Radio Evangélica

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Setor de Serviços Renova Recorde em Setembro com Crescimento de 0,6%

Oitava alta consecutiva consolida recuperação acima do nível pré-pandemia

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O setor de serviços brasileiro mantém seu trajeto de expansão com avanço de 0,6% em setembro de 2025, marcando o oitavo resultado positivo consecutivo. Esse desempenho renova o ápice histórico da série de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), consolidando uma recuperação robusta que coloca o setor 19,5% acima dos patamares pré-pandemia, quando a economia enfrentava os primeiros impactos do isolamento social em março de 2020.

Acumulado do Ano Consolida Tendência Positiva

No acumulado de nove meses, o volume de serviços cresceu 2,8% em relação ao mesmo período de 2024, refletindo uma dinâmica consistente de recuperação. Nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 3,1%, mantendo o ritmo que vinha sendo observado até agosto. A receita nominal, por sua vez, apresentou variação ainda mais expressiva, com alta de 8,4% na comparação anual e 7,7% no acumulado do ano.

Esses números indicam que não se trata apenas de uma expansão em volume, mas também de uma substancial melhoria nas receitas do setor, sugerindo tanto aumento da demanda quanto possível repasse de preços pelos prestadores de serviços.

Transportes Lideram a Expansão

Entre as cinco atividades principais de serviços, três delas avançaram em setembro. Os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio protagonizaram o desempenho mais robusto, com crescimento de 1,2% — o segundo resultado positivo seguido. Esse segmento acumula ganho de 1,5% nos últimos dois meses, impulsionado principalmente pelo transporte rodoviário de cargas, que cresceu 7,9% na comparação com setembro de 2024.

A aviação também merece destaque, com expansão de 20,2% na receita anual, refletindo a retomada robusta do turismo doméstico e internacional após a pandemia.

Informação e comunicação foi o segundo setor com melhor desempenho, avançando 1,2%, recuperando-se da queda de 0,5% registrada em agosto. Esse segmento acumula alta de 5,5% no acumulado do ano, impulsionado pela forte demanda por serviços de tecnologia da informação, desenvolvimento de software e hospedagem na internet.

Outros serviços completou o trio de vencedores com aumento de 0,6%, marcando o terceiro avanço consecutivo, com ganho acumulado de 2,5% em dois meses.

Recuos em Setores Específicos

Por outro lado, serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram 0,6% em setembro, enquanto serviços prestados às famílias sofreram queda de 0,5%. Esse último segmento foi impactado pela redução na receita de espetáculos musicais e outras atividades relacionadas.

Dispersão Geográfica do Crescimento

A expansão não se limitou a regiões específicas. Entre as 27 unidades da federação, 15 tiveram crescimento no volume de serviços em setembro, comparado com agosto (com ajuste sazonal). São Paulo liderou em impacto absoluto com 1,1% de aumento, seguido pelo Distrito Federal com impressionantes 8,3%.

Mato Grosso do Sul registrou a maior queda, com recuo de 7,4%, seguido por Paraná (-1,4%), Santa Catarina (-1,2%), Ceará (-1,4%) e Piauí (-6,1%).

Na comparação anual, 23 das 27 unidades apresentaram expansão, com São Paulo novamente à frente com 5,9%, seguido pelo Distrito Federal (15,1%), Rio Grande do Sul (6,4%) e Mato Grosso (8,3%).

Turismo Acelera com Avanço de 4,6% no Ano

O segmento de atividades turísticas também responde positivamente ao cenário econômico, com expansão de 0,1% em setembro frente a agosto (segundo avanço consecutivo). Na comparação com setembro de 2024, o crescimento foi muito mais expressivo: 4,6% — o 16º resultado positivo seguido.

No acumulado de janeiro a setembro, o turismo cresceu 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo aumento na receita de transporte aéreo de passageiros, serviços de hospedagem e alimentação. Rio Grande do Sul destacou-se regionalmente com expansão de 12,3% no acumulado do ano, enquanto São Paulo contribuiu com 5,7%.

Transportes de Carga Consolidam Recuperação

O segmento de transporte de cargas continua sua trajetória de crescimento robusta, avançando 0,7% em setembro (quinto resultado positivo consecutivo) e acumulando ganho de 3,1% em dois meses. Na comparação com setembro de 2024, o segmento expandiu 5,5%, consolidando o quinto avanço anual consecutivo.

Destaque especial merece o fato de que o transporte de cargas está 39,7% acima do nível pré-pandemia (março de 2020), refletindo tanto a retomada da atividade econômica quanto o crescimento do comércio eletrônico.

O transporte de passageiros, por sua vez, registrou avanço mais modesto de 0,4% em setembro, mas apresentou alta de 10,2% quando comparado com setembro de 2024 (13º resultado positivo seguido).

Perspectivas

Os dados de setembro sinalizam que o setor de serviços brasileiro consolidou sua recuperação pós-pandêmica e segue em trajetória de crescimento sustentado. A disseminação dos avanços entre diferentes atividades, regiões e tipos de serviços aponta para uma expansão econômica baseada em múltiplos pilares, não dependente de poucos setores.

