentares e estratégias alimentares adaptadas às condições extremas das regiões montanhosas dos Andes. Mais do que um conjunto de técnicas, ela representa uma filosofia de vida baseada no equilíbrio entre corpo, espírito e ambiente.

Plantas Medicinais Andinas

A fitoterapia ocupa papel central na medicina andina, sendo as plantas nativas utilizadas tanto como alternativa quanto como complemento aos tratamentos convencionais. Entre as espécies mais emblemáticas destacam-se:

  • Coca (Erythroxylum coca), utilizada como estimulante, analgésico e aliada no combate aos efeitos da altitude;
  • Maca (Lepidium meyenii), reconhecida por aumentar a vitalidade e o equilíbrio hormonal;
  • Camu camu (Myrciaria dubia), fonte de vitamina C;
  • Kiwicha (amaranto) e quinoa, de alto valor proteico;
  • Boldo e calêndula, aplicados no tratamento de distúrbios digestivos e inflamatórios.

Pesquisas fitoquímicas revelam que alcaloides, flavonoides, óleos essenciais e saponinas estão presentes nessas plantas, justificando sua eficácia no tratamento de enfermidades respiratórias, gastrointestinais e inflamatórias. A combinação entre tradição empírica e conhecimento científico contemporâneo mostra o valor da medicina natural andina.

Técnica de Trepanação: A Cirurgia Ancestral

Entre as práticas médicas mais impressionantes das civilizações andinas está a trepanação, cirurgia que consistia na perfuração do crânio para aliviar pressões intracranianas e dores severas.
Vestígios arqueológicos revelam que muitos pacientes sobreviveram ao procedimento, o que demonstra domínio anatômico e uso de anestésicos vegetais como a coca. Essa técnica comprova o avanço do conhecimento médico na antiguidade americana, séculos antes da medicina moderna.

Dieta Tradicional Andina

A dieta andina é adaptada às altitudes e ao clima rigoroso da região. Alimentos como chuño (batata desidratada), quinoa, milho-roxo, oca, batata-doce e folhas silvestres (como atacco, lliccha e culis) garantem equilíbrio nutricional e resistência física.
O consumo cotidiano da folha de coca, em infusões ou mascada, auxilia o metabolismo energético e a oxigenação do sangue, sendo essencial para quem vive acima de 3.000 metros de altitude.

Práticas de Conservação dos Alimentos

As civilizações andinas desenvolveram métodos engenhosos de preservação alimentar, como:

  • Liofilização natural (chuño), que usa o frio noturno e o sol diurno para desidratar tubérculos;
  • Fermentação e desidratação de grãos;
  • Armazenamento em vasilhas de barro e pedra, que controlam temperatura e umidade.

Essas práticas garantiram segurança alimentar e sustentabilidade, permitindo o aproveitamento dos recursos locais de forma eficiente. Hoje, são vistas como modelos de conservação ecológica e cultural.

Conclusão

A medicina andina revela a sabedoria de um povo que aprendeu a viver em harmonia com os Andes. Seu legado combina botânica, nutrição e espiritualidade em um sistema integrado de saúde. Resgatar esses saberes é reconhecer que o conhecimento tradicional continua oferecendo respostas atuais para os desafios da vida moderna e da sustentabilidade planetária.

Referências Bibliográficas

ARGENTA, S. C. et al. Plantas medicinais: cultura popular versus ciência. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba – UFPB, 2019.

BORGES, J. T. Características físico-químicas, nutricionais e formas de apresentação da quinoa. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2018.

EMBRAPA. Agricultura de montanha. Brasília: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 2020. Disponível em: https://www.embrapa.br. Acesso em: 27 out. 2025.

EMBRAPA. Alimentos, conhecimentos e histórias do Brasil. Brasília: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 2021. Disponível em: https://www.embrapa.br. Acesso em: 27 out. 2025.

LEITE, M. J. H. et al. Levantamento das plantas medicinais utilizadas pela população de São José dos Cordeiros – PB. Patos: Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, 2019.

