Calendário eleitoral enfrenta críticas da oposição, que denuncia fraude no último pleito presidencial.
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Federico PARRA |
O Parlamento, dominado pelo
governo chavista, convocou todos os partidos políticos a apresentarem propostas
de cronograma ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), instituição frequentemente
acusada pela oposição de servir aos interesses do governo de Maduro.
Declarações Oficiais
"Somente para os cargos de
eleição popular, o Conselho Nacional Eleitoral deve organizar e convocar três
eleições [...] todas elas este ano", afirmou Jorge Rodríguez, chefe da
Assembleia Nacional e figura de destaque do chavismo.
Entre as consultas previstas,
estão votações sobre projetos comunais, uma iniciativa promovida por Maduro,
além de discussões sobre a reforma constitucional, cuja proposta ainda não foi
detalhada.
Acusações da Oposição
A oposição, liderada por María
Corina Machado, acusa Maduro de ter "roubado" as eleições de 28 de
julho, alegando que seu candidato, Edmundo González Urrutia, teria vencido com
mais de 70% dos votos. A oposição apresentou cópias das atas eleitorais para
sustentar a denúncia.
No entanto, o CNE proclamou
Maduro vencedor com 52% dos votos, sem divulgar a contagem detalhada,
contrariando as exigências legais de transparência.
Renovação e Expansão Eleitoral
O calendário eleitoral para 2025
prevê não apenas a renovação do Parlamento, mas também eleições para prefeitos,
governadores e legisladores municipais e regionais, cargos atualmente dominados
pelo chavismo.
Além disso, será realizada,
segundo o governo, a eleição do primeiro governador da Guiana Essequiba,
território administrado pela vizinha Guiana e reivindicado pela Venezuela.
Propostas e Polêmicas
Jorge Rodríguez enfatizou que
caberá ao CNE analisar as propostas para decidir o formato das eleições.
"Fazemos todas as eleições juntas? Fazemos separadas? Quais são os
parâmetros legais e requisitos?", questionou o dirigente.
Paralelamente, o chavismo tem
promovido medidas que aumentam as tensões políticas, incluindo leis que preveem
penas de até 30 anos de prisão por crimes "políticos",
inelegibilidade perpétua para cargos públicos e julgamentos à revelia.
A comunidade internacional e a
oposição venezuelana acompanham o cenário com atenção, enquanto cresce a
expectativa em torno das definições do calendário eleitoral.
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