A revista Veja desta semana
traz reportagem sobre racionamento de energia que deve acontecer,
principlamente, no sudeste do país. A falta de chuvas deixou o reservatório de
água da usina hidrelétrica de Furnas, uma das principais fontes de eletricidade
da Região Sudeste, em seu nível mais baixo desde 2001. A represa, que
banha 34 municípios no sul de Minas Gerais, está com apenas 12% de sua
capacidade.
O nível
da água se encontra a 753,4 metros acima do nível do mar, 14,6 metros abaixo de
seu máximo e apenas 3,4 metros acima do mínimo necessário para que a usina
opere normalmente. Todas as nove réguas verticais usadas para medir a
capacidade da represa estão expostas, fora d’água. A situação já é tão
dramática quanto a de outubro de 2000. Se agora, com o início do verão, as
chuvas não se intensificarem na bacia do Rio Grande, ficará comprometida a
geração de energia de um total de doze usinas.
A
estiagem não afetou apenas Furnas. No seu conjunto, os reservatórios das
regiões Centro-Oeste e Sudeste estão com 30% de sua capacidade, o nível mais
baixo em mais de uma década. A estação mais úmida do ano, nessa região, começa
em dezembro e termina em abril, mas as chuvas costumam chegar já nos meses de
setembro e outubro.
Foi o
que ocorreu em 2011, mas não se repetiu neste ano. Modelos estatísticos
utilizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a entidade
responsável pelo controle da operação de geração e transmissão de energia,
estimam que, se as chuvas vierem na intensidade prevista para os próximos meses,
os reservatórios do Centro-Oeste e do Sudeste voltarão a se encher e chegarão
ao período de seca com 68% de sua capacidade.
Mas
como ter certeza? O país, mais uma vez, dependerá do imponderável da
meteorologia. Em 2000, por exemplo, não choveu o suficiente e o racionamento fo
inevitável.
Fonte: Veja/Verdade Gospel
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