MENDEZ, A. V. B. A dieta diária das civilizações Incas. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, 2017.

PEDROSO, R. S. et al. Plantas medicinais: uma abordagem sobre o uso seguro e eficácia. Physis – Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 1-15, 2021.

SALKANTAYTRILHA.COM. Superalimentos peruanos: energia natural para trekking e hiking. Cusco, 2022. Disponível em: https://www.salkantaytrilha.com. Acesso em: 27 out. 2025.

UGAS, R. 40 verduras andinas. Lima: Universidad Nacional Agraria La Molina – UNALM, 2016.

VEIGA JUNIOR, V. F. Plantas medicinais: cura segura? Química Nova, São Paulo, v. 28, n. 3, p. 519-528, 2005.

O Significado Profundo de Roraima: A Mãe dos Ventos

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O nome Roraima, que batiza o estado mais setentrional do Brasil, é de origem indígena, especificamente da língua pemon, falada por povos que habitam a região da tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. A etimologia do nome está diretamente ligada à imponente formação rochosa que domina a paisagem local: o Monte Roraima.

A palavra “Roraima” é composta por dois termos do dialeto pemon: roroi (verde-azulado) e ma (grande ou mãe). Assim, uma das traduções mais aceitas e poéticas para Roraima é “Monte Verde-Azulado” ou “Grande Monte Verde-Azulado”, uma clara alusão à aparência majestosa da montanha, que frequentemente se encontra coberta por nuvens e apresenta tonalidades que variam entre o verde da vegetação e o azul do céu e da distância.

Outra interpretação, igualmente difundida, atribui ao nome o significado de “Mãe dos Ventos”. Essa versão simbólica deriva da observação de que os ventos úmidos que sopram do Oceano Atlântico, ao encontrarem a colossal barreira do Monte Roraima, são forçados a subir, condensando-se e formando as nuvens e chuvas que alimentam as nascentes de importantes rios da região, como o Amazonas, o Orinoco e o Essequibo. A montanha, portanto, atuaria como uma “mãe” que gera e distribui os ventos e as águas, desempenhando papel essencial no equilíbrio ecológico da região.

Independentemente da tradução exata, o nome Roraima carrega a força da natureza, a grandiosidade da paisagem e a profunda conexão com as culturas indígenas que há séculos habitam e reverenciam essa terra.

Referências

BARBOSA, A. Lemos. Dicionário Tupi (antigo): a língua do Brasil dos primeiros séculos. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1951.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Geografia do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2023.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos Indígenas no Brasil: 2011-2021. São Paulo: ISA, 2021.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Tonga: A Última Monarquia Viva da Polinésia

Imagine um pequeno arquipélago no coração do Pacífico Sul, com praias de areia branca, vulcões adormecidos e um povo que ainda reverencia seu rei. Este é Tonga, o último reino soberano da Polinésia — um lugar onde a realeza, a fé e a tradição convivem com o mundo moderno em harmonia surpreendente.

Um Reino com Alma Democrática

Diferente de outras monarquias antigas, Tonga encontrou uma forma própria de equilibrar tradição e democracia. Desde 1875, o país possui uma Constituição escrita — uma das mais antigas do Pacífico.
Hoje, o rei Tupou VI é o chefe de Estado, mas governa respeitando o Parlamento e a vontade do povo. Ele ainda pode vetar leis e comanda as forças armadas, mas a liderança política do dia a dia cabe ao Primeiro-Ministro, eleito entre os representantes do Parlamento. Essa abertura começou em 2010, com uma reforma democrática que deu mais poder à população.

Um Parlamento de Nobres e Cidadãos

O Parlamento de Tonga, chamado Fale Alea, é um verdadeiro retrato da convivência entre o passado e o presente. São 26 assentos: 17 pertencem a representantes eleitos pelo povo e 9 a nobres hereditários.
Esse arranjo curioso faz de Tonga um dos poucos países onde a nobreza ainda participa formalmente da política, sem que isso signifique afastar o povo das decisões. É uma democracia com sabor de realeza.

