Radio Evangélica

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Empresas e bancos têm até sexta para enviar comprovantes para o IR

Informes de rendimentos são necessários para preencher a declaração

As empresas e as instituições financeiras têm até o fim desta semana para mandarem aos contribuintes os dados para o Imposto de Renda Pessoa Física 2025 (IRPF)Acaba na sexta-feira (28) o prazo de envio dos informes de rendimentos relativos ao ano passado. Os informes são usados para o preenchimento da declaração do IRPF, cuja entrega está prevista para começar em 17 de março.

Em relação aos comprovantes de rendimentos, os dados não precisam ser enviados pelos Correios. As empresas e as instituições financeiras podem mandar os dados por e-mail, divulgar links para serem baixados na internet ou fazer a divulgação em aplicativos para dispositivos móveis. No caso dos servidores públicos federais, o informe de rendimentos pode ser obtido no site ou no aplicativo SouGov.br.

Os documentos de rendimento servem para a Receita Federal cruzar informações e verificar se o contribuinte preencheu os dados errados ou sonegou imposto. Os comprovantes fornecidos pelos empregadores devem conter os valores recebidos pelos contribuintes no ano anterior, assim como detalhar os valores descontados para a Previdência Social e o Imposto de Renda recolhido na fonte. Contribuições para a Previdência Complementar da empresa e aportes para o plano de saúde coletivo devem ser informados, caso existam.

Comprovantes na internet

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem pegar os comprovantes na internet. O documento está disponível na página Meu INSS ou no aplicativo de mesmo nome disponível para os sistemas Android e iOS. O segurado deve digitar a mesma senha para consultar os demais extratos. Caso não tenha senha, basta seguir os passos informados pelo site.

Planos de saúde individuais e fundos de pensão também são obrigados a fornecer os comprovantes, cujos dados serão usados para o contribuinte deduzir os valores cobrados no Imposto de Renda. Os bancos e corretoras devem informar os valores de todas as contas correntes e de todos os investimentos. Caso o contribuinte tenha conta em mais de uma instituição, deve obter os comprovantes de todas elas.

Novo prazo

Desde 2023, o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda mudou. O documento poderá ser enviado de 15 de março a 31 de maio, ou nos dias úteis mais próximos a essas datas. De acordo com a Receita, a mudança foi necessária para que todos os contribuintes tenham acesso à declaração pré-preenchida do Imposto de Renda no primeiro dia de entrega.

Segundo a Receita Federal, como a maioria das informações oferecidas na declaração pré-preenchida só chega à Receita Federal no fim de fevereiro, o Fisco precisa de um prazo para consolidar os dados. Por causa disso, o formulário pré-preenchido, que proporciona mais comodidade e diminui a chance de erros pelo contribuinte, só é fornecido na metade de março.

Atraso e erros

Caso o contribuinte não receba os informes no prazo, deve procurar o setor de recursos humanos da empresa ou o gerente da instituição financeira. Se o atraso persistir, a Receita Federal pode ser acionada. Em caso de erros ou divergência de dados, é necessário pedir um novo documento corrigido.

Se não receber os dados corretos antes do fim de maio, dia final de entrega da declaração, o contribuinte não precisa perder o prazo e ser multado. É possível enviar uma versão preliminar da declaração e depois fazer uma declaração retificadora.

Fonte: Agência Brasil

Governo publica MP com crédito extraordinário de R$ 4 bi a Plano Safra

Recursos ficarão dentro dos limites do arcabouço fiscal

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O governo publicou na última segunda-feira (24) à noite a medida provisória (MP) que libera R$ 4,18 bilhões em crédito extraordinário para o Plano Safra deste ano. O dinheiro assegurará a continuidade do programa, suspensas por causa da não aprovação do Orçamento de 2025.

O texto foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

Desde quinta-feira (20), a concessão de financiamentos para o Plano Safra estava suspensa pelo Tesouro Nacional.

O projeto de lei do Orçamento de 2025 deveria ter sido aprovado em dezembro, mas só será analisado em março, após o carnaval e a montagem da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Embora a MP não entre em detalhes sobre o tema, o crédito extraordinário ficará dentro dos limites do arcabouço fiscal, que limita o crescimento real (acima da inflação) dos gastos a 70% do crescimento real das receitas no ano anterior.

