São Paulo e Minas concentram maioria dos acordos negociados
O reajuste mediano dos salários nas negociações ocorridas
em outubro ficou 1,8 ponto percentual abaixo do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC). A inflação acumulada nos últimos 12 meses, tendo outubro
como referência, é 10,8%.
Os números constam no boletim Salariômetro - Mercado de
Trabalho e Negociações Coletivas, divulgado mensalmente pela Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Considerando os acordos coletivos, a situação é pior: o
reajuste ficou 2,8 pontos percentuais atrás da inflação. Em 70,1% das
negociações coletivas, o reajuste foi menor que o INPC acumulado.
Das 193 negociações coletivas levantadas, 54 foram na
indústria metalúrgica, com reajuste mediano real de -4,6%. Em seguida, em
número de acordos, está a construção civil, com 29 negociações e um reajuste mediano
real que não repôs a inflação (0%).
Quanto aos estados, São Paulo concentrou a maior parte dos
acordos, com 72 negociações, seguido por Minas Gerais (49). Nos dois casos, o
reajuste mediano real ficou abaixo do INPC, -1,8% e -4,4%, respectivamente.
De acordo com a Fipe, a inflação calculada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficará entre 10% e 11% até maio.
"Os reajustes continuarão magros no próximo ano”, assinala o boletim.
Metodologia
O acompanhamento das negociações coletivas é feito por meio
de acordos e convenções registrados no Mediador do Ministério da Economia.
A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no
sistema, tabula e organiza os valores observados para 40 resultados da
negociação coletiva, reunidos em acordos e convenções e também por atividade
econômica e setores econômicos.
Fonte: Agência Brasil – Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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