Fé e Identidade Nacional

A religião ocupa um papel central na vida tonganesa. O cristianismo é a base da identidade nacional — e a Igreja Metodista Livre de Tonga é a igreja oficial do Estado. A própria família real é profundamente ligada à fé, e o domingo, por exemplo, é um dia sagrado: tudo fecha, do comércio aos transportes, para que o país descanse e celebre a espiritualidade.
Essa devoção está presente em todos os aspectos da vida, das leis às canções populares, unindo a comunidade em valores de respeito, humildade e amor ao próximo.

Cultura, Hospitalidade e Natureza Viva

Os tonganeses têm um termo para o respeito: faka’apa’apa — e ele está no centro da vida em sociedade.
Nas festas, a dança lakalaka encanta pela harmonia dos movimentos e pela força das vozes, enquanto a confecção do tapa (tecido feito com casca de árvore) revela uma arte ancestral passada de geração em geração.
A capital, Nuku’alofa, pulsa entre o tradicional e o moderno, com mercados de rua, igrejas, e o palácio real à beira-mar. Apesar dos desafios naturais — Tonga está sobre o Anel de Fogo do Pacífico, sujeito a vulcões e ciclones —, o país mantém sua serenidade e orgulho cultural.

Economia e o Mundo Fora da Ilha

A base da economia está na agricultura (com produtos como abóbora, baunilha e inhame), na pesca, e nas remessas de tonganeses que vivem em países como Nova Zelândia, Austrália e Estados Unidos.
O turismo também ganha força, impulsionado pela curiosidade de quem busca conhecer um reino que parece ter parado no tempo — e ao mesmo tempo segue avançando, com educação crescente e políticas sustentáveis.

Conclusão: Onde o Tempo Dança Devagar

Tonga é um lembrete de que tradição e modernidade não precisam se anular. Lá, o rei e o povo dividem o mesmo espaço nas ruas, nas igrejas e nas danças. É um país pequeno em território, mas gigante em identidade cultural, preservando sua herança real em pleno século XXI.


Referências Bibliográficas

KINGDOM OF TONGA. The Constitution of Tonga. Nuku’alofa: Government of Tonga, 2024.

LAL, Brij V.; FORTUNE, Kate (org.). The Pacific Islands: An Encyclopedia. Honolulu: University of Hawai’i Press, 2000.

NEW ZEALAND MINISTRY OF FOREIGN AFFAIRS AND TRADE. Tonga country brief. Wellington: MFAT, 2023.

SPYRIDON, Nina. Tongan Political Reform: History and Change in the South Pacific Monarchy. Canberra: ANU Press, 2017.

UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME (UNDP). Tonga Human Development Report 2023. Suva: UNDP Pacific Office, 2023.

Novidades e Tendências do Mercado de Veículos em 2025

Um Ano de Transformações na Indústria Automotiva Brasileira

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O mercado automotivo brasileiro em 2025 atravessa um dos períodos mais dinâmicos de sua história recente. A combinação entre avanços tecnológicos, novas exigências ambientais e mudanças no perfil do consumidor está moldando um setor cada vez mais conectado, elétrico e sustentável. As montadoras, pressionadas por metas de descarbonização e pela busca por eficiência energética, apostam em inovação para conquistar um público mais consciente e digitalizado.

Veículos Elétricos: Da Promessa à Consolidação

Os veículos elétricos (VEs) finalmente consolidam sua presença no Brasil. Com autonomia cada vez maior, baterias mais eficientes e uma rede de recarga em expansão, a eletrificação deixa de ser uma tendência para se tornar realidade. Governos estaduais e municipais investem em incentivos fiscais e infraestrutura, enquanto marcas tradicionais e startups disputam espaço em um mercado que cresce a dois dígitos ao ano.

Além do impacto ambiental positivo, o carro elétrico se torna símbolo de mobilidade sustentável, combinando desempenho, silêncio e redução drástica de emissões.