Na última sexta-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia anunciado que os créditos seriam submetidos às limitações do marco fiscal.

Pela Constituição, créditos extraordinários, normalmente destinados a despesas imprevistas, urgentes ou emergenciais, não são submetidos ao teto de gastos do arcabouço fiscal.

“Apesar de ser um crédito extraordinário, o governo está anunciando que ele estará dentro dos limites do arcabouço fiscal. Portanto, é como se tivesse sido aprovado dentro do Orçamento com os limites do arcabouço fiscal. Lamentavelmente o Congresso ainda não apreciou o Orçamento”, disse Haddad na última sexta.

Solução

A solução da MP foi costurada após Haddad consultar o Tribunal de Contas da União (TCU) para encontrar uma solução legal que permitisse a continuidade do Plano Safra.

Com R$ 400 bilhões em crédito para médios e grandes produtores, o Plano Safra tem juros mais baixos que os de mercado.

Para evitar prejuízo para as instituições financeiras, o Tesouro Nacional cobre a diferença nos juros, num processo chamado de equalização.

Por causa do aumento da Taxa Selic (juros básicos da economia) nos últimos meses, o Tesouro tem de gastar mais recursos para equalizar os juros. A Selic passou de 10,5% ao ano em setembro para 13,25% em janeiro.

Fonte: Agência Brasil

Dom João VI: Estratégia, Reino Unido e a Independência do Brasil

Pintura de Dom João VI feita por José Leandro de Carvalho
Este artigo analisa o papel de Dom João VI na história luso-brasileira, destacando sua estratégia diplomática ao fugir de Napoleão Bonaparte e transformar o Brasil em parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Além disso, discute sua orientação a Dom Pedro I para conduzir a independência do Brasil e a célebre frase em que preferia perder o Brasil para seu filho do que para estrangeiros. O estudo baseia-se em fontes históricas e acadêmicas que demonstram a relevância de Dom João VI na formação do Brasil como nação.

Introdução

Dom João VI, rei de Portugal e do Brasil, desempenhou um papel crucial na história da lusofonia. Fugindo das tropas napoleônicas em 1807, ele foi o único monarca europeu a escapar de Napoleão e a governar seu império a partir de uma colônia. Sua vinda ao Brasil resultou na elevação do status da colônia, formando o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 1815. Posteriormente, ao retornar a Portugal, Dom João VI orientou seu filho, Dom Pedro I, sobre a inevitabilidade da independência do Brasil, deixando claro que preferia perder o território para seu herdeiro do que para forças externas.

A Fuga de Napoleão e a Formação do Reino Unido

Em 1807, com a invasão de Portugal pelas tropas francesas, Dom João VI tomou a histórica decisão de transferir a corte para o Brasil. Essa manobra não apenas preservou a monarquia portuguesa, mas também fortaleceu o Brasil economicamente e politicamente. Com a instalação da corte no Rio de Janeiro, o Brasil se tornou o centro do império português e, em 1815, foi elevado à condição de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, deixando de ser uma simples colônia.

Dom João VI e a Independência do Brasil

Apesar de suas tentativas de manter a unidade do império, Dom João VI percebeu a inevitabilidade da separação do Brasil. Antes de partir para Portugal em 1821, aconselhou Dom Pedro I a resistir às pressões das Cortes portuguesas e a liderar a independência caso fosse necessário. De acordo com relatos históricos, ele teria dito: "Se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me respeitarás, do que para algum desses aventureiros". Essa visão estratégica garantiu uma transição menos violenta e preservou os laços entre Brasil e Portugal.

Legado e Consequências

O reinado de Dom João VI teve impactos duradouros. Sua decisão de fugir para o Brasil fortaleceu a identidade nacional e preparou o país para sua independência. A criação de instituições, como o Banco do Brasil e a Imprensa Régia, e a abertura dos portos às nações amigas foram medidas fundamentais para o desenvolvimento econômico e político do Brasil. Seu papel na transição para a independência e na manutenção da monarquia sob Dom Pedro I consolidou sua posição como um dos monarcas mais estratégicos da história.

Conclusão

Dom João VI foi um rei astuto, que soube preservar sua dinastia diante da ameaça napoleônica e garantir uma transição estável para a independência do Brasil. Sua decisão de transformar o Brasil em parte do Reino Unido e seu conselho a Dom Pedro I demonstram sua habilidade política e pragmatismo. Sua figura permanece essencial para compreender o processo de emancipação brasileira e a continuidade das relações entre Brasil e Portugal.