A força do segmento de tecnologia e comunicação, combinada com a retomada do turismo e a robustez do transporte de cargas, sugere uma economia de serviços cada vez mais moderna e integrada ao comércio global — cenário favorável para manutenção de um crescimento econômico mais estável nos próximos trimestres.

Mercado Imobiliário em 2025: Crescimento, Inovação e Sustentabilidade impulsionam o setor

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O setor imobiliário brasileiro entra em 2025 com um cenário de otimismo e transformação. Mesmo diante de juros elevados e desafios econômicos, o mercado mostra vitalidade, impulsionado pela digitalização, pela sustentabilidade e pela retomada de programas habitacionais.

Panorama Nacional e Dados de Crescimento

Nos primeiros seis meses de 2025, o mercado imobiliário apresentou aumento de 6,8% em lançamentos e 9,6% em vendas residenciais em comparação a 2024, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Foram 186 mil unidades lançadas e 206 mil vendidas, o que demonstra alta absorção, mesmo com a queda de 4,1% na oferta de imóveis.

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) segue como o principal motor de crescimento, representando cerca de metade das vendas e lançamentos, com avanço superior a 25% nas unidades comercializadas. Em São Paulo, o Valor Geral de Vendas (VGV) cresceu 47% no início do ano, puxado especialmente pelos segmentos de médio, alto padrão e luxo, que registraram valorização expressiva.

Tendências que Redefinem o Setor

As novas dinâmicas do mercado evidenciam uma mudança estrutural. A sustentabilidade tornou-se elemento central, com destaque para construções verdes, eficiência energética, uso racional da água e práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança).

A transformação digital é outro marco: inteligência artificial, big data e blockchain estão revolucionando todas as etapas do processo imobiliário — da busca por imóveis até a assinatura eletrônica de contratos. Plataformas automatizadas tornam a compra, venda e locação mais seguras e personalizadas.

Além disso, os modelos híbridos de moradia e locação, como aluguel com opção de compra, ganham força entre consumidores que buscam flexibilidade. Os imóveis multifuncionais, adaptados para o trabalho remoto e o lazer, continuam em alta, refletindo mudanças no estilo de vida pós-pandemia.

Políticas Públicas e Financiamento

O governo federal anunciou medidas para ampliar a participação do crédito imobiliário no PIB, com potencial de liberar até R$ 111 bilhões em novas linhas de financiamento e juros mais acessíveis para a classe média. A criação da Faixa 4 do MCMV, voltada a famílias com renda de até R$ 12 mil, reforça essa tendência, tornando a casa própria mais acessível.

Destaques Regionais

A região Nordeste liderou o crescimento de vendas com alta de 27,3%, seguida pelo Norte, que avançou 16,5%. Já o mercado de luxo, embora com menor volume, manteve a valorização dos imóveis, impulsionado por investidores e consumidores de alto poder aquisitivo.

Perspectivas para o Futuro

Combinando inovação, sustentabilidade e políticas de crédito mais inclusivas, o mercado imobiliário de 2025 projeta-se como um dos pilares da recuperação econômica brasileira. As tendências apontam para um setor mais tecnológico, verde e conectado às novas formas de viver e investir.

Referências

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Mercado imobiliário cresce em lançamentos e vendas no 1º semestre de 2025. CNN Brasil, 2025. Disponível em: https://cnnbrasil.com.br. Acesso em: 10 nov. 2025.

REGISTRO DE IMÓVEIS. Mercado imobiliário cresce no 1º trimestre de 2025. Registro de Imóveis Brasil, 2025. Disponível em: https://registrodeimoveis.org.br. Acesso em: 10 nov. 2025.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INCORPORADORAS IMOBILIÁRIAS. Mercado imobiliário de São Paulo inicia 2025 em forte expansão. ABRAINC, 2025. Disponível em: https://abrainc.org.br. Acesso em: 10 nov. 2025.

TARJAB. Mercado Imobiliário 2025: confira 4 tendências!. Tarjab, 2025. Disponível em: https://tarjab.com.br. Acesso em: 10 nov. 2025.

CRECI-SC. Conheça sete tendências para o mercado imobiliário em 2025. CRECI-SC, 2025. Disponível em: https://creci-sc.gov.br. Acesso em: 10 nov. 2025.

LAGE PORTILHO JARDIM. Tendências e temas “quentes” do mercado imobiliário para 2025. Lage Portilho Jardim, 2025. Disponível em: https://lageportilhojardim.com.br. Acesso em: 10 nov. 2025.

INFOMONEY. Novo crédito imobiliário 2025: condições, quem pode pedir e novidades. InfoMoney, 2025. Disponível em: https://infomoney.com.br. Acesso em: 10 nov. 2025.

Arte e Música nos Andes: Tradição, Resistência e Vozes Indígenas

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A arte e a música andina, presentes desde os povos pré-hispânicos até os artistas indígenas contemporâneos, revelam mais do que formas estéticas — são expressões vivas de uma cosmovisão espiritual e comunitária. Essas manifestações mantêm conceitos fundamentais como dualidade, complementaridade e conexão com a natureza, que seguem inspirando criadores no presente.