Carros Conectados e Inteligentes: A Era dos “Smartcars”

A conectividade redefine a experiência de dirigir. Os carros conectados de 2025 integram assistentes virtuais, inteligência artificial e sistemas de segurança preditivos que comunicam o veículo com o ambiente ao redor. Essa nova geração de automóveis é capaz de receber atualizações remotas, diagnosticar falhas em tempo real e até sugerir rotas mais seguras e econômicas.

O conceito de “smartcar” coloca o motorista no centro de uma experiência digital completa — onde o automóvel não é apenas meio de transporte, mas uma extensão do ecossistema tecnológico pessoal.

Automação e Segurança: O Avanço dos Sistemas Semiautônomos

Outra tendência marcante é a automação veicular. Modelos lançados em 2025 trazem recursos de direção assistida, estacionamento automático e sensores de prevenção de colisões com precisão impressionante. Esses sistemas não apenas aumentam o conforto, mas também reduzem acidentes e otimizam o trânsito nas grandes cidades.

Embora a condução 100% autônoma ainda enfrente barreiras legais e éticas, o avanço da automação semiautônoma já antecipa uma nova era na relação entre homem e máquina.

Sustentabilidade e Produção Verde

Sustentabilidade tornou-se uma exigência, não apenas uma opção. As montadoras estão adotando matérias-primas recicláveis, processos de fabricação com menor impacto ambiental e cadeias de suprimentos mais limpas. O foco em eficiência energética abrange desde a concepção dos motores até o reaproveitamento de componentes, reforçando o compromisso do setor com um futuro de baixa emissão de carbono.

Desafios e Perspectivas Econômicas

Mesmo diante do otimismo tecnológico, o setor enfrenta desafios. A escassez de microcomponentes, os altos custos de produção e as taxas de juros elevadas ainda limitam o poder de compra dos consumidores e impactam a expansão de novos projetos. Ainda assim, cerca de 90 lançamentos estão previstos para 2025, sinalizando a confiança das montadoras na retomada e diversificação do mercado.

O ano promete consolidar o Brasil como um dos polos emergentes de inovação automotiva na América Latina, com ênfase em sustentabilidade, conectividade e automação.

Conclusão

O cenário automotivo de 2025 é um retrato da transição global em curso: eletrificação crescente, integração digital e compromisso ambiental. A soma desses fatores redefine o conceito de mobilidade, aproximando o país de um modelo mais inteligente, acessível e ecológico.

A indústria automobilística brasileira, embora ainda enfrente desafios estruturais, caminha com firmeza para se alinhar às práticas internacionais de inovação e sustentabilidade — preparando o terreno para a década da mobilidade elétrica.

Palavras-chave: veículo elétrico; carro conectado; automação veicular; sustentabilidade automotiva; novos lançamentos; inovação automotiva; mobilidade sustentável; eficiência energética.

Referências Bibliográficas (ABNT)

INFOMOTOR. Mercado Automotivo em 2025: perspectivas para esse ano. Infomotor, 29 jan. 2025. Disponível em: https://infocar.com.br/blog/perspectivas-do-mercado-automatico-em-2025/. Acesso em: 26 out. 2025.

TG POLI. Tendências do mercado automotivo 2025: conheça as principais inovações. TG Poli, 31 dez. 2024. Disponível em: https://www.tgpoli.com.br/noticias/tendencias-do-mercado-automotivo-2025-conheca-as-principais-inovacoes/. Acesso em: 26 out. 2025.

IDROOVECAR. Notícias automotivas: as últimas tendências do setor em 2025. Idroovecar, 20 ago. 2025. Disponível em: https://idroovecar.com.br/noticias-automotivas-as-ultimas-tendencias-do-setor-em-2025-8/. Acesso em: 26 out. 2025.

IDROOVECAR. Mercado automotivo: tendências e oportunidades em 2025. Idroovecar, 22 out. 2025. Disponível em: https://idroovecar.com.br/mercado-automotivo-tendencias-e-oportunidades-em-2025-24/. Acesso em: 26 out. 2025.

