"E ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?"
(Lucas 2:49 - Almeida Revista e Atualizada)
Em apenas uma frase, Jesus, ainda menino, revela uma
profundidade espiritual que nos desafia até os dias de hoje. Essa declaração,
registrada no Evangelho de Lucas, é a primeira fala de Jesus preservada nos
Evangelhos e oferece uma poderosa lição sobre identidade, missão e prioridades
espirituais.
A Consciência de Quem Se É
Jesus tinha apenas doze anos quando fez essa declaração.
Enquanto seus pais o procuravam aflitos, Ele estava no templo, dialogando com
os mestres da Lei. Sua resposta, embora simples, revela algo extraordinário: Ele
sabia quem era e qual era seu chamado. “Convém tratar dos negócios de meu
Pai”, disse, revelando que sua vida estava firmemente orientada pelo propósito
divino.
É inspirador perceber que, desde cedo, Jesus demonstrava uma
consciência profunda de sua identidade como Filho de Deus. Ele não estava
distraído, nem se perdendo em desejos infantis. Ele estava onde precisava
estar: cumprindo o que o Pai lhe confiara.
E nós? Temos essa clareza de propósito?
Quantas vezes permitimos que a rotina, os problemas ou as
distrações da vida nos afastem dos “negócios do Pai”?
O Que São os Negócios do Pai?
Essa expressão — “negócios do meu Pai” — pode parecer vaga à
primeira vista. No entanto, o contexto nos ajuda a compreendê-la. Jesus estava
no templo, ouvindo e fazendo perguntas. Ele estava buscando conhecimento,
participando ativamente da vida espiritual, aprendendo e ensinando.
Os negócios do Pai, portanto, incluem:
- A
busca sincera pela Palavra de Deus;
- A
prática da comunhão com Ele;
- A
vivência da fé com responsabilidade e propósito;
- O
envolvimento com a missão divina — amar, servir, anunciar o evangelho.
Tratar dos negócios do Pai é viver com a consciência
de que tudo o que fazemos deve glorificá-Lo. Isso transforma nossa forma de
trabalhar, estudar, se relacionar e sonhar.
Prioridades Espirituais em um Mundo de Distrações
Jesus coloca as coisas em perspectiva. Ele não negligenciava
seus pais terrenos, mas mostrava que sua maior obediência estava ligada ao
Pai celestial. Essa é uma lição importante para todos nós: devemos honrar
compromissos, responsabilidades e relacionamentos — mas sem perder o foco
daquilo que é eterno.
Muitas vezes damos prioridade ao que é urgente, mas
negligenciamos o que é espiritualmente essencial. Precisamos redirecionar nosso
tempo, energia e atenção para aquilo que verdadeiramente importa.
Conclusão: Um Chamado à Reflexão
A pergunta que Jesus faz aos seus pais ecoa em nossos
corações ainda hoje:
“Por que me procuráveis? Não sabíeis que me convém tratar dos negócios de
meu Pai?”
Essa pergunta nos convida a reavaliar nosso foco, nossas
escolhas e nossas motivações. Estamos realmente comprometidos com os negócios
do Pai, ou estamos ocupados demais com os nossos próprios interesses?
Que o exemplo de Jesus nos inspire a colocar Deus em
primeiro lugar, a buscar intimidade com Ele e a viver com propósito e
fidelidade.
Afinal, não há maior realização do que viver nos negócios do nosso Pai.
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