Cerâmica e Metais: Narrativas e Poder

As cerâmicas Moche, Nazca e Inca, expostas em museus e galerias, narravam mitos e cosmologias por meio de formas simbólicas e rituais. O processo artesanal, associado à Pachamama (Terra Mãe), refletia as dimensões sagradas dos três mundos andinos: Ukhu Pacha, Kay Pacha e Hanan Pacha.

Na metalurgia, o ouro e a prata simbolizavam forças complementares — o Sol (Inti) e a Lua (Quilla). Essa relação expressava o princípio do yanantin, que representa a união dos opostos e o equilíbrio do cosmos.[1][2]

Leitura complementar: O Legado Ambíguo do Míssil Balístico V2

Música dos Andes: Entre Simbolismo e Comunidade

Em rituais e festas, instrumentos como a quena e o sikus evocam a espiritualidade ancestral. O modo coletivo de tocar sikus simboliza a reciprocidade social e a harmonia entre indivíduos e natureza.

A pesquisadora Naine Terena observa que “no audiovisual indígena, o impacto na comunidade e no público vai além do entretenimento — a arte mobiliza, fortalece e preserva identidades”.[3]

Segundo a historiadora Cristiana Bertazoni, a persistência das tradições musicais andinas, mesmo após a colonização espanhola, comprova a força espiritual e cultural desses povos.[4]

Vozes Contemporâneas: Jaider Esbell e Denilson Baniwa

O artista Jaider Esbell (etnia Makuxi) via a arte indígena contemporânea como um instrumento de autodefinição e resistência:

“A arte indígena contemporânea é tudo o que sempre se negou e representa uma identidade coletiva e individual.”

Denilson Baniwa propõe a fusão entre ancestralidade e tecnologia, promovendo o que chama de “insurgências culturais e outras histórias da arte” — um contraponto à narrativa eurocêntrica dominante.

Leitura complementar: O Imperador Asteca e o Poder Divino na Guerra

Estética e Identidade: Entre o Passado e o Presente

A simetria, geometria e reciprocidade dos padrões andinos refletem princípios de equilíbrio universal, reinterpretados por artistas indígenas atuais. Como lembra Vivianne Sousa, “o fortalecimento da arte indígena é parte fundamental da nossa história e identidade”.[9]

Referências Bibliográficas

COBO, Bernabé. Historia del Nuevo Mundo. Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 1964.

GOLIA, Maria. Art and Religion in Ancient Mesoamerica and the Andes. London: Thames and Hudson, 2009.

ZUIDEMA, R. Tom. Inca Religion and the Nature of Space-Time in the Andes. Journal of Latin American Lore, v. 7, n. 1, p. 1–20, 1981.

RIBAS, W. K. Resistência, valorização e resgate da tradição cultural andina. Revista Ciências Humanas, v. 8, n. 2, 2008. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/. Acesso em: 9 nov. 2025.

SOUSA, Vivianne. Identidade e visibilidade: quantos artistas indígenas você conhece? Instituto Aurora, 18 abr. 2022. Disponível em: https://institutoaurora.org/. Acesso em: 9 nov. 2025.

USINA. Além da visualidade: entrevista com Jaider Esbell. Revista USINA, 15 mar. 2018. Disponível em: https://revistausina.com/. Acesso em: 9 nov. 2025.

PERIÓDICOS UFPE. Arte indígena contemporânea: entrevista a Denilson Baniwa. UFPE Periódicos, 1 nov. 2021. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/. Acesso em: 9 nov. 2025.

MAGNELLI, André. Ciclo de Humanidades. Entrevista com Jaider Esbell – Arte indígena contemporânea: modos de fazer, potências do ser. Ateliê de Humanidades, 4 nov. 2021. Disponível em: https://ateliedehumanidades.com/. Acesso em: 9 nov. 2025.

TERENA, Naine. Depoimento: Naine Terena. Revista Continente, 31 mar. 2017. Disponível em: https://revistacontinente.com.br/. Acesso em: 9 nov. 2025.

BERTAZONI MARTINS, Cristiana. Entrevista – Os Incas e a zona Andina, episódio 57. YouTube, 12 jun. 2023. Disponível em: https://youtube.com/. Acesso em: 9 nov. 2025.

O Significado e a Etimologia do Nome Amapá

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Este artigo analisa a origem e o significado do topônimo “Amapá”, abordando suas raízes etimológicas na língua Tupi-Guarani e sua relação com a geografia, a flora e a história do estado homônimo, localizado na região amazônica. A pesquisa demonstra como o nome expressa aspectos linguísticos, culturais e ambientais característicos da paisagem e da ocupação humana na Amazônia.

A compreensão da origem e do significado dos topônimos é uma ferramenta essencial para desvendar camadas da história, cultura e geografia de uma região. Os nomes de lugares não são designações arbitrárias; eles carregam narrativas complexas, refletindo as interações entre grupos humanos, o ambiente natural e os processos históricos que moldaram o território.

Saiba mais: A História do Pará: das aldeias indígenas aos grandes projetos de desenvolvimento

Origem Etimológica do Nome Amapá

A etimologia do nome Amapá é predominantemente atribuída à língua Tupi-Guarani, uma das famílias linguísticas indígenas de maior influência no Brasil. As fontes históricas e linguísticas atribuem o termo à árvore conhecida como amapazeiro, cientificamente identificada como Hancornia amapá (Rodrigues, 1986; Navas, 2012).