USE BARATÃO. Setor automotivo: 90 lançamentos previstos ainda em 2025. Use Baratão, 9 set. 2025. Disponível em: https://usebaratao.com.br/setor-automotivo-90-lancamentos-previstos-ainda-em-2025/. Acesso em: 26 out. 2025.

A Criação do Mundo na Mitologia Asteca: A Lenda dos Cinco Sóis

A mitologia asteca, ou mexica, apresenta uma das visões cosmogônicas mais complexas da Mesoamérica. Diferentemente da noção linear de criação, os mexicas concebiam o universo como um ciclo contínuo de nascimento, destruição e renovação — uma eterna luta entre forças complementares. Essa narrativa mítica, registrada em códices e tradições orais, ficou conhecida como Lenda dos Cinco Sóis, um relato em que os deuses criam e reconstroem mundos sucessivos para sustentar o equilíbrio do cosmos.

O Princípio: Ometeotl e a Gênese Divina

No início de tudo, existia apenas o vazio e o deus primordial dual Ometeotl, ser andrógino composto por Ometecuhtli (aspecto masculino) e Omecihuatl (aspecto feminino). Morando no mais alto dos treze céus, Omeyocan, Ometeotl gerou quatro filhos — os Tezcatlipocas, cada um ligado a uma cor e direção cardinal:

  • Xipe Totec (Tezcatlipoca Vermelho) – Leste.
  • Huitzilopochtli (Tezcatlipoca Azul) – Sul.
  • Quetzalcóatl (Tezcatlipoca Branco) – Oeste.
  • Tezcatlipoca (Tezcatlipoca Negro) – Norte, o mais poderoso.

A rivalidade entre Quetzalcóatl e Tezcatlipoca desencadeou as eras cósmicas conhecidas como “Sóis”, cada uma governada por um deus e encerrada em catástrofes que refletiam a luta pela supremacia divina.

As Cinco Eras Cósmicas

Primeiro Sol – Nahui-Ocelotl (Sol de Jaguar):
Governado por Tezcatlipoca. Habitavam-no gigantes, devorados quando Quetzalcóatl derrubou o Sol e provocou a fúria do deus-jaguar.

Segundo Sol – Nahui-Ehécatl (Sol do Vento):
Regido por Quetzalcóatl. Ventos colossais destruíram a humanidade, e os sobreviventes transformaram-se em macacos.

Terceiro Sol – Nahui-Quiahuitl (Sol da Chuva de Fogo):
Sob o comando de Tlaloc. Chamas divinas devastaram a terra e converteram os homens em pássaros.

Quarto Sol – Nahui-Atl (Sol da Água):
Governado por Chalchiuhtlicue. Uma inundação universal extinguiu a humanidade, metamorfoseando-a em peixes.

Quinto Sol – Nahui-Ollin (Sol do Movimento):
Os deuses reuniram-se em Teotihuacan para recriar o mundo. O altivo Tecuciztecatl hesitou diante da fogueira sacrificial, enquanto o humilde Nanahuatzin lançou-se sem temor, tornando-se o Sol. Por vergonha, o primeiro seguiu-o, transformando-se na Lua.
Para que o novo Sol se movesse, os demais deuses sacrificaram-se, oferecendo seu sangue vital. Quetzalcóatl, ao descer ao submundo Mictlan, resgatou ossos antigos e, com seu próprio sangue, gerou a humanidade atual.

O Valor do Sacrifício e a Ordem Cósmica

A cosmogonia dos Cinco Sóis reflete a crença de que a sobrevivência do universo depende do sacrifício divino e humano, um princípio que sustentava os rituais astecas. O mundo é, assim, um delicado equilíbrio de reciprocidade: os deuses doaram seu sangue para mover o Sol, e os homens devem, em troca, alimentar o cosmos com oferendas.

