Radio Evangélica

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Destruição de drogas e protestos marcam dia tenso em Damasco

Um milhão de comprimidos de Captagon e quantidades significativas de canábis foram queimados pelas autoridades sírias, enquanto manifestantes tomaram as ruas pedindo maior inclusão e respeito aos cristãos no país


Canábis e aproximadamente um milhão de comprimidos de Captagon, conhecido como "droga jihadista" devido ao seu uso entre militantes, foram destruídos na última quarta-feira em Damasco. A operação foi conduzida por forças rebeldes sírias lideradas pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham, que havia apreendido os estoques em antigas bases militares e armazéns controlados pelo regime do ex-presidente Bashar al-Assad.

"Respondemos imediatamente ao relatório e encontramos o armazém. Foi revistado pelas unidades especiais de combate às drogas. Encontramos um armazém de Captagon com cerca de um milhão de comprimidos e cannabis. Destruímo-lo imediatamente na presença da administração geral de segurança do Ministério do Interior", afirmou Osama Al-Ayoubi, funcionário do departamento de segurança do Estado sírio.

Desde a queda do regime de Assad, instalações de produção de Captagon em escala industrial têm sido descobertas em várias partes da Síria, gerando um rendimento anual estimado de 9,5 mil milhões de euros. A guerra civil, que já dura quase 14 anos, devastou a economia do país e criou condições ideais para o crescimento dessa indústria ilícita, usada como fonte de financiamento tanto por milícias quanto por autoridades locais.

Paralelamente à destruição das drogas, centenas de manifestantes reuniram-se na capital para condenar a queima de uma árvore de Natal em uma cidade próxima de Hama. Gritando palavras de ordem como "Queremos proteger a nossa terra e as nossas casas! Queremos participar na governação do país", os manifestantes pediram maior tolerância e inclusão das minorias cristãs, que representam menos de 2% da população síria.

O episódio reflete as tensões persistentes na sociedade síria, que ainda luta para se reerguer dos danos causados por anos de conflito.

Fonte: EuroNews

Imagem: © Omar Sanadiki/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

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