Radio Evangélica

sexta-feira, 20 de maio de 2016

BBC pondera transmitir cerimónias muçulmanas

O responsável do departamento de ética e religião da BBC, Aaquil Ahmed, apresentou a proposta ao diretor da estação pública britânica. A medida está a ser estudada.

Foto: Peter Nicholls / Reuters
A BBC está a equacionar a possibilidade de dedicar espaço na programação para transmitir cerimônias religiosas muçulmanas, à semelhança do que já faz com programas cristãos. A proposta chegou ao diretor-geral da estação pública britânica por parte de Aaqil Ahmed, o responsável do departamento de ética e religião da BBC.
Ahmed concluiu que confissões religiosas para além da cristã, como a muçulmana, hindu e a siquista, devem ser representadas pela estação pública de forma proporcional à audiência, cuja diversidade religiosa tem vindo a desenvolver-se.
"O cristianismo continua a ser a religião da maior parte do nosso público e por isso há mais horas dedicadas a essa fé do que às outras, mas esta área não é estática. Ela evoluiu ao longo dos anos e temo-la estudado regularmente. Nós medimos as horas dos programas religiosos e cruzámos os dados com o padrão religioso da sociedade", revelou Aaqil Ahmed, em comunicado.
Vários líderes muçulmanos mostraram-se disponíveis para deixar as respetivas mesquitas serem filmadas, ressalvando que "o objetivo não passar por retirar exposição televisiva aos cristãos." O número de muçulmanos no Reino Unido duplicou na última década, perfazendo uma comunidade de três milhões de habitantes.
Confrontado com a matéria, um porta-voz da BBC revelou que a proposta está de facto a ser considerada: "A nossa intenção é aumentar o número de programas cristãos e de outras confissões, portanto a questão não passa por abdicar de nenhum dos conteúdos na nossa grelha de programação."
A nomeação de Ahmed para o cargo de ética e religião da estação pública da Grã-Bretanha gerou alguma preocupação por parte da Igreja de Inglaterra, depois de o muçulmano ter saído do Canal 4 britânico em conflito com alguns padres católicos. Em causa estava a programação de vários comentários que alegadamente favoreciam o Islão em detrimento das outras religiões.




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