Além do aspecto religioso, essa narrativa traduz uma visão filosófica de interdependência e polaridade, em que criação e destruição são forças complementares — ecos do dualismo inscrito na essência de Ometeotl. O universo, para os mexicas, existe apenas enquanto há movimento (Ollin), o ritmo sagrado que mantém a vida.

Leituras Complementares

Para ampliar sua compreensão sobre a cultura e espiritualidade mesoamericana, leia também:

Referências Bibliográficas

LEÓN-PORTILLA, Miguel. A filosofia nahuatl: estudo da sua fonte. Tradução de L. G. de Carvalho. Lisboa: Edições 70, 1981.

SOUSTELLE, Jacques. A civilização asteca. Tradução de Maria Júlia Goldwasser. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1987.

TAUBE, Karl. Mitos astecas e maias. Tradução de Cássio de Arantes Leite. São Paulo: Net-Trade, 1997.

João Fernandes de Oliveira, Conde de Cavaleiros: O Poder da Nobreza no Brasil Joanino

A chegada da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, transformou o país em um centro de poder do Império Português. O Rio de Janeiro, antes uma cidade colonial, tornou-se o coração político, administrativo e cultural de um império em transição. Nesse novo cenário, a nobreza portuguesa desempenhou papel essencial na estruturação do Estado e na manutenção da autoridade real. Entre seus representantes, destacou-se João Fernandes de Oliveira, o Conde de Cavaleiros, símbolo da adaptação e influência da elite aristocrática no Brasil joanino.

A Nobreza e a Consolidação do Poder Monárquico

A transferência da corte não foi apenas uma fuga estratégica de Napoleão, mas um projeto de reorganização imperial. A presença de figuras como o Conde de Cavaleiros garantiu a estabilidade política e a continuidade das tradições do Antigo Regime em solo americano.

Oriundo de uma família tradicional, João Fernandes de Oliveira possuía vínculos sólidos com a administração régia. Sua nomeação para o Conselho de Estado de Dom João VI reafirmou sua posição de prestígio e confiança junto ao monarca. Esse conselho era o órgão máximo de consulta do rei, encarregado de deliberar sobre temas cruciais — desde a política interna até as relações exteriores.

O Conselho de Estado e a Influência de João Fernandes

Integrar o Conselho de Estado não era apenas uma honra; era um sinal inequívoco de poder. O Conde de Cavaleiros destacou-se por sua atuação estratégica e leal à Coroa. Participou de decisões fundamentais que moldaram o governo joanino e influenciaram o processo de consolidação do Estado no Brasil.

Sua proximidade com Dom João VI permitiu-lhe intervir em questões administrativas e diplomáticas, tornando-se uma voz ativa nos bastidores do poder. A presença de homens como ele no governo garantiu que os valores monárquicos fossem preservados, mesmo em um território distante da metrópole.

A Adaptação da Nobreza ao Novo Mundo

No Brasil, a nobreza precisou reinventar-se. O Conde de Cavaleiros e outros aristocratas compreenderam rapidamente que o poder político dependia também de vínculos econômicos e sociais locais. Investiram em propriedades rurais, engajaram-se no comércio e estabeleceram redes de clientelismo.

Essas alianças criaram uma ponte entre os interesses da Coroa e as elites coloniais. Assim, a aristocracia portuguesa não apenas sobreviveu ao deslocamento, mas consolidou seu papel como base da nova ordem social. A integração ao contexto tropical representou uma combinação de tradição e pragmatismo político.

Do Antigo Regime à Construção do Brasil Imperial

A trajetória de João Fernandes de Oliveira reflete a transição de um mundo em decadência para outro em formação. Sua atuação no Rio de Janeiro ajudou a estruturar o aparelho administrativo que sustentou a monarquia joanina e pavimentou o caminho da futura independência.

A elite luso-brasileira, liderada por figuras como o Conde, manteve sua influência mesmo após 1822. Ela foi decisiva na formação da elite dirigente do Brasil imperial, que herdou tanto o poder econômico quanto os valores hierárquicos do Antigo Regime.