Referências

  • CARVALHO, José Murilo de. Dom João VI: O Príncipe que Enganou Napoleão. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
  • SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador: Dom Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
  • FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2013.
  • HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2000.
  • CALDEIRA, Jorge. Independência: A história não contada. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Dólar sobe para R$ 5,75 com receio sobre inflação

Bolsa cai pela segunda vez seguida e volta aos 125 mil pontos.

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O receio sobre uma alta da inflação em meio à expectativa de medidas que aqueçam ainda mais a economia pesou no mercado financeiro. O dólar ultrapassou a barreira de R$ 5,75, e a bolsa recuou pela segunda vez consecutiva.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 5,755, com alta de R$ 0,025 (+0,43%). A cotação chegou a cair para R$ 5,71 por volta das 10h e operou próxima da estabilidade, em torno de R$ 5,73, na maior parte do dia. No entanto, subiu no fim da tarde até fechar na máxima do dia.

A cotação está no maior nível desde o último dia 13. Apesar da alta desta segunda, a divisa acumula queda de 6,87% em 2025.

O mercado de ações também teve um dia de instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.401 pontos, com queda de 1,36%. O indicador ficou estável durante a manhã, mas passou a cair à tarde.

Tanto fatores internos como externos pesaram no mercado financeiro. No cenário doméstico, a antecipação pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, de que a economia gerou mais de 100 mil empregos formais em janeiro foi recebida com apreensão.

Apesar do bom desempenho do mercado de trabalho, o mercado financeiro se preocupa com um possível aumento de juros acima do previsto para segurar a inflação, o que derruba a bolsa de valores. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro só serão divulgados na quarta-feira (26).

No cenário internacional, as bolsas norte-americanas caíram nesta segunda, também influenciando as bolsas brasileiras. O dólar também subiu perante as principais moedas, à espera da divulgação de dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos, prevista para esta semana.

*Com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil

Governo prevê 15 leilões de transporte em 2025, diz Ministro

Licitações vão representar R$ 161 bilhões para a melhoria das estradas

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O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda-feira (24) que o governo federal projeta realizar 15 leilões na área de transporte somente neste ano

“Ou seja, em um ano só, faremos três vezes mais o que foi feito no governo anterior, o que é muito importante para fortalecer os investimentos”, disse ele, ao participar por videoconferência do evento P3C – PPPs e Concessões: Investimentos em Infraestrutura no Brasil, realizado na sede da B3 (Bolsa de Valores), na capital paulista. 

De acordo com o Ministério dos Transportes, esses leilões vão representar investimentos da ordem de R$ 161 bilhões para a melhoria das estradas brasileiras. “Se Deus quiser, e com muito trabalho, esse ano nós vamos ter o maior ano para a infraestrutura no Brasil”.

Durante o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou o ministro, já foram realizados nove leilões rodoviários, enquanto no governo anterior foram seis leilões rodoviários. 

“Enquanto eles investiram, em quatro anos, cerca de R$ 30 bilhões com recursos públicos, nós investimos os mesmos R$ 32 bilhões em dois anos de governo do presidente Lula. E vamos ultrapassar R$ 65 bi e talvez chegar próximo a R$ 70 bilhões em quatro anos, dobrando os investimentos públicos para melhorar a infraestrutura”, ressaltou.

Para o ministro, é preciso não só ampliar os investimentos públicos, mas também atrair cada vez mais os investimentos privados para melhorar a infraestrutura no país. “No governo do presidente Lula nós tomamos a decisão de fortalecer os investimentos por dois lados e fortalecer os investimentos públicos com sustentabilidade fiscal. Mas para atingir um melhor patamar, além de ampliar o investimento público com sustentabilidade fiscal, a gente precisava atrair mais investimentos privados. Essa soma é que garante o melhor resultado para a infraestrutura nacional”, destacou.

BR-364

Na próxima quinta-feira (27) será realizado o primeiro leilão de uma rodovia federal na região norte do Brasil. O certame acontece na B3, a bolsa de valores de São Paulo, e contará com a presença do ministro. Neste leilão serão concedidos 686,70 quilômetros da BR-364/RO, entre Porto Velho, capital de Rondônia, e Vilhena, município localizado na fronteira com o estado do Mato Grosso. O leilão terá como critério a oferta do maior desconto sobre a Tarifa Básica de Pedágio.