O termo tupi original seria amapá-y ou amapã, traduzido como “terra que goteja” ou “lugar das águas”, em referência à seiva leitosa (látex) e à abundância de chuvas na região.

Significado na Língua Indígena (Tupi-Guarani)

A palavra amapá, na língua Tupi-Guarani, designa uma árvore nativa da Amazônia, utilizada por comunidades indígenas por seu látex e frutos comestíveis. Essa prática de nomear lugares com base em elementos da flora e fauna revela a profunda conexão dos povos originários com o ambiente (Porro, 1992).

Saiba mais: O Urbanismo Maia e sua Engenharia Avançada — outro exemplo de relação entre língua, natureza e cultura.

História do Estado do Amapá e a Origem do Nome

O território do atual estado do Amapá foi alvo de disputas entre portugueses, holandeses, franceses e ingleses desde o século XVII, em razão de sua localização estratégica na foz do rio Amazonas. O nome aparece em mapas portugueses e franceses a partir do século XVIII, refletindo a assimilação do termo indígena pelos colonizadores (Mello, 1989).

Influência da Formação Geográfica e Natural na Nomenclatura

A paisagem natural do Amapá está intrinsecamente ligada ao seu nome. O amapazeiro tem abundância em solos férteis e úmidos típicos do clima equatorial da região, o que o tornou um símbolo da flora amazônica (Garcia, 2005).

Saiba mais: O Novo Cenário Imobiliário em 2025: tecnologia e sustentabilidade — como o clima e o ambiente influenciam as ocupações humanas.

Significado Cultural e Histórico

O nome Amapá representa a persistência da herança indígena na formação da identidade brasileira. Ele simboliza o vínculo entre natureza e cultura, e sua permanência demonstra a influência dos povos originários na construção da cartografia e da memória nacional (Santos, 2001).

Leitura complementar: José Bonifácio de Andrada e Silva: o arquiteto do Império

Conclusão

A análise etimológica do nome Amapá revela uma ligação profunda entre a língua Tupi-Guarani e a paisagem amazônica. O topônimo evoca tanto o ambiente físico da “terra das chuvas” quanto uma herança histórica que sobrevive na identidade do estado. Sua persistência na toponímia brasileira reflete o entrelaçamento de linguagem, cultura e natureza na formação do território amazônico.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Características geográficas e territoriais do Amapá. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

GARCIA, J. B. A flora do Amapá e seus múltiplos usos: uma perspectiva etnobotânica. Macapá: Editora da UNIFAP, 2005.

GUERRA, A. J. T. Dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

MELLO, A. História do Amapá: das origens à contemporaneidade. Belém: Paka-Tatu, 1989.

NAVAS, S. C. Toponímia indígena no Brasil: aspectos etimológicos e culturais. São Paulo: Annablume, 2012.

PORRO, A. As línguas indígenas do Brasil: um panorama histórico. São Paulo: EDUSP, 1992.
RODRIGUES, A. D. Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola, 1986.

SANTOS, E. C. A colonização portuguesa na Amazônia e a formação dos topônimos. Belém: EDUFPA, 2001.

terça-feira, 11 de novembro de 2025

INPC de Outubro Cai para 0,03% e Mostra Desaceleração da Inflação para Famílias de Menor Renda

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que mede a variação do custo de vida das famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimosrecuou para 0,03% em outubro de 2025, após ter subido 0,52% em setembro. De acordo com o IBGE, esse é o menor resultado mensal desde o início do ano e reflete a queda no custo da energia elétrica residencial, influenciada pela mudança na bandeira tarifária.

No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 4,49%, abaixo dos 5,1% registrados até setembro, mostrando uma tendência de desaceleração da inflação entre os consumidores de menor renda.

Energia e Habitação Foram os Principais Vetores de Queda

A principal influência negativa sobre o INPC de outubro veio do grupo Habitação, que caiu 0,32%, puxado pela redução de 2,39% na energia elétrica residencial. A migração da bandeira vermelha patamar 2 para o patamar 1 reduziu o adicional pago pelos consumidores para R$ 4,46 a cada 100 kWh, o que contribuiu com –0,06 ponto percentual no índice geral.

Enquanto os produtos alimentícios tiveram variação nula (0%), os não alimentícios subiram de forma moderada (+0,04%), mantendo o ritmo de desaceleração observado nos últimos meses.

INPC e IPCA: Medindo Inflações Diferentes

O INPC e o IPCA são indicadores complementares. Ambos medem a inflação, mas se destinam a públicos distintos e possuem pesos diferentes para os grupos de consumo.

Índice  

Público alvo

Acumulado 12 meses (out/25)

Peso alimentos

Peso passagem aérea

INPC

1 a 5 salários mínimos

4,49%

~25%

Menor peso

IPCA

1 a 40 salários mínimos

4,68%

~21%

Maior peso

Enquanto o IPCA abrange famílias de até 40 salários mínimos, o INPC reflete com mais precisão o impacto da inflação sobre a população de menor renda, que gasta proporcionalmente mais com alimentação e energia elétrica.

