Recurso pede
retorno de Laerte Rímoli para o comando da empresao, que foi substituído
pelo também jornalista Ricardo Melo, anteriormente nomeado por Dilma para
quatro anos de mandato
O jornalista Laerte Rímoli |
Brasília – Em mais uma queda de braço entre
o governo do presidente em exercício Michel Temer e a presidente
afastada Dilma Rousseff, a Advocacia-Geral da União deu entrada, na semana
passada, no Supremo Tribunal Federal com um recurso pedindo o retorno do
jornalista Laerte Rímoli para o comando da Empresa Brasil de Comunicação
(EBC) Rímoli substituiu o também jornalista Ricardo Melo, no dia 17 de
maio, nomeado por Dilma, para quatro anos de mandato, dias antes de a
presidente ser afastada pelo Senado. Por considerar a sua demissão “ilegítima”,
Melo entrou na Justiça pedindo sua volta ao cargo. No dia 2 de junho, o
ministro do STF Dias Tofoli concedeu liminar permitindo a volta de Melo,
criando um duplo comando na empresa. Em sua justificativa, a AGU diz que Temer
não cometeu qualquer tipo de ilegalidade ao afastar Melo.
No fim de semana o ministro-chefe da Secretaria de
Governo, Geddel Vieira Lima, defendeu a extinção da EBC, alegando que a empresa
se transformou num "cabide de emprego" e "foco de militância".
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, por sua vez, defendeu “ampla reforma”
na empresa e informou que determinou um pente-fino para avaliação da
situação real dela.
As declarações dos ministros foram recebidas com
“surpresa” na EBC e provocaram reação dos servidores. O representante dos
empregados no Conselho de administração da empresa, Edvaldo Cuaio, rechaçou a
intenção do governo interino de acabar com a EBC. Cuaio, que reconhece que a
empresa, no último ano, foi usada "fora da sua finalidade" e como
"cabide" de empregos, declarou que os empregados não aceitam que a
empresa seja usada como "massa de manobra" do governo em
exercício.
TÂNIA MONTEIRO - O ESTADO DE S.PAULO
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