Legado e Significado Histórico

Mais do que um nobre adaptado, João Fernandes de Oliveira foi um mediador entre dois mundos: o europeu e o americano. Sua biografia sintetiza o esforço da nobreza em se manter relevante em tempos de mudança. Ele representa o elo entre o passado monárquico português e o nascimento da modernidade política brasileira.

Ao compreender sua trajetória, entendemos como a nobreza soube transformar a adversidade da fuga da corte em oportunidade de consolidação de poder. O Conde de Cavaleiros permanece como símbolo de uma aristocracia que soube se reinventar sem perder o controle do destino político do império.

Referências Bibliográficas

GOMES, Laurentino. 1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta, 2007.

MALERBA, Jurandir. A corte no exílio: civilização e poder no Brasil às vésperas da independência (1808–1821). São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O sol do Brasil: Nicolas-Antoine Taunay e as desventuras dos artistas franceses na corte de D. João. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Bancos Endurecem Combate a Contas Laranja, Frias e Apostas Irregulares

A nova autorregulação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) entrou em vigor neste mês e determina medidas mais rigorosas para identificação, bloqueio e encerramento de contas bancárias usadas em fraudes, golpes e operações ilícitas. A iniciativa complementa as diretrizes do Banco Central do Brasil e reforça a integração entre o sistema financeiro e as autoridades públicas no combate ao crime digital.

A medida exige o encerramento imediato de contas de passagem — conhecidas como contas laranja, criadas com consentimento do titular para uso indevido —, bem como de contas frias, abertas sem o conhecimento do proprietário. Também estão incluídas as contas de empresas de apostas online não autorizadas pela Secretaria de Prêmios e Apostas, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda.

Um Marco na Integridade do Sistema Bancário

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destacou que a autorregulação é um marco na depuração de relacionamentos tóxicos e enfatizou que os bancos “não podem, de forma alguma, permitir a abertura e manutenção de contas laranja, de contas frias e de contas de Bets ilegais”.

Entre as novas exigências estão:

  • Recusa imediata de transações suspeitas ou ilícitas;
  • Comunicação ao titular e ao Banco Central sobre bloqueios e encerramentos;
  • Declarações de conformidade assinadas por áreas independentes (como auditoria e compliance);
  • Políticas internas obrigatórias de prevenção a fraudes e lavagem de dinheiro.

O descumprimento das normas pode resultar em advertências, ajustes obrigatórios de conduta ou até exclusão do sistema de autorregulação. A medida conta com a adesão dos principais bancos brasileiros — Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, BTG Pactual, além de cooperativas como Sicredi e Daycoval.

Crescimento das Fraudes Digitais

Segundo Amaury Oliva, diretor de Autorregulação da Febraban, o aumento expressivo dos golpes digitais e tentativas de fraude bancária exige ações coordenadas e permanentes para evitar que o sistema financeiro seja utilizado por organizações criminosas.

Levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) mostra que, apenas no primeiro semestre de 2025, foram registradas quase 7 milhões de tentativas de fraude no Brasil — sendo o setor bancário o principal alvo.

Já dados da Serasa Experian, divulgados pela CNN Brasil, apontam que as tentativas de fraude em bancos bateram recorde no primeiro trimestre de 2025, somando quase 2 milhões de ocorrências.

Educação Financeira e Prevenção

Além das ações punitivas, os bancos, em parceria com a Febraban, devem reforçar campanhas de educação financeira, orientando os consumidores sobre os riscos de emprestar contas bancárias, fornecer dados pessoais ou participar de plataformas de apostas ilegais.

Essas campanhas integram uma política de prevenção mais ampla, que busca proteger o cliente e fortalecer a integridade do sistema financeiro brasileiro, especialmente diante do avanço das tecnologias digitais e do aumento das transações eletrônicas.

Referências

ABES. Quase 7 milhões de tentativas de fraude foram registradas no 1º semestre de 2025: setor bancário é principal alvo. Disponível em: https://abes.org.br/quase-7-milhoes-de-tentativas-de-fraude-foram-registradas-no-1o-semestre-de-2025-setor-bancario-e-principal-alvo/. Acesso em: 27 out. 2025.