Por isso, variações em produtos básicos — como arroz, feijão, leite e gás de cozinha — têm maior influência sobre o INPC, enquanto bens e serviços como passagens aéreas e pacotes de turismo pesam mais no IPCA.

Impactos Econômicos e Sociais

O INPC é referência direta para reajustes salariais e benefícios sociais, incluindo o salário mínimo, aposentadorias e pensões pagas pelo INSS.
A queda observada em outubro pode, portanto, limitar o reajuste real do salário mínimo e dos benefícios previdenciários em 2026, já que o cálculo oficial considera a inflação acumulada no período anterior.

Segundo o economista Antônio Correia, ouvido pela Agência Brasil, “a desaceleração da inflação é positiva do ponto de vista do poder de compra, mas ao mesmo tempo reduz o espaço para aumentos reais nos rendimentos vinculados ao INPC”.

Projeções e Expectativas para o Fim de 2025

O mercado financeiro projeta que o INPC encerre o ano entre 4,4% e 4,89%, de acordo com estimativas divulgadas pela CNN Brasil e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Esses números permanecem em linha com o IPCA, mas ligeiramente acima do teto da meta oficial de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Analistas apontam que o desempenho recente da energia elétrica e dos alimentos deve continuar aliviando os preços no curto prazo. Contudo, a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano ainda impõe restrições ao consumo e ao crédito, limitando o ritmo de recuperação da economia.

Perspectiva: Inflação Menor, Mas Cautela nas Expectativas

Embora o resultado de outubro mostre forte desaceleração da inflação, especialistas recomendam cautela. O comportamento dos preços administrados e dos alimentos in natura, ainda sujeitos a variações sazonais, pode influenciar os índices dos próximos meses.

De modo geral, o cenário é considerado favorável, com inflação convergindo para dentro da meta, o que reforça a eficácia da política monetária e indica estabilidade de preços para o restante de 2025.

Referências

AGÊNCIA BRASIL. INPC recua para 0,03% em outubro e acumula 4,49% em 12 meses. Brasília: EBC, 2025. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-11/inpc-recua-para-003-em-outubro-e-acumula-449-em-12-meses. Acesso em: 11 nov. 2025.

DEBIT. INPC acumulado em 2025. São Paulo, 2025. Disponível em: https://www.debit.com.br/tabelas/inpc-indice-nacional-de-precos-ao-consumidor.

IPEA. Projeção de inflação: IPCA de 4,4% e INPC de 4,2% para 2025. Brasília, 2025. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/busca-geral?q=INPC.

Inflação Oficial de Outubro Fica em 0,09%: Menor Índice para o Mês Desde 1998 Indica Desaceleração dos Preços

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado o indicador oficial da inflação no Brasil — registrou alta de apenas 0,09% em outubro de 2025, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor variação para o mês desde 1998, impulsionada principalmente pela queda nas tarifas de energia elétrica.

No acumulado dos últimos 12 meses, o índice chega a 4,68%, abaixo dos 4,82% registrados no período anterior, mas ainda acima do teto da meta de inflação do governo, que é de 4,5% para 2025, dentro de uma meta central de 3%.

Energia Elétrica Puxa Queda da Inflação

O principal destaque do mês foi a redução de 2,39% na energia elétrica residencial, resultado da mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o patamar 1. Essa alteração reduziu a cobrança extra nas contas de luz para R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, impactando o IPCA negativamente em –0,10 ponto percentual.

Além disso, os grupos habitação (–0,30%), artigos de residência (–0,34%) e comunicação (–0,16%) também contribuíram para conter o avanço do índice.

Alimentação e Bebidas Ficam Estáveis Após Quedas Consecutivas

Após quatro meses de recuo, o grupo alimentação e bebidas apresentou estabilidade (0,01%), registrando a menor variação para outubro desde 2017.
Os preços do arroz (–2,49%) e do leite longa vida (–1,88%) caíram, enquanto itens como batata-inglesa (+8,56%) e óleo de soja (+4,64%) tiveram alta.

Entre os 377 produtos e serviços pesquisados, as maiores altas foram observadas em aluguel residencial (+0,93%) e passagem aérea (+4,48%), ambos com impacto de 0,03 ponto percentual no índice.

Inflação de Serviços Ainda Pressiona

Embora o IPCA geral tenha desacelerado, a inflação de serviços — indicador que reflete custos de mão de obra e demanda interna — subiu 0,41% em outubro e acumula alta de 6,20% em 12 meses.
Já os preços monitorados (como energia e combustíveis) caíram 0,16% no mês, mas ainda acumulam alta de 4,20% em 12 meses.

Resumo por Grupos de Produtos e Serviços

Grupo

Variação (%) outubro

Impacto (p.p.) outubro

Alimentação e bebidas

0,01

0,00

Habitação

-0,30

-0,05

Artigos de residência

-0,34

-0,01

Vestuário

0,51

0,02

Transportes

0,11

0,02

Saúde e cuidados pessoais

0,41

0,06

Despesas pessoais

0,45

0,05

Educação

0,06

0,00

Comunicação

-0,16

0,00

Fonte: IBGE (2025).

