Bolsa recuou 0,89%, influenciada por mercado externo
Num dia de ajustes de fluxos cambiais, o dólar contrariou
as principais moedas dos países emergentes e iniciou a semana com a primeira
queda após cinco altas seguidas. A bolsa de valores recuou quase 1%,
influenciada pelo mercado externo.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (22) vendido
a R$ 5,594, com leve recuo de 0,27%. A divisa oscilou ao longo do dia, chegando
a R$ 5,61 no início da manhã e perto do fim das negociações. No entanto, a
cotação caiu na maior parte do tempo, atingindo R$ 5,56 na mínima do dia, por
volta das 11h.
Com o desempenho desta segunda-feira (22), a moeda
norte-americana acumula queda de 0,92% em novembro. Em 2021, a alta chega a
7,8%. O real teve, nesta segunda, o melhor desempenho entre os países
emergentes. O dólar subiu perante o peso mexicano, o rand sul-africano, o rublo
russo e a lira turca.
O otimismo no mercado de câmbio não se estendeu à bolsa de
valores. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 102.122 pontos, com queda
de 0,89%. Nas seis últimas sessões, o indicador só subiu na última sexta-feira
(19). O índice começou o dia em alta, chegando aos 104,6 mil pontos no início
da tarde, mas perdeu força perto do fim das negociações.
As ações de empresas mineradoras e de siderúrgicas subiram,
influenciadas pela valorização do minério de ferro no mercado externo. No
entanto, os papéis de empresas de tecnologia, inclusive fintechs (startups do
setor financeiro), caíram por causa da queda no Nasdaq, principal índice de
ações empresas tecnológicas nos Estados Unidos.
Em relação ao dólar, o mercado de câmbio foi influenciado
pelo movimento de alguns bancos brasileiros. No mercado externo, a moeda
norte-americana subiu perante o euro e a maioria das divisas, após a
confirmação de que o presidente Joe Biden pretende reconduzir o presidente do
Federal Reserve, Jerome Powell (Fed, Banco Central dos Estados Unidos)
para mais um mandato.
A manutenção de Powell no comando do Fed indica que a
instituição continuará com o ritmo de retirada dos estímulos monetários
concedidos durante a pandemia de covid-19. A alta de casos da doença em países
europeus, que voltaram a anunciar medidas de restrição social, também
pressionou o dólar em relação às principais moedas estrangeiras.
Fonte: Agência Brasil -Imagem:
REUTERS/Mike Segar/Direitos Reservados
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