CNN BRASIL. Tentativas de fraude em bancos batem recorde no 1º tri, diz Serasa. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/financas/tentativas-de-fraude-em-bancos-somam-quase-2-milhoes-no-1o-tri-recorde-da-serie-diz-serasa/. Acesso em: 27 out. 2025.

FEBRABAN. Autorregulação adota regras mais rígidas para cancelar “contas laranja” e contas de Bets irregulares. Disponível em: https://portal.febraban.org.br/noticia/4367/pt-br/. Acesso em: 27 out. 2025.

Governo Brasileiro Precisa Arrecadar R$ 27,1 Bilhões no Último Trimestre de 2025 para Cumprir Meta Fiscal, Alerta IFI

O governo federal enfrenta o desafio de arrecadar mais R$ 27,1 bilhões até o final de 2025 para alcançar a meta fiscal estabelecida para o ano, conforme aponta a Instituição Fiscal Independente (IFI) em seu relatório de acompanhamento fiscal de outubro. O documento destaca a urgência de medidas de reforço na arrecadação, os efeitos de alterações legislativas e o papel das empresas estatais federais no equilíbrio das contas públicas.

Situação Fiscal e Necessidade de Arrecadação

De acordo com dados do Tesouro Nacional e do SIGA Brasil, o déficit acumulado até setembro ultrapassa os R$ 27 bilhões. Isso impõe ao governo o desafio de ampliar a receita nos meses finais de 2025 para evitar o descumprimento da meta fiscal.

Um dos fatores que agravaram o cenário foi a perda de validade da Medida Provisória (MP) 1303, que não chegou a ser votada no Congresso Nacional, resultando em uma queda de cerca de R$ 10 bilhões nas receitas previstas.

Outro ponto de atenção é o déficit primário das empresas estatais federais não dependentes, que vem se ampliando. Caso a tendência se mantenha, o Tesouro Nacional poderá ser obrigado a realizar aportes financeiros, aumentando a pressão sobre o cumprimento da meta.

Reforma do Imposto de Renda e Impactos Fiscais

O relatório também analisa a reforma do Imposto de Renda, cuja tramitação na Câmara dos Deputados introduziu modificações no projeto original do Executivo. As mudanças reduziram a arrecadação estimada inicialmente, mas, segundo a IFI, o impacto pode ser fiscalmente neutro, uma vez que o texto aprovado prevê desoneração para as faixas de renda mais baixas e compensações tributárias sobre lucros e altos rendimentos.

As medidas compensatórias podem gerar até R$ 35 bilhões em receitas, o que permitiria ao governo anular as perdas e alcançar um impacto fiscal líquido positivo de até R$ 5 bilhões. Contudo, a IFI ressalta que o cálculo dessas compensações é complexo e depende de premissas econômicas e comportamentais que só poderão ser confirmadas ao longo do tempo.

Conclusão

O cenário fiscal brasileiro em 2025 segue desafiador, exigindo do governo equilíbrio entre responsabilidade orçamentária e políticas de estímulo econômico. A manutenção da meta fiscal dependerá não apenas da arrecadação adicional no curto prazo, mas também da eficácia das reformas estruturais em andamento e da capacidade de gestão das estatais e órgãos públicos.

Referências

BRASIL. Tesouro Nacional. Relatórios de acompanhamento fiscal. Brasília, DF, 2025.

INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE (IFI). Relatório de Acompanhamento Fiscal – Outubro de 2025. Senado Federal, Brasília, 2025.

TV SENADO. Governo deve ampliar arrecadação no último trimestre para cumprir meta fiscal, diz IFI. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6y0WlRdBT-A. Acesso em: 27 out. 2025.

TV SENADO. Canal oficial. Disponível em: https://www.youtube.com/@tvsenado. Acesso em: 27 out. 2025.