“Na próxima quinta realizaremos o 10º [leilão do atual governo], que é o da BR 364 no Estado de Rondônia, uma BR fundamental que permite escoar a produção de Rondônia para o Rio Madeira e que, depois, desce novamente em direção aos portos que acessam o Oceano Atlântico, além de também escoar parte da produção do Mato Grosso, que é um estado super produtivo do agro brasileiro”, falou.

 

Fonte: Agência Brasil

A Mente Esquerdista: As causas psicológicas da loucura política

Conectando mecanismos da mente às condições econômicas, sociais e políticas, segundo Dr. Lyle H. Rossiter

“A Mente Esquerdista: As Causas Psicológicas da Loucura Política” é uma obra do psiquiatra Dr. Lyle H. Rossiter, baseada em suas mais de quatro décadas de experiência clínica. O livro tenta conectar os mecanismos da mente humana a certas condições econômicas, sociais e políticas, oferecendo uma análise profunda das motivações psicológicas que levam algumas pessoas a adotar visões políticas de esquerda.

Contextualização Política e Psicológica

Rossiter começa situando o leitor no cenário político contemporâneo e apresenta sua tese central: as visões políticas têm raízes profundas na psicologia individual. Ele argumenta que a esquerda política é frequentemente motivada por necessidades emocionais e psicológicas específicas. Rossiter sugere que a mentalidade esquerdista tende a terceirizar responsabilidades para o Estado, colocando-se na posição de incompetente. Essa atitude é vista como uma tentativa de evitar a responsabilidade pessoal e a autossuficiência, buscando conforto na dependência do Estado.

As Causas Psicológicas da Esquerda

O autor explora diversas características psicológicas associadas à mentalidade esquerdista:

Dependência Emocional: Rossiter sugere que os indivíduos de esquerda tendem a favorecer políticas que promovem a dependência do Estado, evitando a responsabilidade pessoal.

Baixa Tolerância à Frustração: Pessoas com baixa tolerância à frustração podem ser mais propensas a adotar visões políticas radicais, buscando soluções rápidas e abrangentes para problemas complexos.

Necessidade de Igualdade: A busca por igualdade social é uma motivação central para muitos esquerdistas, que veem o Estado como o principal agente para promover a justiça social e a equidade.

Críticas à Esquerda

Rossiter não poupa críticas à esquerda, argumentando que suas políticas frequentemente minam a liberdade individual e a responsabilidade pessoal. Ele acredita que essa mentalidade pode ser prejudicial para a sociedade como um todo, pois pode levar a políticas que enfraquecem a iniciativa pessoal e a autossuficiência. Além disso, Rossiter discute como a esquerda pode ser intolerante em relação a opiniões divergentes, promovendo um ambiente onde o debate aberto e a diversidade de pensamento são suprimidos.

Conclusão

No encerramento do livro, Rossiter reforça a importância de compreender a relação entre a psicologia humana e os processos sociais. Ele espera que sua obra contribua para um debate mais informado e construtivo sobre política, oferecendo uma análise perspicaz que transcende as fronteiras do debate político superficial. Rossiter acredita que a liberdade e a ordem podem florescer sob certas condições econômicas, sociais e políticas, e que é crucial entender as motivações psicológicas por trás das ideologias políticas para promover uma sociedade mais equilibrada e justa.

Considerações Finais

“A Mente Esquerdista: As Causas Psicológicas da Loucura Política” é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em política e psicologia. Rossiter guia o leitor por um território pouco explorado, revelando os motivos subjacentes que moldam as visões políticas e influenciam as decisões tomadas. A interseção entre psicologia e política é abordada de forma meticulosa e esclarecedora, proporcionando uma visão profunda das complexidades que envolvem o pensamento político esquerdista.

Referências:

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Resenha no Medium

Resenha em vídeo

Versão completa do livro

 

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda

Cerca de 106 mil contribuintes receberão R$ 314,38 milhões

Cerca de 106 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências com o Fisco podem saber se receberão restituição. Às 10h desta sexta-feira (21), a Receita Federal libera a consulta ao lote da malha fina de fevereiro. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores.

