Radio Evangélica

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

IV Cúpula da CELAC, Santos, FARC e Maduro

Rafael Correa fala, na abertura da IV Cúpula da CELAC,
para um público desinteressado e sonolento
Entre os dias 27 e 28 de janeiro celebrou-se a IV Cúpula da CELAC em Mitad del Mundo, no Equador, cidade que leva esse nome por ficar no marco zero da linha do Equador que divide os hemisférios norte e sul. Seu anfitrião, o presidente Rafael Correa, abriu a sessão no prédio da UNASUR que leva o nome do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, fazendo menção às memórias deste e de Hugo Chávez da Venezuela. A presidência pró tempore foi entregue por Correa ao presidente da República Dominicana, Danilo Medina.
Como nesses encontros de incontáveis siglas criadas para dar apoio e reforçar o plano estratégico do Foro de São Paulo, dos 33 países membros apenas 22 participaram. Na II Cúpula, ocorrida no Chile, Cuba foi a grande estrela do evento, talvez porque já se impulsionava o reatamento de relações diplomáticas com os Estados Unidos mas este ano não foi mencionado o nome de qualquer representante da ilha-prisão. Os temas citados como pontos de discussão foram: trabalho, ciência, tecnologia, desenvolvimento e mudança climática, entretanto, o que estava em questão mesmo era o apoio irrestrito ao tal “acordo de paz” entre Santos e o bando terrorista FARC, além do respaldo à ditadura venezuelana.
O tempo fechou-se quando a vice-presidente argentina, Gabriela Michetti, mencionou a preocupação do seu país e especialmente do presidente Macri (que não pôde ir em decorrência de restrições médicas) quanto à situação dos presos-políticos venezuelanos, uma vez que, atualmente, a Argentina tornou-se um peixe fora d’água nesses encontros. Mais cedo Michetti mencionou a possibilidade, já em estudo, da extradição do terrorista chileno da FPMR Galvarino Apablaza que vive em Buenos Aires na qualidade de “refugiado político”, que responde em seu país pelo assassinato de um senador em 1991, do mesmo modo como o Brasil concedeu status de “refugiado político ao terrorista das FARC “Oliverio Medina".
O traidor presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pavoneava-se como se fosse a cereja do bolo, pois além de contar com o apoio da quase unanimidade da CELAC ao seu intento de entregar o país às FARC, a ONU criou uma resolução instituindo uma “missão especial” para avaliar o “cessar fogo bilateral definitivo” e o abandono das armas, coisa que as FARC sempre anunciaram que não vão cumprir. Ele afirmou que “a resolução saiu nos termos em que pedimos, exatamente como se acordou na Mesa de Conversações”, quer dizer: conforme a vontade dos terroristas, uma vez que os representantes do Governo estão lá como convidados de pedra que não abrem a boca a não ser para dizer “sim senhor” às FARC. Ainda segundo Santos, as despesas e segurança dos membros dessa missão, que será durante um ano, correrão totalmente por conta do governo colombiano, isto é, pelos contribuintes que bancam a traição à revelia.
No dia 28, através de uma vídeo-conferência ante a Euro-Câmara entre o negociador das FARC, Iván Márquez e o negociador do governo, Sergio Jaramillo, o Parlamento Europeu apoiou por unanimidade o acordo de  impunidade que arquivará os crimes das FARC. Márquez aproveitou para pedir aos deputados que tirem o nome das FARC da lista de organizações terroristas, que provavelmente será acatado, tão-logo terminem o acordo final em Havana. Dias atrás as FARC propuseram ao Governo colombiano a “desmilitarização” das Forças Armadas e de Polícia, alegando que, sem conflito armado, não se justifica o alto custo que se tem com a manutenção das Forças, cobiçando, sem dúvida, o direito exclusivo de terem e usarem armas de todos os tipos e calibres.
E para concluir, a nova Assembléia Nacional venezuelana está pondo em andamento a investigação da real nacionalidade de Nicolás Maduro, amparada em uma petição pública que conta com o apoio de inúmeras figuras de destaque da Venezuela, tais como o ex-diplomata Diego Arria, o empresário Marcel Granier (da RCTV, expropriada por Chávez), o jornalista Napoleón Bravo, entre outros. Na petição alegam que, “segundo o artigo 96 da Constituição Política da Venezuela, Nicolás Maduro é colombiano de nascimento, por ser filho de mãe colombiana e por ter vivido em território colombiano durante sua juventude. Falta comprovar se ele é venezuelano. Em caso afirmativo, teria dupla nacionalidade o que o impediria de exercer o cargo de Presidente da República, segundo estipula o artigo 41 de nossa Constituição”.
Três anos atrás Maduro negou ser colombiano, após acusações do ex-embaixador do Panamá ante a OEA, Guillermo Cochez, que apresentou um documento supostamente emitido pelo Registro Civil de Cúcuta, na  Colômbia que respalda essa acusação, motivo pelo qual dirigentes opositores insistem que Maduro usurpou o cargo.
Como se pode ver, Argentina e Venezuela estão retomando o caminho da democracia e a um passo de mandar para o quinto dos infernos o maldito totalitarismo comunista. E o Brasil, quando chegará a nossa vez?


Para o jornal Inconfidência, de Minas Gerais.
Escrito por Graça Salgueiro para o site Mídia Sem Máscara

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