Apesar de ter sido governo durante mais de uma década, ao
lado do Partido dos Trabalhadores, o deputado federal Manoel Júnior, do PMDB da
Paraíba, eximiu sua legenda de qualquer culpa no que diz respeito às crises nos
cenários político e econômico por que passa o país, na atualidade e
responsabilizou unicamente a presidente Dilma e o PT pelo cenário nebuloso que
o país vive.
“Não temos culpa efetiva e direta na crise política e econômica instalada,
porque foi gerada por quem está comandando o governo e desta feita, o PMDB,
auscultando as ruas, e principalmente as bases, resolveu efetivamente, por
aclamação, sair e deixar todos os cargos do governo, para efetivamente fazer
aquilo que o Brasil precisa e merece nesse instante”, disse.
O parlamentar disse ainda que o PMDB, muitas vezes foi excluído das decisões,
sobretudo no que diz respeito às políticas públicas do governo federal e por
isso, após o consenso entre todos, a decisão de desembarcar do Governo foi
tomada por aclamação.
“É uma decisão unanime do partido, uma sigla que vinha ao longo desses últimos
dez anos fazendo parte da base do governo e ajudando o governo nas horas de
crise, mas que infelizmente, não fomos convidados muitas vezes para participar
sequer das políticas públicas do governo federal”, justificou. As decrações de
Manoel Júnior foram dadas a jornalista Fernanda Martinele, para o Rede Verdade,
direto de Brasília
No ano passado Manoel Júnior chegou a ser cotado para assumir o Ministério da
Saúde, do Governo Dilma. O paraibano chegou a ser chamado antecipadamente de
“ministro” pelos colegas nos corredores do Congresso, já que era o favorito
para assumir o cobiçado Ministério da Saúde. Ele, no entanto, perdeu pontos no
Palácio do Planalto por seu histórico de declarações pouco simpáticas à
presidente Dilma Rousseff.Na ocasião, ele chegou, inclusive, a aconselhar a
petista a renunciar ao cargo.
Outra “mancha” no currículo de Manoel Júnior que fez cair sua cotação no
Planalto foi sua reação ao programa Mais Médicos, menina dos olhos do primeiro
mandato de Dilma. Em 2013, o deputado, que é médico, tentou fazer diversas
alterações, com emendas, à Medida Provisória que criou o programa. Quis obrigar
a revalidação de diplomas expedidos por universidades estrangeiras como
pré-condição para a contratação de estrangeiros e impedir que os estudantes de
Medicina que começassem o curso a partir de 2015 tivessem de trabalhar dois
anos no SUS para conseguir o diploma. E ainda criticou a opção de importar
profissionais para resolver o problema de mão de obra.
“Minha impressão, não só de médico, mas de cidadão principalmente, é que o
problema da saúde não será resolvido com a importação de profissionais, porque
aqui temos profissionais de qualidade”, postou em seu Twitter, na ocasião.
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