País supera Rússia e Argentina no ranking mundial e reflete impacto da política monetária no cenário econômico
O Brasil passou a liderar o ranking de países com os maiores juros reais do mundo após o Banco Central da Argentina reduzir sua taxa básica. De acordo com um relatório do MoneYou publicado nesta sexta-feira (31), a decisão argentina de cortar os juros de 32% para 29% resultou em uma queda da taxa real para 6,14%, posicionando o país na terceira colocação.Com essa mudança, o Brasil agora ocupa o primeiro lugar,
registrando juros reais de 9,18%, seguido pela Rússia, com 8,91%. O patamar
brasileiro reflete a recente elevação da Selic em 1 ponto percentual,
alcançando 13,25%, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do
Banco Central na última quarta-feira (29).
Os juros reais correspondem à taxa de juros nominal
descontada da inflação, sendo um indicador mais preciso sobre o impacto da
política monetária na economia. O cálculo considera a inflação projetada para
os próximos 12 meses e os juros futuros estimados pelo mercado, uma vez que
essas variáveis influenciam diretamente o ritmo econômico e as decisões do
Banco Central sobre a Selic.
Para o Brasil, a metodologia utilizada no relatório
baseia-se na inflação prevista para os próximos 12 meses, estimada em 5,5% pelo
Boletim Focus. Além disso, considera a taxa de juros DI negociada no mercado
para vencimentos em janeiro de 2026, refletindo as expectativas futuras para a
economia do país.
A liderança do Brasil no ranking de juros reais reforça a
posição conservadora do Banco Central diante da inflação, mas também gera
preocupações sobre os impactos no crescimento econômico e na concessão de
crédito.
Fonte: CNN Brasil
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