Goleiro que desistiu do futebol pela religião conta sua
história
Desistiu do Mancheter United para guardar o sábado |
O goleiro argentino Carlos Ángel Roa não aceitou a
proposta feita em 1999 pelo Manchester United por questões religiosas.
A história que já faz parte do passado do atleta foi
revelada essa semana pela ESPN que comentou sobre a conversão do goleiro ao
adventismo.
Na época, Roa se destacava na seleção argentina, ele foi
responsável por pegar duas bolas durante a cobranças na disputa de pênaltis
contra a Inglaterra na Copa de 1998, fazendo a Argentina ir para as quartas de
final.
Mas por não poder trabalhar aos sábados, o atleta
resolveu não aceitar a proposta de ir morar na Inglaterra. Nem mesmo o salário
milionário e a chance de jogar ao lado de grandes estrelas do futebol foram
capazes de mudar seu posicionamento.
Roa foi além, ainda por conta da crença ele resolveu
encerrar sua carreira como jogador assim que a Copa acabou.
“Era uma boa oportunidade, mas já tinha tomado a decisão
de me aposentar por princípios religiosos”,disse ele à ESPN.
“Teria sido uma experiência enorme a nível esportivo e
também cultural, mas isso faz parte do passado. Nesse momento da minha vida,
priorizava outras coisas”, completa o ex-goleiro.
Hoje Roa trabalha como preparador de goleiros do Chivas
Guadalajara, no México, de lá ele resolveu comentar a decisão do goleiro Vítor,
do Londrina-PR, que também desistiu da profissão por causa da religião.
“Parabenizo o garoto por defender sua ideia e sua fé.
Creio que isso não é fácil nos tempos em que estamos vivendo, sobretudo para
que as pessoas compreendam que, por causa da fé que nos move, tomamos certas
decisões. Entendo, respeito e o admiro por priorizar isso”, disse.
Roa não ficou muito tempo afastado do futebol, quase um
ano depois de recusar a proposta ele voltou atuar, mas no Mallorca.
“A experiência que vivi fora do futebol foi positiva, mas
eu sentia que realmente o que gostava de ter era o futebol, tinha vontade de
voltar, não dormia à noite. O mais lindo do ser humano é que existe o livre
arbítrio, de poder decidir o que fazer para ser livre. Tomei a decisão com
minha família, que aceitou, e decidi voltar, porque o que me faria feliz
novamente era jogar futebol”, relata.
Gospel Prime
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