Eles teriam
feito captação de verbas junto a empresas com financiamentos na instituição
Antonio Araújo/Câmara dos Deputados |
Na possibilidade de fechar um acordo de delação premiada,
o empresário Marcelo Odebrecht disse a procuradores da Lava Jato que o
ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o presidente do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, usavam a instituição
financeira para cobrar doações para a campanha de Dilma Rousseff em 2014. As
informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo (8).
Segundo o jornal, Odebrecht afirmou que cabia a Mantega e
Coutinho dividir as tarefas de obter o compromisso de doações junto a
empresários que tinham financiamento do banco estatal para projetos no
exterior. A reportagem ainda cita outro empresário de uma construtora envolvida
na Lava Jato, que teria sofrido uma suposta pressão durante reunião técnica com
o presidente do BNDES.
Não é a primeira vez que o nome de Guido Mantega surge na
Lava Jato. O ex-ministro foi citado por Monica Moura, mulher do marqueteiro do
PT João Santana. Ela afirmou que Mantega indicou executivos de empresas que
deveriam ser procurados para receber contribuições em dinheiro que não foram
declaradas à Justiça Eleitoral.
O ministro da Comunicação Social de Dilma, Edinho Silva,
que foi tesoureiro da campanha dela, também é citado. Os empresários recebidos
por Mantega e Coutinho também tratavam de doações com Edinho.
Procurados pela reportagem do jornal, o ex-ministro e o
presidente do BNDES negam ter tratado de qualquer doação para campanha.
Coutinho diz que os financiamentos do banco obedecem a "uma governança
baseada em órgãos colegiados". Mantega disse que "rechaça essa
insinuação". Edinho Silva afirmou que todas as doações de campanha foram
feitas dentro da legalidade.
R7
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