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A palavra “Roraima” é composta por dois termos do dialeto
pemon: roroi (verde-azulado) e ma (grande ou mãe). Assim, uma das
traduções mais aceitas e poéticas para Roraima é “Monte Verde-Azulado” ou
“Grande Monte Verde-Azulado”, uma clara alusão à aparência majestosa da
montanha, que frequentemente se encontra coberta por nuvens e apresenta tonalidades
que variam entre o verde da vegetação e o azul do céu e da distância.
Outra interpretação, igualmente difundida, atribui ao nome o
significado de “Mãe dos Ventos”. Essa versão simbólica deriva da observação de
que os ventos úmidos que sopram do Oceano Atlântico, ao encontrarem a colossal
barreira do Monte Roraima, são forçados a subir, condensando-se e formando as
nuvens e chuvas que alimentam as nascentes de importantes rios da região, como
o Amazonas, o Orinoco e o Essequibo. A montanha, portanto, atuaria como uma
“mãe” que gera e distribui os ventos e as águas, desempenhando papel essencial
no equilíbrio ecológico da região.
Independentemente da tradução exata, o nome Roraima carrega
a força da natureza, a grandiosidade da paisagem e a profunda conexão com as
culturas indígenas que há séculos habitam e reverenciam essa terra.
Referências
BARBOSA, A. Lemos. Dicionário Tupi (antigo): a língua do
Brasil dos primeiros séculos. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1951.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Geografia
do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2023.
INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA). Povos Indígenas no
Brasil: 2011-2021. São Paulo: ISA, 2021.

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