Ao todo, 105.919 contribuintes receberão R$ 314,38 milhões. Desse total, R$ 211,85 milhões irão para contribuintes com prioridade no reembolso.

Em relação à lista de prioridades, a maior parte, 60.333 contribuintes, informou a chave Pix do tipo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) na declaração do Imposto de Renda ou usou a declaração pré-preenchida. Desde 2023, a informação da chave Pix dá prioridade no recebimento.

Em segundo, há 17.603 contribuintes entre 60 e 79 anos. Em terceiro, vêm 4.272 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. O restante dos contribuintes prioritários inclui 3.159 idosos acima de 80 anos e 2.505 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.

A lista é concluída com 18.047 contribuintes que não informaram a chave Pix e não se encaixam em nenhuma das categorias de prioridades legais.

A consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.

O pagamento será feito em 28 de fevereiro, na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar pendência, pode enviar declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.

Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessar o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".

Fonte: Agência Brasil

Intenção de consumo entre as famílias cai 0,2% em fevereiro

Resultado teve impacto da redução de consumo de bens duráveis

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A intenção de consumo das famílias caiu 0,2% de janeiro para fevereiro, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a confederação, a queda foi impactada principalmente pela redução de consumo de bens duráveis – que são aqueles com vida útil longa, como automóveis, geladeiras, máquinas de lavar roupa, computadores, entre outros. O índice mostra ainda uma maior cautela principalmente entre as famílias de maior renda.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) foi divulgada nesta quinta-feira (20) pela CNC. O índice chegou aos 104,5 pontos, descontados os efeitos sazonais. Em comparação com fevereiro de 2024, a queda foi ainda maior, 1,1%. Este é o quinto mês consecutivo que há redução da intenção de consumo na análise anual, sendo esta, segundo a CNC, a mais intensa.

Ainda assim, o índice, que vai até 200 pontos, mantém-se acima dos 100 pontos, o que indica que os consumidores estão satisfeitos.

Os dados divulgados mostram que as famílias de maior renda estão mais cautelosas ao consumir, com uma queda de 0,5% no mês entre as famílias com renda maior que dez salários mínimos, ou seja, acima de R$ 15.180. Também houve queda, mas em menor intensidade, entre as famílias com renda inferior a esse valor, de 0,2%.

A pesquisa é feita com base em 18 mil questionários analisados mensalmente, com dados de consumidores coletados em todas as Unidades Federativas. O IFC é composto por sete indicadores: três sobre as condições atuais (emprego, renda e nível de consumo), dois sobre expectativas para três meses à frente (perspectiva de consumo e perspectiva profissional), além da avaliação do acesso ao crédito e momento atual para aquisição de bens duráveis.

A maioria dos componentes revelou movimento de alta, com exceção principalmente do momento para compra de duráveis. Esse item, de acordo com a divulgação, teve a maior redução da sua taxa, de 1,6%. Isso ocorre após resultados positivos de 0,9% tanto no final do ano passado quanto no início de 2025. O item atingiu, em fevereiro, a menor pontuação entre os analisados, 70 pontos, abaixo dos 100 pontos, o que indica insatisfação. Na análise da CNC, as famílias sentem maior impacto dos juros altos.

Em relação ao emprego, depois de quatro meses de baixas, os consumidores se mostraram mais otimistas em relação às oportunidades profissionais. O item emprego atual, que mede a satisfação com o trabalho, apresentou alta de 0,2%, enquanto o item perspectiva profissional, que mede a percepção do trabalhador sobre o cenário de oportunidades profissionais a médio prazo, teve o quinto crescimento seguido, de 0,4%.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Inflação e juros elevados devem persistir em 2025, aponta IFI

Relatório destaca desafios econômicos e impacto sobre a política fiscal

Marcos Oliveira/Agência Senado
A mais recente análise da Instituição Fiscal Independente (IFI) traz um alerta para o cenário econômico brasileiro em 2025: a inflação e os juros devem continuar elevados, com reflexos diretos na atividade econômica e no planejamento fiscal do governo. O relatório, publicado nesta semana, avalia que, apesar da valorização do real frente ao dólar oferecer algum alívio nos preços ao consumidor, os desafios para o crescimento econômico permanecem.

Inflação e juros: um ciclo difícil de quebrar

A IFI ressalta que a recente apreciação do real pode contribuir para reduzir pressões inflacionárias, desde que outros fatores que influenciam os preços se mantenham estáveis. No entanto, o relatório também alerta que um novo episódio de desvalorização cambial, impulsionado por incertezas no cenário global e doméstico, poderia levar o Banco Central a adotar uma postura ainda mais rígida na política monetária.

O efeito desse aperto seria um aumento no custo da desinflação, ou seja, um impacto ainda maior na atividade econômica e na capacidade de crescimento do país. A combinação de inflação resistente e juros elevados tem sido um entrave para a recuperação do consumo e dos investimentos produtivos, afetando diretamente o mercado de trabalho e a renda das famílias.

Meta fiscal: déficit dentro do esperado, mas com ajustes necessários

Outro ponto crucial do relatório da IFI é a projeção do déficit primário para 2025, estimado em R$ 71 bilhões, equivalente a 0,56% do PIB. Apesar do resultado negativo, o valor ainda está dentro do limite estabelecido pela meta fiscal do governo. Isso significa que, tecnicamente, não haveria necessidade de um contingenciamento mais rígido no orçamento.

No entanto, o cumprimento da meta dependerá de medidas como o bloqueio de R$ 18,6 bilhões e a retenção de R$ 15,7 bilhões em despesas não executadas. Além disso, a IFI destaca que programas como o Pé-de-Meia e o Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais ou Financeiro-Fiscais (FCBF) serão executados fora do orçamento principal, o que ajuda a aliviar a pressão sobre as contas públicas.

Desafios para a política econômica em 2025

O cenário delineado pelo relatório reforça os desafios para a condução da política econômica no próximo ano. A necessidade de manter um equilíbrio entre o controle da inflação e a manutenção da atividade econômica será um dos maiores dilemas para o Banco Central e para o governo federal.

Caso a inflação não ceda conforme esperado, a autoridade monetária pode ser forçada a manter juros elevados por mais tempo, dificultando o crescimento econômico. Por outro lado, a política fiscal precisará de ajustes constantes para evitar o risco de descontrole nas contas públicas, especialmente diante de um ambiente global incerto.

Conclusão

O relatório da IFI evidencia que 2025 será um ano de desafios persistentes para a economia brasileira. A interação entre câmbio, inflação e política monetária continuará sendo um fator determinante para a trajetória econômica do país. Se, por um lado, há sinais de que o governo pode evitar um ajuste fiscal severo, por outro, o alto custo do crédito e a fragilidade do consumo ainda preocupam e exigem atenção constante dos formuladores de políticas públicas.

O caminho para um crescimento sustentável dependerá não apenas do controle da inflação, mas também da capacidade do governo de implementar reformas estruturais que estimulem a produtividade e a confiança no ambiente econômico.

 

Dólar cai para R$ 5,70 com possibilidade de acordo entre EUA e China

 Bolsa sobe 0,23% e tem primeira alta após duas quedas

PixaBay
Em um dia de trégua no mercado internacional, o dólar caiu com a possibilidade de um acordo entre Estados Unidos e China. A bolsa oscilou bastante ao longo do dia, mas teve a primeira alta após duas quedas seguidas.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (20) vendido a R$ 5,704, com recuo de R$ 0,022 (-0,38%). A cotação operou em baixa durante todo o dia. Na mínima da sessão, por volta das 14h45, chegou a R$ 5,68, mas um movimento de compra por investidores que se aproveitaram da cotação barata elevou a cotação para acima de R$ 5,70.

Com o desempenho desta quinta, a moeda norte-americana acumula queda de 2,28% em fevereiro. Em 2025, o recuo chega a 7,68%.

O mercado de ações teve um dia mais volátil. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.606 pontos, com alta de apenas 0,23%. O indicador alternou altas e baixas ao longo do dia, mas fechou em leve alta apoiado por ações de mineradoras.

Sem notícias econômicas no Brasil, as negociações foram dominadas pelo mercado externo. O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ser possível um novo acordo comercial com a China em entrevista a bordo do avião presidencial. Um acerto entre os dois países poderia significar atraso ou flexibilização do aumento de tarifas comerciais por parte dos Estados Unidos.

A declaração trouxe mais alívio que outra fala de Trump, que disse pretender instituir uma tarifa de 25% sobre madeira e produtos florestais a partir de abril.

*Com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil