Reclamações de autoria de um advogado alagoano e do
deputado estadual Anísio Soares Maia, do PT da Paraíba alegavam que o
magistrado cometeu infrações disciplinares em decisões que envolvem as
investigações contra o ex-presidente
BRASÍLIA - A corregedora nacional de Justiça, ministra
Nancy Andrighi, arquivou, nesta segunda-feira, 30, mais duas representações
contra o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pelos
processos da Lava Jato na primeira instância. O magistrado foi questionado
por ter supostamente cometido infrações disciplinares em decisões que
envolvem as investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As reclamações eram de autoria de um advogado alagoano e
do deputado estadual Anísio Soares Maia, do PT da Paraíba. As ações apontavam
que Moro deveria ser afastado da Lava Jato por agir com parcialidade ao
autorizar a condução coercitiva de Lula, classificada como desnecessária pelos
autores. Além disso, afirmavam que a suposta proximidade do magistrado com
parlamentares do PSDB e representantes da TV Globo o desautorizava a atuar no
caso.
Outro argumento usado era de que Moro deveria ser punido
por violar o sigilo das interceptações telefônicas obtidas no âmbito da
investigação envolvendo autoridade com prerrogativa de ser investigada apenas
no Supremo Tribunal Federal, no caso a presidente afastada Dilma Rousseff.
Assim como em decisões anteriores das últimas semanas, a ministra Nancy negou
as alegações.
Com isso, das 14 reclamações contra Moro que tramitavam
na corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde março, apenas duas
restaram. A previsão é de que, como elas têm argumentação semelhante às demais,
também acabem sendo arquivadas pela ministra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário