Bolsa perde força e fecha com pequena alta de 0,06%
Influenciado pela divulgação
da ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) e
pelo tom ameno do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), o dólar
fechou esta quarta-feira (3) abaixo de R$ 5,60 pela primeira vez em uma semana.
A bolsa chegou a subir quase 1%, mas desacelerou perto do fim do dia e fechou
com pequena alta de 0,06%.
O dólar comercial encerrou
vendido a R$ 5,59, com recuo de R$ 0,08 (-1,42%). A cotação chegou a R$ 5,69 na
máxima do dia, por volta das 11h15, mas inverteu a alta e passou a cair no
início da tarde.
A última vez em que a moeda
norte-americana tinha fechado abaixo de R$ 5,60 foi no último dia 27 (R$ 5,55).
Mesmo com a queda desta quarta-feira, o dólar acumula alta de 7,73% em 2021.
No mercado de ações, o dia foi
menos otimista. O índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechou aos 105.617
pontos, com alta de apenas 0,06%. O indicador subiu 0,93% por volta das 13h, no
início da reunião do Fed que decidiu reduzir de US$ 120 bilhões para US$ 105
bilhões por mês o volume de compra de títulos públicos e privados.
No entanto, o Ibovespa perdeu
força com as negociações em torno da votação da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) que parcela os precatórios e muda o teto federal de gastos.
Tom mais duro
A ata da reunião do Copom da semana passada, que elevou a taxa Selic de
6,25% para 7,75% ao ano, foi bem recebida pelo mercado. Segundo analistas
financeiros, o Banco Central adotou um tom mais duro que o esperado, ao admitir
que os juros básicos da economia devem chegar aos dois dígitos em meados do
próximo ano.
Em relação ao Fed, o mercado
considerou ameno o tom adotado pelo presidente do Banco Central
norte-americano, Jerome Powell, de reduzir gradualmente a compra de títulos,
política adotada desde o início da pandemia de covid-19, e indicar que os juros
da maior economia do planeta deverão permanecer no menor nível da história por
longo tempo.
A diferença de juros baixos
nos Estados Unidos e taxas altas no Brasil abre caminho para a entrada de
dólares no país, estimulando os investidores a buscar mais risco no mercado
financeiro brasileiro. Isso reduz a pressão sobre o câmbio, baixando a cotação
da moeda norte-americana.
Fonte: Agência Brasil –
Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci,dólar
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