Processo
está sob sigilo judicial. Ex-presidente é suspeito de receber pagamentos e
vantagens de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas a Odebrecht e a
OAS
Ricardo Stukert/Intituto Lula |
O ex-presidente Lula prestou depoimento nesta
quinta-feira (7) à Procuradoria-Geral da República (PGR), na sede do órgão em
Brasília, no inquérito que o investiga no âmbito da Operação
Lava Jato. A processo corre sob sigilo judicial, o que impossibilita a
divulgação de informações sobre o que o petista disse às autoridades.
Lula foi à sede da PGR acompanhado do advogado Sigmaringa
Seixas, que o defende nesse caso. O ex-presidente é suspeito de receber
pagamentos e vantagens de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas a
Odebrecht e a OAS, como operadoras do esquema de corrupção descoberto pela
Polícia Federal na Petrobras. Ele nega as acusações e se diz vítima de
perseguição político-judicial.
Atento às movimentações do processo de impeachment que
tramita na Câmara contra a presidente Dilma Rousseff, Lula esteve em Brasília
nos últimos dias e participou de reuniões com aliados, mas já deixou a capita
federal. Em discurso em um dos atos
em defesa ao governo na semana passada, ele chegou a dizer que, se
tudo desse certo, ele tomaria posse na Casa Civil ainda nesta quinta-feira (7).
A questão está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), e sem data para
ser resolvida – hoje, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
encaminhou ao STF parecer
contra a posse do petista.
Mais cedo, o ministro do STF Teori Zavascki decidiu
colocar em segredo de Justiça parte das investigações contra Lula. A decisão
foi tomada após a corte receber do juiz federal Sérgio Moro os áudios em que a
presidente Dilma Rousseff e ministros do governo aparecem em conversas com
Lula, que estava sob monitoramento da Polícia Federal.
No mês passado, a corte decidiu que
as investigações envolvendo o ex-presidente devem permanecer no STF, por
envolver conversas entre Lula e autoridades com foro privilegiado. Os diálogos
foram divulgados após a decisão de Moro em retirar o sigilo das investigações.
Congresso em foco Uol
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