Comerciante judeu foi morto por muçulmano que afirma estar seguindo
ordens de Alá
Jihadista realiza ataque no Uruguai |
Quando um líder da comunidade judaica foi morto a facadas
na cidade de Paysandu, no Uruguai na terça (8), a notícia passou quase
despercebida pela mídia brasileira. Porém, na pequena cidade uruguaia, a 380
quilômetros de Montevidéu, o assunto continua tendo desdobramentos que podem
revelar o primeiro ataque declaradamente jihadista da América do Sul.
O comerciante judeu David Fremd, 55 anos, foi abordado na
rua por um homem com uma faca. O agressor desferiu 10 facadas nas costas da
vítima e fugiu, mas foi preso em flagrante logo em seguida. O agressor, que se
chama Carlos Omar Peralta López, tem 35 anos. Ele trabalhava na secretaria de
educação da cidade.
Contudo, a imprensa uruguaia divulgou que o assassino
tinha antecedentes criminais. Convertido ao Islã cerca de 10 anos atrás, adotou
o nome de Abdullah Omar. Ele declarou à polícia que sua motivação foi
religiosa. “Eu matei o judeu seguindo ordem de Alá”, esta declaração consta em
seu depoimento à polícia.
O judiciário uruguaio, contudo, preferiu defini-lo como
desequilibrado mental. Portanto, o crime será tratado como crime e não como
terrorismo. As autoridades insistem que ele agiu sozinho e não tem ligação com
grupos extremistas conhecidos.
A embaixada de Israel no Uruguai emitiu uma nota
mostrando sua preocupação com o caso. “Vemos com preocupação a possibilidade de
que esse ato antissemita tenha sido motivado pelo extremismo, fenômeno que
lamentavelmente temos testemunhado em outros lugares do mundo”, afirma o
comunicado.
Além disso, o site Infobae investigou as contas nas redes sociais de
Carlos “Abdullah” Omar e afirma que ele tinha contato frequente pela internet
com extremistas. Em seu perfil do Facebook, por exemplo, ele reproduziu a foto
de um militante do Estado Islâmico. Também mantinha relação com um palestino
ligado ao Hamas.
Um vídeo
divulgado pelo jornal uruguaio El Observador, mostra o acusado saindo
da delegacia onde foi prestar novos depoimentos. Ele olha para a imprensa e
declara em árabe a shahada, uma espécie de confissão de fé dos muçulmanos. Seu
significado é “Não há deus além de Alá e Maomé é seu profeta”.
Curiosamente, o caso no Uruguai lembra o ocorrido na
Rússia recentemente, quando uma babá
muçulmana decapitou uma criança de 4 anos. Questionada pelas autoridades
sobre sua motivação, afirmou que matou seguindo ordens de Alá. As autoridades
russas também afirmavam que a mulher tinha problemas mentais e minimizaram a
questão religiosa.
Um vídeo publicado pelo Estado Islâmico em novembro de
2015 conclamava seus simpatizantes ao redor do mundo a realizar ataques
terroristas. Com o nome de “lobo solitário”, o material estimulava assassinatos
dos infiéis (não muçulmanos).
Esse tipo de ataque é realizado por uma pessoa (ou
pequeno grupo) de forma independente, mas que defenda a causa maior (jihad, ou
guerra santa).
A promessa, baseada em versos do Alcorão é que as pessoas
que matam em nome da fé são especiais para Deus. Caso elas venham a morrer
nesse tipo de ação, terão “recompensas” no paraíso. Esse tipo de situação já fez
vítimas fatais em diversos países do mundo.
Mesmo que não venha a ser admitido pelas autoridades, um
ataque declaradamente jihadista na América do Sul deveria nos deixar de
sobreaviso. Especialmente por que já há casos de brasileiros sendo contatados
pelos Estado Islâmico e no início do ano um extremista
veio ao Brasil aliciar jovens.
Por Jarbas Aragão para o Gospel Prime
Nenhum comentário:
Postar um comentário