“Vamos admitir no pior cenário, com Dilma se mantendo no
poder, temos responsabilidade de garantir a governabilidade com o país”. A
declaração é do deputado federal Rômulo Gouveia, presidente do PSD na Paraíba,
que fez um apelo para que a classe política do Brasil se una para reerguer o
país, seja qual for o resultado da votação deste domingo, 17.
Segundo Rômulo, o PSD também se compromete, em caso de vitória do outro
cenário, com Michel Temer assumindo a presidência, a garantir a
governabilidade.
“Se Michel assumir, temos a responsabilidade de garantir a governabilidade
também, e a sociedade que hoje está nas ruas também precisa ajudar o país,
precisamos cortar na própria carne, para resgatar a credibilidade econômica do
país”, defendeu.
Gouveia ainda falou sobre o período em que ficou indeciso. Ele admitiu
constrangimento, mas lembrou que o objetivo era unificar o voto do PSD em um só
posicionamento.
“Eu fiquei constrangido em todo esse processo, quando me mantive na condição de
indeciso, porque eu estava trabalhando no âmbito do partido ao lado de outros
companheiros para que pudéssemos ter uma decisão conjunta. Eu nunca neguei que
a bancada estava dividida, não neguei que Kassab teria interesse que o partido
caminhasse, mas chegou um determinado momento que ele não tinha como ficar na
contramão da maioria da bancada”, ressaltou.
O paraibano esclareceu que antes de tomar a decisão final consultou todas as
bases, prefeitos, vice prefeitos, vereadores, amigos e aliados, e todos, por
unanimidade, disseram que a única expectativa para o país era o afastamento.
“Quando o governo não está com comando , não tem condições e a sociedade clama,
a constituição garante o afastamento e não foi diferente com Collor, o próprio
PT foi às ruas pedir o impeachment, que não é golpe, é constitucional tanto no
âmbito jurídico, quanto no âmbito político”, ressaltou.
Durante os 14 anos de PT, essa tinha sido a primeira vez que o deputado federal
Rômulo Gouveia havia se alinhado ao Governo. Antes filiado ao PSDB, o paraibano
fazia uma oposição responsável a presidente Dilma e só decidiu mudar o
posicionamento quando ingressou no PSD e resolveu seguir a orientação da legenda.
Agora, com o novo posicionamento da sigla, Rômulo mais uma vez ratifica sua
fidelidade partidária.
O parlamentar paraibano será o 429º deputado federal a votar no processo de
impeachment deste domingo.
PB Agora
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