Se você já pensou em instalar painéis solares, mas recuou
por alguma dúvida, este artigo é para você. Vamos desvendar os cinco mitos mais
comuns sobre energia solar e mostrar por que essa tecnologia pode ser a chave
para uma economia real e duradoura na sua conta de luz.
Mito 1: "Energia solar não gera eletricidade
suficiente para abastecer minha casa."
Verdade: Um sistema fotovoltaico é projetado sob
medida para atender às suas necessidades. Antes da instalação, uma equipe
especializada realiza um estudo detalhado do seu consumo médio de energia, da
área disponível para os painéis e dos níveis de irradiação solar no seu local.
Com base nesses dados, o sistema é dimensionado para gerar
100% da energia que você consome, ou até mais. Em momentos de alta produção
(como ao meio-dia em um dia ensolarado), o excedente de energia é injetado na
rede da distribuidora local, gerando "créditos energéticos". Esses
créditos são então utilizados para abater o consumo em períodos sem geração,
como à noite, garantindo que sua necessidade seja sempre atendida.
Mito 2: "Painéis solares não funcionam em dias
nublados ou chuvosos."
Verdade: Embora a produção de energia seja otimizada
sob luz solar direta, os painéis solares continuam a gerar eletricidade mesmo
em dias nublados. Isso ocorre porque eles são capazes de captar a luminosidade
difusa que atravessa as nuvens.
A produção será menor que em um dia de céu limpo, mas não
cessa completamente. É aqui que a mágica do sistema conectado à rede (on-grid)
acontece: os créditos energéticos que você acumulou nos dias de sol são usados
para compensar a baixa geração nos dias chuvosos. Portanto, o balanço final ao
longo do mês garante que sua conta de luz permaneça baixa, independentemente
das variações climáticas.
Mito 3: "Os painéis solares são frágeis e a
manutenção é cara e constante."
Verdade: Os painéis solares são construídos para
durar. Eles são feitos com materiais de alta resistência, como vidro temperado
e molduras de alumínio anodizado, projetados para suportar condições climáticas
adversas, incluindo chuva, ventos fortes e até mesmo granizo.
A durabilidade é um dos seus maiores atrativos: a maioria
dos fabricantes oferece uma garantia de performance de 25 a 30 anos,
assegurando que os painéis continuarão a gerar pelo menos 80% de sua capacidade
original após esse período. A manutenção é mínima, consistindo basicamente em
uma limpeza periódica (anual ou semestral, dependendo do local) para remover
poeira e detritos que possam se acumular e reduzir a eficiência. Em muitos
casos, a própria chuva se encarrega dessa tarefa.
Mito 4: "A instalação de energia solar é muito cara
e o investimento não compensa."
Verdade: Este é, talvez, o mito mais persistente, mas
também o mais desatualizado. Nos últimos dez anos, o custo dos equipamentos
fotovoltaicos caiu drasticamente em todo o mundo. Além disso, a crescente
oferta de linhas de financiamento específicas para projetos de energia solar
tornou a aquisição muito mais acessível.
O investimento inicial é pago pelo próprio sistema ao longo
do tempo. O cálculo do retorno sobre o investimento (ROI) varia conforme o
consumo e as tarifas de energia locais, mas, em média, o sistema se paga entre
3 e 6 anos. Considerando que a vida útil do equipamento ultrapassa os 25 anos,
você terá pelo menos 20 anos de energia gratuita, economizando milhares de
reais na sua conta de luz.
Mito 5: "A instalação é complicada e pode danificar
meu telhado."
Verdade: A instalação de um sistema fotovoltaico,
quando realizada por uma empresa qualificada e com profissionais experientes, é
um processo seguro e relativamente rápido. As equipes de engenharia projetam a
fixação das estruturas de modo a distribuir o peso corretamente e garantir a
total estanqueidade do telhado, ou seja, sem riscos de infiltrações.
Os suportes são desenvolvidos especificamente para cada tipo
de telha (cerâmica, metálica, fibrocimento, etc.), preservando a integridade da
estrutura. Uma instalação residencial padrão geralmente é concluída em apenas 2
a 3 dias, sem grandes transtornos para os moradores.
Conclusão
Referências Bibliográficas:
- ABSOLAR
(Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Mercado e
Dados do Setor. Disponível nos relatórios e infográficos publicados
periodicamente no site da associação. Acesso em: 2024.
- ANEEL
(Agência Nacional de Energia Elétrica). Resolução Normativa nº
1.059/2023. Dispõe sobre as condições gerais para o acesso de
microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de
energia elétrica e o sistema de compensação de energia elétrica.
- IRENA
(International Renewable Energy Agency). Renewable Power Generation
Costs. Relatório anual que documenta a redução global nos custos de
tecnologias de energia renovável, incluindo a solar fotovoltaica.
- GREENPEACE
BRASIL. O Sol na sua Mão - Guia de Geração Distribuída.
Publicação que oferece um guia simplificado sobre como gerar sua própria
energia a partir do sol.
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