Projeções e Política Monetária: Selic Segue em Nível Histórico

De acordo com o Boletim Focus do Banco Central, o mercado financeiro projeta inflação de 4,55% em 2025, ligeiramente acima do teto da meta. Para 2026, a expectativa é de 4,2%, e para 2027, de 3,8%.

Para conter a pressão inflacionária, o Comitê de Política Monetária (Copom) mantém a taxa Selic em 15% ao ano — o maior patamar desde 2006.
A política de juros elevados busca desacelerar o consumo e reduzir o crédito, funcionando como freio para a inflação, mas também afeta investimentos e o crescimento econômico.

Perspectivas: Sinais de Alívio, Mas Meta Ainda Distante

Especialistas avaliam que o IPCA de outubro reflete uma tendência de desaceleração da inflação, especialmente diante da redução dos custos de energia e da estabilidade dos alimentos.
No entanto, o índice ainda está acima do limite da meta do governo, o que mantém o cenário de cautela no mercado financeiro.

O comportamento dos preços administrados e o efeito defasado da alta dos juros devem ser determinantes para o desempenho da inflação nos próximos meses. Caso a desaceleração persista, o índice pode encerrar 2025 dentro do intervalo de tolerância, apontando para um cenário de estabilidade gradual.

O IPCA é calculado pelo IBGE e mede a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos por famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, abrangendo 11 regiões metropolitanas do país.

Referências

AGÊNCIA BRASIL. Inflação oficial de outubro fica em 0,09%, menor para o mês desde 1998. Brasília: EBC, 2025. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-11/inflacao-oficial-de-outubro-fica-em-009-menor-para-o-mes-desde-1998. Acesso em: 11 nov. 2025.

IBGE. Inflação. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/inflacao.php. Acesso em: 11 nov. 2025.

EXAME. IPCA de outubro desacelera e fecha em 0,09%. São Paulo, 2025. Disponível em: https://exame.com/economia/ipca-de-outubro-desacelera-e-fecha-em-009-apos-alta-em-setembro/.

G1. IPCA recua para 0,09% em outubro, menor taxa para o mês. Rio de Janeiro, 2025. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/11/11/ipca-precos-sobem-009percent-em-outubro-diz-ibge.ghtml.

CORREIO BRAZILIENSE. Mercado mantém expectativa de inflação acima do teto da meta em 2025. Brasília, 2025. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2025/11/7289122-mercado-mantem-expectativa-de-inflacao-para-acima-do-teto-da-meta-em-2025.html.

Indústria Brasileira Recua em Setembro, com Queda em 6 dos 15 Locais Pesquisados

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção industrial nacional teve uma variação negativa de 0,4% em setembro de 2025, na comparação com o mês anterior.

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A produção industrial no Brasil registrou uma queda de 0,4% em setembro de 2025, conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgados pelo IBGE. O resultado negativo foi acompanhado por 6 dos 15 locais analisados, com as retrações mais significativas observadas no Paraná (-6,9%), Bahia (-4,7%) e Rio de Janeiro (-4,3%).

Apesar do cenário de queda em parte do país, outros estados apresentaram um crescimento robusto. Os destaques positivos foram o Amazonas, com uma expansão de 9,0%, o Rio Grande do Sul, com 4,8%, e o Espírito Santo, que cresceu 4,6%.

Análise dos Indicadores

Na análise da média móvel trimestral, o trimestre encerrado em setembro de 2025 teve uma leve variação positiva de 0,1% em relação ao mês anterior, indicando uma tendência de estabilização. Os maiores avanços nesse indicador foram registrados no Rio Grande do Sul (3,5%) e no Espírito Santo (2,6%).

Já na comparação com setembro de 2024, o setor industrial demonstrou um crescimento de 2,0%. Nessa base de comparação, 14 dos 18 locais pesquisados tiveram resultados positivos. As altas mais expressivas foram no Espírito Santo (19,2%), Rio Grande do Norte (19,0%) e Rio Grande do Sul (10,6%).

Desempenho Acumulado

No acumulado de janeiro a setembro de 2025, a indústria nacional expandiu 1,0%. Dez dos 18 locais pesquisados mostraram crescimento, com destaque para Espírito Santo (7,5%), Pará (4,9%) e Rio de Janeiro (4,1%). Em contrapartida, o Rio Grande do Norte (-13,1%) e o Mato Grosso (-7,1%) registraram os piores desempenhos no período.

Custo da Construção Civil Desacelera em Outubro, Aponta IBGE

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O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11), registrou uma variação de 0,27% em outubro. O resultado representa uma desaceleração no ritmo de alta dos custos do setor, ficando 0,23 ponto percentual abaixo da taxa de 0,50% observada em setembro.

Com o resultado, o custo nacional da construção por metro quadrado alcançou R$ 1.877,29, uma leve alta em relação aos R$ 1.872,24 de setembro. Deste total, R$ 1.071,42 são referentes aos materiais e R$ 805,87 à mão de obra. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice atingiu 5,30%, mostrando uma ligeira queda em comparação com os 5,58% registrados no período de 12 meses imediatamente anterior.

Análise dos Componentes do Custo

A desaceleração do índice geral foi influenciada pelo comportamento de seus dois principais componentes: materiais e mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou uma variação de 0,31%, um arrefecimento em relação tanto ao mês anterior (0,38%) quanto a outubro de 2024 (0,79%).

