Desde a abertura da janela de filiação partidária no mês
de março, o Partido dos Trabalhadores (PT) vive uma onda de deserções de
prefeitos e com a possibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff o
movimento de debandada foi impulsionado.
Um levantamento feito pelo jornal 'Folha de São Paulo' aponta que até o dia 15
de abril, de cada cinco gestores municipais do PT eleitos em 2012, um deixou o
partido, ou seja, algo em torno de 20%.
Ao todo, 135 dos 638 prefeitos eleitos pelo PT pediram desfiliação ou foram
expulsos do partido, incluindo aqueles que renunciaram ou foram cassados.
Ainda segundo o levantamento os estados que mais apresentaram deserção foram
São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Em São Paulo, 35 dos 73 prefeitos eleitos
migraram. No Paraná, foram 18 baixas entre 40 gestores. No Rio de Janeiro,
mantiveram-se fiéis ao PT só quatro dos 11 prefeitos eleitos há quatro anos.
Na Paraíba, dos seis prefeitos eleitos pelo partido, apenas o prefeito de João
Pessoa, Luciano Cartaxo saiu da sigla em setembro de 2015. A justificativa dada
por ele foi de se desvencilhar dos escândalos que envolvem o PT em âmbito
nacional. Cartaxo era o único representante do PT a comandar uma capital na
região Nordeste.
"Não queremos deixar que nada possa prejudicar a cidade e o povo. No
cenário nacional, há os escândalos que têm envolvido o Partido dos
Trabalhadores. Não podemos penalizar nossa cidade pelo que acontece em âmbito
nacional", disse Cartaxo na época.
Ao deixar a sigla, Cartaxo se filiou ao PSD levando consigo vereadores,
secretários e seu irmão, Lucélio Cartaxo, que era presidente municipal do PT.
PB Agora
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