Radio Evangélica

sábado, 1 de dezembro de 2012

Doações ocultas aos prefeitos eleitos nas capitais chegam a R$ 157 milhões



As doações ocultas, vindas dos partidos, tiveram o costumeiro destaque nas arrecadações dos candidatos das capitais brasileiras nas eleições de 2012. O total de dinheiro recolhido oriundo de comitês financeiros e diretórios partidários chegou a R$ 157 milhões. No primeiro turno, elas foram responsáveis por 75% do dinheiro repassado aos candidatos.
Quem mais recebeu doações desse tipo foi Fernando Haddad, do PT, vencedor da disputa eleitoral em São Paulo. O ex-ministro da Educação recebeu mais de R$38 milhões diretamente de seu partido.
O segundo colocado, seguindo Haddad de longe, é o prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Quase 90% dos recursos declarados pelo prefeito origem oculta. Cerca de R$ 18,7 milhões, dos R$ 21,2 milhões arrecadados, vieram dos cofres do PMDB.
O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), declarou ter arrecadado R$ 21,5 milhões. Desse total, R$ 15,3 milhões tiveram origem oculta.
Também juntaram quantias importantes de forma oculta os novos prefeitos de Salvador, ACM Neto (DEM), que juntou R$ 19 milhões, e Roberto Cláudio, vencedor em Fortaleza, que teve recebeu R$ 12 milhões do partido.
As doações ocultas não são ilegais. Empresas e financiadores que preferem não ter seu nome vinculado a determinado partido ou candidato adotam a prática e fazem doações diretamente para a legenda, que a repassa para seus candidatos.
Com esse expediente, não é possível conhecer a origem do dinheiro que financia os candidatos. Nos balancetes que os partidos apresentam à Justiça Eleitoral, vem discriminado apenas quem foram os doadores e o quanto de recursos doaram.
Mas a distribuição da verba pelas candidaturas é feita de forma independente pelos partidos, que repassam de seu caixa para as campanhas.
Confira montante de doações ocultas recebidas pelos eleitos:
Fernando Haddad (PT), São Paulo - R$ 38.181.736,16
ACM Neto (DEM), Salvador - R$ 19.588.500,00
Eduardo Paes (PMDB), Rio de Janeiro - R$ 18.792,463,10
Márcio Lacerda (PSB), Belo Horizonte - R$ 15.386.270,37
Roberto Cláudio (PSB), Fortaleza R$ 12.601.800,00
Arthur Virgílio (PSDB) Manaus - R$ 7.276.000,00
José Fortunati (PDT), Porto Alegre - R$ 6.093.108,75
Paulo Garcia (PT), Goiânia R$ 3.852.500,00
Gustavo Fruet (PDT), Curitiba - R$ 3.840.361,00
João Alves (DEM), Aracaju - R$ 3.737.280,50
Geraldo Júlio (PSD), Recife - R$ 3.608.000,00
Rui Palmeira (PSDB), Maceió R$ 3.173.066,00
Cezar Sousa Júnior (PSD), Florianópolis - R$ 3.146.293,77
Mauro Mendes (PSB), Cuiabá R$ 2.531.000,00
Firmino Filho (PSDB), Teresina - R$ 2.435.800,00
Carlos Eduardo (PDT), Natal - R$ 2.418.519,50
Zenaldo Coutinho (PSDB), Belém R$ 2.011.792,41
Teresa Surita (PMDB), Boa Vista, R$ 1.960.000,00
Alcides Bernal (PP), Campo Grande - R$ 1.669.986,50
Luciano Rezende (PPS), Vitória - R$ 1.573.192,52
Luciano Cartaxo, João Pessoa - R$ 1.332.000,00
Edivaldo Holanda Junior (PTC), São Luís - R$ 1.118.168,80
Mauro Nazif, Porto Velho, R$ 878.577,50
Carlos Amastha (PP), Palmas - R$ 408.950,54
Clécio Vieira (PSOL), Macapá - R$ 64.000
Marcus Alexandre (PT), Rio Branco - R$ 20.000
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