Por outro lado, o custo da mão de obra teve uma variação significativamente menor, de 0,22%, puxada pela menor quantidade de acordos coletivos firmados no período. A taxa representa uma queda expressiva de 0,43 ponto percentual em relação a setembro (0,65%), mas uma leve alta quando comparada a outubro do ano passado (0,16%).

No acumulado de janeiro a outubro, os materiais subiram 3,52%, enquanto a mão de obra acumulou alta de 6,65%.

Destaques Regionais

A Região Norte se destacou com a maior variação mensal do país, atingindo 0,95%. A alta foi impulsionada principalmente por um acordo coletivo firmado nas categorias profissionais do Pará, que fez o estado registrar a maior taxa individual do Brasil: 1,84%.

As demais regiões apresentaram os seguintes resultados:

  • Nordeste: 0,27%
  • Sudeste: 0,15%
  • Sul: 0,20%
  • Centro-Oeste: 0,21%

O Sinapi, calculado pelo IBGE em parceria com a Caixa Econômica Federal, é um indicador fundamental para o setor da construção, servindo como referência para orçamentos, contratos e análises de custos em todo o país.

O Futuro na Estrada: Lançamentos de Veículos 2025 e as Tendências que Moldam a Mobilidade

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O ano de 2025 projeta-se como um marco na indústria automotiva nacional e mundial. A transição energética e o avanço tecnológico aceleram a chegada de inovações que vão redefinir o deslocamento urbano. O mercado brasileiro prepara-se para receber uma safra de veículos elétricos e híbridos com mais autonomia, alta tecnologia embarcada e demandas de sustentabilidade — alinhados ao perfil de um consumidor mais consciente e ao endurecimento das normas ambientais.

Montadoras como BYD, Volkswagen, Kia, Renault e Chevrolet intensificam investimentos em pesquisa para atender essas novas exigências, tornando o mercado cada vez mais competitivo e diversificado.
Saiba mais: O Novo Cenário Imobiliário em 2025: Tecnologia, Sustentabilidade e Consumo Consciente

Principais Lançamentos Elétricos de 2025

  • BYD Sealion 05 EV – SUV compacto lançado em março, com autonomia de até 520 km e design moderno, reforçando o papel da China no mercado nacional.
  • Volkswagen ID.4 – SUV médio 100% elétrico, com autonomia superior a 400 km e alta conectividade, ampliando o portfólio da VW em eletrificação.
  • Ford Mustang Mach-E – SUV esportivo elétrico que acelera de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos, unindo desempenho e sustentabilidade.
  • Kia EV9 – SUV de sete lugares com autonomia de até 500 km, voltado para famílias que buscam conforto e inovação.
  • Renault Kwid E-Tech – O elétrico mais acessível do mercado, redesenhado e com novos recursos de conectividade.
  • Zeekr 7X – SUV premium da Geely, chegando ao Brasil com 423 km de autonomia para disputar o segmento de luxo.

Ascensão dos Híbridos

Os veículos híbridos continuam sendo fundamentais para a transição sustentável. O mercado brasileiro de eletrificados cresceu cerca de 21% na primeira metade de 2025, refletindo a busca por eficiência e economia.
Entre os destaques: Toyota Yaris Cross, Chevrolet Tracker Híbrido, Caoa Chery Tiggo 7 e 8 PHEV, Fiat Pulse T200 Hybrid, Mitsubishi Outlander PHEV e Jeep Compass Hybrid, todos representando uma nova fase na mobilidade verde nacional.

Tendências Tecnológicas

A inovação automotiva de 2025 se baseia em quatro pilares principais:

  • Carregamento ultrarrápido – Modelos como o BYD Sealion 07 recarregam de 10% a 80% em apenas 25 minutos.
  • Conectividade e IoT – Veículos integrados ao ecossistema digital, com atualizações OTA e telemetria em tempo real.
  • Sistemas ADAS – Recursos como frenagem de emergência e controle adaptativo de cruzeiro tornam-se padrão nos lançamentos.
  • Cibersegurança veicular – A conectividade traz novos desafios de proteção digital e exigências de criptografia automotiva.

Sustentabilidade em Foco

A redução das emissões e o uso de energias renováveis estão no centro das estratégias automotivas. Montadoras adotam reciclagem de baterias, materiais sustentáveis e motores elétricos mais eficientes, mostrando que a inovação pode caminhar lado a lado com a preservação ambiental.

Conclusão

O ano de 2025 promete redefinir o mercado automotivo brasileiro, consolidando a eletrificação e a conectividade como pilares do futuro. Além de uma oferta mais diversificada, a mobilidade passa a ser mais sustentável, digital e inteligente — refletindo o avanço da tecnologia automotiva e a mudança de comportamento dos consumidores.

Referências Bibliográficas 

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CNN BRASIL. Confira os 10 carros que ainda serão lançados no Brasil em 2025. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/auto/confira-os-10-carros-que-ainda-serao-lancados-no-brasil-em-2025/. Acesso em: 9 nov. 2025.

