Militantes
pagos pela CUT arremessaram ovos e pedras em grupo anti-Lula reunido no Fórum
Criminal da Barra Funda
O manifestante Thiago Teodoro protesta contra o ex-presidente Lula (Foto: Daniel Haidar/Época) |
Com um cartaz que ilustra o Pixuleco – o boneco do
ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva vestido de presidiário –, o auxiliar-administrativo
Thiago Teodoro, 31 anos, saiu às 7h desta quarta-feira de casa, em São Caetano
do Sul, para protestar no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista.
Lula era aguardado no tribunal, onde iria depor às 11h não tivesse sido
beneficiado por uma liminar do Conselho Nacional do Ministério Público que
suspendeu o testemunho. Teodoro soube do cancelamento antes de ir à
manifestação, mas não desanimou. “Não tem escapatória. Ou ele é acusado pelo
uso do tríplex ou pelo uso do sítio. Ele quer se fazer de vítima, como sempre”,
afirmou Teodoro.
Manifestantes anti e pró-Lula, entre eles militantes
pagos pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), apinharam o acesso ao fórum.
A Polícia Militar teve de interromper o fluxo de veículos na pista de acesso ao
local. Um gradil chegou a ser montado pela polícia para separar os grupos de
manifestantes, mas defensores de Lula não deixaram de bandear para o lado
anti-Lula, fazendo provocações. Ovos, garrafas e pedras foram arremessados por
militantes da CUT. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas no protesto. A
Polícia Militar interveio e dispersou os manifestantes com bombas de gás
lacrimogêneo.
No lado dos manifestantes anti-Lula, não houve recuo pela
suspensão do depoimento ao Ministério Público de São Paulo, que investiga se o
ex-presidente ganhou ilicitamente um tríplex,
construído pela construtora OAS no Guarujá, no litoral paulista. A analista de
suporte Célia Pereira, 58 anos, protestava contra o ex-presidente com uma
versão inflável do Pixuleco e uma bandeira do Brasil. “Ele foi beneficiado por
chicanas que a lei permite. É corrupto e covarde”, criticou.
Não há previsão de uma nova data para o depoimento de
Lula.
Época
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