Dilma é acompanhada por assessor após desembarque nesta sexta (12) no aeroporto de Congonhas (SP) |
A presidente Dilma Rousseff chegou na tarde desta sexta
(12) em São Paulo para reunião com o ex-presidente Lula.
Foi a primeira vez que eles se reuniram após virem à tona
uma série
de suspeitas contra Lula, alvo de investigações da Polícia Federal e
do Ministério Público.
No encontro, Lula não pediu um gesto público de Dilma em
sua defesa. E a presidente decidiu que não vai tomar nenhuma "atitude
prática" ou fazer "declarações enfáticas" neste sentido.
Quando questionada, deve manter discurso crítico ao que
chama de "vazamento seletivo" de informação das operações Lava Jato e
Zelotes, nas quais Lula é citado. Reservadamente, a presidente tem dito que o
que vem a público tem o objetivo de "prejudicar" o PT e o seu
governo.
Interlocutores do ex-presidente, por sua vez, afirmam que
Lula está "estudando o momento certo" para se pronunciar. Os
advogados que compõem sua assessoria jurídica mantém a linha de que as
investigações "não são justas" e tentam "criminalizar" o
petista.
Além das suspeitas que envolvem o ex-presidente, Dilma e
Lula, que não se encontravam desde o início de janeiro, discutiram as medidas
que o governo vai tomar para a retomada do crescimento, tecla que Lula tem
batido desde o fim do ano passado, e a condução de propostas do Palácio do
Planalto que sofrem resistência dentro do próprio PT, como a reforma da
Previdência.
Apesar ter previsto pernoitar em São Paulo, Dilma
decidiu, na última hora, voltar para Brasília na própria sexta. Ela saiu em
torno das 20h do hotel Renaissance e foi de helicóptero para o aeroporto de
Congonhas.
O último encontro entre Dilma e Lula foi no início de
janeiro no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Folha de São Paulo
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