Menina de 4 anos disse ao pai que ele não deveria gostar
de mulher após aula “antipreconceito”.
Criança é expulsa após pais reclamarem de "aula gay" |
Uma menina de 4 anos de idade, cujo nome não foi
revelado, gerou intenso debate sobre a questão da educação sexual nas escolas
americanas. Ela estudava no Jardim de Infância Montview Community, na cidade de
Denver, Colorado.
No mês passado, os pais dela questionaram o ensino dado
pela escola particular sobre a homossexualidade e transgêneros. O motivo foi a
filha ter chegado em casa dizendo que seu pai poderia não gostar mais de
mulheres.
Incomodados, eles decidiram descobrir de onde vinha
aquela ideia. Souberam então que a professora lia livros sobre o estilo de vida
gay e tentava promover “debates” sobre a questão na classe. Era uma iniciativa
“antipreconceito” da Montview. Obviamente, o fato não agradou os pais da
criança, que são cristãos.
R.B. Sinclair, mãe da menina, procurou a direção da
escola e pediu que sua filha não participasse das aulas quando o assunto era
discutido. Em seu entendimento, a criança era nova demais para entender o que
estava sendo ensinado. Dois dias depois, recebeu um aviso da pré-escola
Montview, comunicando que a criança “não se encaixava” na escola e por isso não
deveria voltar.
“Eu acho que nessa idade, eles nem sabem o que é o
preconceito… como podem ter esse tipo de conversa na escola?”, questionou a
senhora Sinclair. “Não houve consideração com a cultura e a fé que temos em
minha família”, asseverou. Já Kim Bloeman, diretora de educação infantil na
região, defende que os materiais usados em sala eram apropriados para as
crianças.
“O preconceito começa quando as crianças crescem e
começam a ver as diferenças como sendo algo negativo. Quando são novas, as
crianças exploram tudo. Queremos fornecer a elas todas essas experiências”,
justificou Bloeman ao explicar o que seria a iniciativa “antipreconceito”.
Ela inclui historinhas sobre minhocas que não sabem de
que sexo são, mas também mostrava claramente casais de pessoas do mesmo sexo.
Após a polêmica, a direção da Montview enviou uma carta a
todos os pais, encorajando-os a promover uma “cultura inclusiva” em seus lares.
“Comecem a adotar o desconhecido”, sugeria o documento., que considera
importante que todas as famílias “conversem sobre o tema”.
Segundo o jornal Denver Post, os professores da
Montview e outros 2.500 educadores do estado do Colorado, receberam um
treinamento da ONG Queer Endeavor, que luta pelos direitos do público LGBT.
A organização convenceu a direção do Distrito Escolar que
os “tempos estão mudando” e nos últimos três anos tem oferecido oficinas sobre
o assunto, visando preparar professoras da pré-escola a lidarem com o tema.
Por Jarbas Aragão para o Gospel Prime
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