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Após reunião de líderes, o relator do processo do
impeachment na Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), informou que 60
deputados de 14 partidos favoráveis ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff
abriram mão de falar no plenário na etapa individual das discussões do
impedimento. Segundo ele, essa iniciativa trará um ganho de seis a sete horas
no processo, o que garantirá o início da votação amanhã (17), às 14h.
Inicialmente, a lista de inscrições de deputados para
discursos sobre a admissibilidade de abertura do processo de impeachment reunia
249 deputados: 170 iriam defender o afastamento da presidenta e 79 deveriam
pedir o arquivamento do processo. As inscrições individuais se iniciaram às 9h
e foram encerradas às 11h de ontem (15).
“Vários deputados [que já discursaram durante o tempo de
partido] que falariam outra vez não vão mais falar. Todos os líderes [dos 14
partidos pró-impeachment] abriram mão de falar no horário de líder a partir de
1h [de domingo] quando começa nova sessão”, disse Jovair.
O deputado reiterou que não há “a menor possibilidade de
adiamento” da sessão de votação amanhã, às 14h. “A partir das 11h de amanhã,
vamos encerrar a sessão de debates”, disse Jovair.
Os partidos favoráveis ao impeachment são: PSDB, DEM,
PSB, PPS, PRB, PP, PR, PSC, PROS, PTN, SD, PSL, PSC e PHS.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), afirmou não haver “a menor possibilidade” de "qualquer
adiamento" do processo de impeachment de Dilma Rousseff. “A sessão de
votação começará amanhã às 14h, como estava previsto, e terminará amanhã”,
disse. “Depois de entrar os [discursos] individuais [dos deputados], bastando
ter quatro oradores, poderemos encerrar a discussão com um simples
requerimento. Então vai acabar. A gente vai dosando de acordo com a vontade.
Muitos querem falar. Não há nenhuma dúvida de que acabará essa discussão”,
acrescentou.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse ser favorável a
encurtar a etapa dos discursos individuais dos parlamentares desde que não
prejudique as falas dos contrários ao impeachment. “Podemos fazer um acordo de
encerramento se percebermos que vamos prejudicar o horário uma vez que queremos
votar amanhã a matéria. Mas como existe diferença, que diminua do lado de lá.”
Por: Ana Cristina Campos e Pedro Peduzzi - Repórteres da
Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
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