ICARROS. Carros híbridos mais vendidos no Brasil em 2025. Disponível em: https://www.icarros.com.br/noticias/carros-hibridos-mais-vendidos-brasil-2025. Acesso em: 9 nov. 2025.

AGAZETA. Veja quais são os 10 carros elétricos mais baratos do Brasil em 2025. Disponível em: https://www.agazeta.com.br/economia/carros-eletricos-mais-baratos-do-brasil-em-2025-1025. Acesso em: 9 nov. 2025.

BLOG SUPERBID. Conheça os 10 carros elétricos que chegam ao Brasil em 2024. Disponível em: https://blog.superbid.net/conheca-os-10-carros-eletricos-que-chegam-ao-brasil-em-2024/. Acesso em: 9 nov. 2025.

Tributos e Domínio sobre Povos Conquistados: O Caso do Império Asteca

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O Império Asteca, florescendo no final do período Pós-Clássico da Mesoamérica (c. 1325–1521 d.C.), representou uma das mais complexas e poderosas formações políticas da história pré-colombiana. Centrado na cidade de Tenochtitlan, o império foi, na verdade, uma confederação hegemônica conhecida como Tripla Aliança, formada por Tenochtitlan, Texcoco e Tlacopan.

Embora essa aliança operasse com certa autonomia em suas respectivas esferas de influência, Tenochtitlan emergiu como a força dominante, estabelecendo um vasto império que controlava um mosaico de povos e cidades-estado através de um sofisticado, mas opressor, sistema de tributação.

Estrutura Administrativa do Sistema Tributário

O sistema tributário asteca era sustentado por uma estrutura administrativa elaborada. O império estava dividido em cerca de 38 províncias tributárias (altepeme), cada uma com uma capital como ponto de coleta dos tributos.

A figura central nesta administração era o calpixqui, oficial imperial residente nas capitais provinciais. Suas funções abrangiam garantir a coleta, qualidade e transporte dos tributos até Tenochtitlan, além de servir como braço do poder militar e diplomático asteca.

Muitas vezes, os governantes locais (tlatoani) eram mantidos em seus cargos, desde que cooperassem quanto ao fluxo de tributos. A rede de comunicação e as estradas eram vitais para esse sistema. Os tlamemes (portadores) faziam o transporte das cargas, frequentemente como forma de tributo em trabalho.

Categorias e Tipos de Tributos Cobrados

O Códice Mendoza revela a diversidade dos tributos exigidos, variando conforme os recursos e especialidades de cada região. Os principais grupos incluem:

  • Bens agrícolas: milho, feijão, chia, abóbora, amaranto, cacau, pimentas, frutas exóticas e mel.
  • Manufaturados e artesanato: mantas de algodão, penachos de aves tropicais, ferramentas, têxteis, armas como o macuahuitl, objetos de luxo (jade, ouro, obsidiana).
  • Trabalho compulsório (coatequitl): construção de obras públicas, serviço militar, mão de obra doméstica.
  • Tributo humano: oferta de cativos de guerra para sacrifício, fundamental nos rituais religiosos e como instrumento de subordinação política.

A periodicidade dos tributos variava, normalmente de entrega semestral ou anual. O não cumprimento resultava em punições severas, como expedições militares e aumento da tributação.


Mecanismos de Controle e Arrecadação

A presença de calpixque era pilar do controle asteca, garantindo a fiscalização local e reporte direto ao huey tlatoani (imperador). O processo de arrecadação seguia um calendário rígido, alinhado aos ciclos agrícolas e festividades religiosas.

O transporte dos tributos demandava logística complexa, envolvendo rotas e postos de descanso para os tlamemes. Alianças e acordos também eram empregados, tornando alguns povos aliados tributários em termos mais favoráveis.

Sistemas de Contabilização e Registro

O rigor administrativo asteca se distinguia pelo uso de registros pictográficos. Os tlacuilos registravam quotas, bens e localidades usando um sistema elaborado de glifos, como visto no Códice Mendoza. Esses registros serviam para auditoria, planejamento econômico e registro histórico do império, demonstrando sofisticação no controle e na manutenção do poder centralizado.

Impactos Sociais e Políticos

O sistema tributário asteca trouxe prosperidade a Tenochtitlan, sustentando obras públicas e uma elite poderosa, além de consolidar a centralização política. Para os povos conquistados, contudo, gerou opressão econômica, perda de soberania, exploração do trabalho e reorganização social — fatores que facilitaram a queda do império diante da aliança entre espanhóis e povos como os tlaxcaltecas.

Resistência e Revoltas

A opressão tributária fomentou resistências de diversas formas, desde a recusa e atraso no pagamento até revoltas armadas. As punições astecas alimentaram um ciclo de tensões, criando um corpo de inimigos internos que, quando surgiu a oportunidade histórica, colaboraram com a conquista espanhola.

CONCLUSÃO

O sistema tributário foi o motor do Império Asteca, garantindo riqueza e poder, mas também semeando os germes de sua derrocada. Sua sofisticação administrativa e coerção militar mantiveram o domínio sobre inúmeros povos, ao custo de profundas inimizades. O estudo dessas dinâmicas revela como o equilíbrio entre dominação e resistência moldou as civilizações da Mesoamérica.

Referências Bibliográficas

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